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quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

O novo «Leviatão»


A televisão constitui hoje o veículo principal da ideologia hegemónica imperial-capitalista (Quem se enfada com «clichés» que invente outros). Já o é há muito tempo nos E.U., por exemplo. O que tem de novo, mesmo nos E.U., é que substituiu a imprensa escrita (que já foi famosa nos E.U. e na Grã-Bretanha). E de novo ainda o facto de não ser apenas um transmissor, mas um criador da ideologia dominante (criadora de «factos» e de interpretações). É um elemento compositor (não apenas componente) do discurso dominante. Portanto, formatador das mentes. Não serve para pensar: dá o que pensar. Se observarmos com atenção constatamos que os indivíduos «pensam» o que a tv quer que pensem. A reflexão é escassa, as opiniões abaundam. Não se conversa, opina-se (reproduz-se o que se viu na tv). O meio (media) transformou-se na Mensagem. Daí o interesse enorme que os governos e os políticos lhe devotam. Nos aparelhos ideológicos dos governos a tv ocupa o primeiro lugar, a seguir é que vem a Escola e a Igreja. Pode a internet ocupar mais o tempo das crianças e jovens, mas ainda quem vence é a tv. De resto, não está parada, inova-se nas técnicas e já se entrosa com a internet. Thomas Hobbes falava no «Leviatão». Hoje falamos na televisão.

2 comentários:

Meg disse...

Zé,

Leviatão ou ópio do povo?
Quando o mostro se torna odioso.

Um abraço

Nozes Pires disse...

Ópio do povo sim, Meg. Corrijo: onde se lê «media» deve-se ler «medium» (medium, media).Quando dizem e escrevem «mídia», é a tal influência «yanque».

Viagem à Polónia

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Auschwitz: nele pereceram 4 milhôes de judeus. Depois dos nazis os genocídios continuaram por outras formas.

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Auschwitz, Campo de extermínio. Memória do Mal Absoluto.