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quarta-feira, 2 de junho de 2010

Os consensos irracionais

Separam-se as águas. Estas políticas acordadas entre o PS e o PSD para resolverem (tentarem!) a má situação orçamental possuem uma virtude: esclarecem e demonstram que os partidos ditos do «Bloco Central, PS/PSD/CDS), isto é, da Direita ou que a imitam tão bem ou melhor que ela (o PS), defendem os interesses do capital financeiro e do grande capital em geral e que os partidos da Esquerda defendem o povo que trabalha por conta de outrem, ou que tentam resistir à crise nas suas pequenas ou médias empresas, que defendem os reformados e pensionistas, os desempregados. Insisto: as políticas que o PEC anuncia e ainda irá agravar não vão ao encontro dos interesses dos próprios pequenos capitalistas. Ora, se somassemos todos estes cidadãos e suas famílias teriamos uma esmagadora maioria a ser ofendida, saqueada, atingida, pelo acordo PS/PSD. Temos, assim, o que é próprio da Direita e o que é próprio da Esquerda. Temos, assim, as classes sociais claramente delimitadas qualquer que seja o critério sociológico que as classifica. Teríamos, assim, um voto nas urnas perfeitamente distinto, consciente, informado e, portanto, uma derrota clamorosa da Direita.
Mas não é assim que as coisas funcionam. E não sendo isto um mistério inexplicável, ou uma fatalidade religiosa, é, contudo, um paradoxo que desafia, senão contraria mesmo, a racionalidade.

1 comentário:

Joaquim Moedas Duarte disse...

Aprecio os teus comentários "abertos". Tão diferentes das monolíticas, irredutíveis "defesas dos trabalhadores", feitas de estereótipos e lugares comuns...

Viagem à Polónia

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Auschwitz: nele pereceram 4 milhôes de judeus. Depois dos nazis os genocídios continuaram por outras formas.

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Auschwitz, Campo de extermínio. Memória do Mal Absoluto.