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sábado, 3 de julho de 2010

Da essência humana

Às vzes procura-se a essência do homem no sítio onde ela não se encontra. Durante séculos filósofos houve que a encontraram no interior de cada homem, na alma, mas a alma era mui difícil de definir e muito mais de encontrar («com o bisturi não a encontro», dizia um médico). Deste modo, a alma passou a chamar-se mente, melhor dito, aquela parte da mente que era espírito. Até hoje ninguém conseguiu descortiná-lo, com que se topa é com emoções e sentimentos, imagens e pensamentos, lembranças e desejos. Se é imortal nunca regressou para dar o seu testemunho. Por conseguinte, a antiga alma passou a chamar-se de subjetividade. Contudo, é impraticável conceber-se a subjectividade como essência, se esta for anterior à existência e independente dela. Portanto, o mais adequado é procurar-se a essência humana nas relações sociais, nessa larga, complexa e múltipla rede de relações que nos tecem e entretecem. Que são o que são agora mas podem não sê-lo amanhã, pois que ontem não eram assim. Tudo muda, não é?

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