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quinta-feira, 18 de março de 2010

OS PARDAIS




Vêm chilrear-me à varanda


Anunciar-me que o inverno já foi


São aos bandos, inocentes,


Saltitando ariscos e lampeiros


«Desperta dorminhoco!»


Como se a rua fosse


Uma planície de margaridas


Um paraíso original


Brincam e esgaravatam e barafustam


Quais petizes largados em liberdade


Como vos invejo,


Persistentes clarins diurnos


Filhos do sol


Pregões da primavera!


Não sei que saudade me dá


Da minha infância perdida


Dos ninhos nos beirais


Quando eu subia ágil para os sonhos


E voava solto com os pardais.

4 comentários:

Meg disse...

Zé,

Também por aqui os pardais anunciam o fim dum inverno que tarda a partir.
Vão-se as gaivotas que anunciavam a chuva...

Um beijo

cid simoes disse...

Lindo!

Manuel Veiga disse...

gostei muito do poema. de um lirismo terno e saudoso

abraços

Nozes Pires disse...

Obrigado amgos!Abraços

Viagem à Polónia

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Auschwitz: nele pereceram 4 milhôes de judeus. Depois dos nazis os genocídios continuaram por outras formas.

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Auschwitz, Campo de extermínio. Memória do Mal Absoluto.