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terça-feira, 23 de março de 2010

Na Hora da Nossa Morte (Novela, cont.)

DIÁRIO DO PROFESSOR RAMOS – 11


Lá fora a revolução continua, nas ruas, nas fábricas, nas praças, no parlamento, nas assembleias, nas rádios e televisões, são greves que se sucedem umas às outras, na administração pública, nos aeroportos, nos caminhos de ferro, nas camionagens, nas empresas, nas oficinas, são protestos e reclamações, são gritos e cânticos de guerra e de união, são discursos inflamados que mobilizam multidões, são deputados que se agridem nas sessões, são polícias que agridem nos passeios, são bandeiras da cor do sangue e da revolta, são lenços brancos que se agitam das janelas e das varandas quando o povo passa…É agora! Afirmam, Basta! Garantem, A rua é do povo! Exigem. Os de baixo já não suportam os de cima. O poder está dividido. O Poder, esse supremo fim das revoluções.

Eu sinto-me cada vez mais doente. A revolução dá-me forças, o corpo tira-mas. Irei morrer sem ver o seu desfecho?

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