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quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Eric Hobsbawm

Eric Hobsbawm é um historiador incontornável. «A Era das Revoluções», «A Era do Capital», «A Era do Imperio» e «A Era dos Extremos», constituem obras de leitura obrigatória. Na "Relógio D'Água" saíu recentemente mais um título: «Ensaios sobre a Hstória», compilação de conferências, algumas de há muitos anos. Neste encontramos um penetrante texto :« Que devem os historiadores a Karl Marx?», onde se pode ler:« ...só posso afirmar a minha convicção de que a abordagem de Marx é ainda a única que nos permite dar conta de toda a extensão da história humana, formando por isso o ponto de partida mais fecundo para as nossas análises contemporâneas». A conferência é de 1968, em plena efervescência social. Contudo, a exposição não se deixa ofuscar pela conjuntura e conserva uma honestidade e rigor que ainda hoje se lê com perfeita actualidade. Em toda a sua extensa bibliografia não se vislumbra um parti-pris, que acomete quantas vezes os historiadores. Isto não significa que a historiografia tenha de ser neutra e eclética (é para desconfiar quando o pretende): o grande historiador - Eric Hobsbawm- conserva, julgo eu, ele que goza de grande longevidade, ( os últimos escritos, autobiográficos atestam), um humanismo crítico e despojado de utopias, racionalista, que ele sempre tomou como legado da Modernidade, isto é, do Iluminismo. O pós-modernismo que despreza a Modernidade, não passou por ele.

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