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segunda-feira, 18 de outubro de 2010

O direito de resistência

Os senhores do grande capital pagarão muito menos que o povo trabalhador com estas medidas de austeridade ou Orçamento Geral do Estado. As medidas centram-se nos esbulho dos salários, na reducção substancial das obrigações do Estado com a Segurança Social, a Educação, Cultura e Ensino, nos investimentos públicos e nos deveres com as autarquias, no imposto do IVA (sobre o consumo) e nos impostos por via das receitas fiscais (em que os escalões mais baixos são os mais penalizados). Tudo que prejudique os grandes lucros e os dividendos não é mexido, ou apenas é beliscado para português ver. Uma minoria rica e poderosa continua rica e poderosa. O povo é expoliado. Sem qualquer culpa formada. A discriminação de classe fica bem à vista. Porém, a crer em sondagens parece que mais de metade da população acha bem. Que metade é essa? Qual o grau de obediência a que chegámos? Onde está a afirmação desses milhões de trabalhadores (nos quais se incluem pequenos empresários e agricultores)? Foram sondados os dois milhões de pobres, os 700 mil desempregados, os funcionários públicos, os trabalhadores a recibo verde ou contrato a prazo?
O filósofo John Locke, pai do Estado moderno liberal, não se esqueceu de reclamar para o povo -detentor da soberania- o direito de resistência contra o Estado que ofenda os direitos naturais inalienáveis (os únicos que não se podem ceder no contrato social).
O direito de resistência, repito.

1 comentário:

Manuel Veiga disse...

resistir e persistir. sempre.

abraço

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Auschwitz: nele pereceram 4 milhôes de judeus. Depois dos nazis os genocídios continuaram por outras formas.

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Auschwitz, Campo de extermínio. Memória do Mal Absoluto.