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sexta-feira, 16 de julho de 2010

Sobre a pintura

No século passado houve um tempo em que alguns pintores vanguardistas decidiram acabar de vez com a pintura, isto é, com a representação, a ilusão, os truques, fizeram-na monocromática. Chegou outro tempo em que tal não bastou: mostraram telas vazias. E a pintura não morreu. Continuou naqueles que não ligaram coisa nenhuma aos vanguardismos (mas, por causa deles, já não mais pintaram como dantes, excepto um Bonnard que permaneceu teimosa e fielmente a pintar como sabia e gostava). Entretanto, Picasso inventara o cubismo, pintura a duas dimensões, a expressão nos rostos desfigurados, a cor ou a negro. Seguidamente a pop-arte, com Andy Wharol, apropriou-se do marketing e competiu com a arte industrial. Hoje a pintura é modernista e pós-modernista. No meio de muita tralha, trafulhice e oportunismo, pontuam talentos inovadores e originais, honestos sobretudo. A arte tornou-se hermética, com algumas excepções, exigindo descodificadores. Porém, a pintura do Renascimento não está cheia de símbolos que poucos detectam (Caravaggio, por exemplo)? Há progresso na pintura? Ou, antes, paradigmas como dizia Khun, ou epistemes, como dizia Foucault? É possível uma arte pura? Está a arte direccionada para uma èlite, pois que a sua massificação corresponde à arte industrial, ao gosto médio? Cada um pinta o que quer e como quer, ou há ainda escolas e correntes (estilos) como sempre houve?

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