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sexta-feira, 12 de março de 2010

MÁQUINA

Percorrem circuitos em fraccções de segundo
sinapses instantâneas transportam a mensagem
fluxos, redes, estimuladores e inibidores,
teus passos ficaram registados na neve
o teu último olhar através da janela do autocarro
tuas palavras definitivas no hipocampo
um derradeiro olhar.
Substância física, compostos orgânicos,
as tuas mãos arrefecidas no aceno que não fizeste.
miragens, quimeras, traços.
As memórias não exprimem nada mais
senão fotografias sem moldura.
Uma mera avaria no mecanismo
e nem saberia quem sou.

Um sonho.
Nada mais que um sonho.

2 comentários:

cid simoes disse...

Um sonho. Um poema!

Manuel Veiga disse...

momentos efémeros. na densidade dos sonhos. que dão tonalidades à vida.

excelente.

abraços

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Auschwitz: nele pereceram 4 milhôes de judeus. Depois dos nazis os genocídios continuaram por outras formas.

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Auschwitz, Campo de extermínio. Memória do Mal Absoluto.