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quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

JEAN SALEM

Jean SALEM, agrégé, docteur et habilité à diriger des recherches en Philosophie. A également suivi des études en Littérature française, en Sciences politiques, en Anglais, en Histoire, en Art et archéologie, ainsi qu’en Histoire de la pensée économique. — Prix des Études grecques (1996). Lauréat de l’Académie française (2000). Professeur d’Histoire de la Philosophie à l’Université Paris 1 / Panthéon-Sorbonne. Directeur du Centre d’Histoire des Systèmes de Pensée Moderne. A animé un Séminaire d’Histoire du Matérialisme. Anime désormais, avec Isabelle Garo et Stathis Kouvelakis, le Séminaire ‘Marx au XXIe siècle : l’esprit et la lettre’.


...A publié une trentaine d’ouvrages. Ses principaux travaux de recherche (publiés chez Vrin, Hachette, Encre Marine, Kimé, au Seuil, etc.) portent sur la philosophie des atomes et sur la pensée du plaisir. Concernant la philosophie de Démocrite d’Abdère, Jean Salem s’est efforcé de réunir et d’organiser les membra disjecta de cette pensée qu’il tient pour fondatrice du matérialisme philosophique. Concernant Épicure et Lucrèce, il a étudié les fondements de la doctrine que l’on enseignait au Jardin, en s’attachant par-dessus tout à restituer le sens d’une éthique qui a osé proclamer que le souverain bien réside dans la volupté. Aussi ne manque-t-il pas de s’intéresser par surcroît à l’hédonisme bien moins serein qui fut celui des faux épicuriens, celui des voluptueux inquiets, celui d’un Maupassant notamment. Des livres plus personnels (parus chez Bordas, Michalon, etc.) entremêlent philosophie générale, promenades érudites et interventions politiques.

...Jean SALEM a publié par ailleurs une Introduction à la logique formelle et symbolique (Nathan). Il a aussi consacré diverses études à Giorgio Vasari, à Ludwig Feuerbach, à V. I. Lénine, etc. Il a édité des textes d’auteurs anciens (Plutarque, Hippocrate), et rédigé plusieurs manuels destinés aux lycéens et aux étudiants en philosophie (Nathan, Albin Michel, Bordas).

(in site de Panthéon-Sorbonne-Université Paris)
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«Na extensa Introdução, com um prólogo comovente, o autor ilumina a falsificação da História com aquela transparência rara que, no dizer de Camus, dá força de evidencia ao óbvio. Depois, a partir da selecção de seis teses de Lenine, extraídas das suas Obras Completas, desenvolve uma lição de política que demonstra com clareza meridiana a actualidade tão ignorada do pensamento revolucionário de Vladimir Ilitch.

Nesta época em que a perversão mediática funciona como cimento do poder, centenas de milhões de pessoas tendem a ver em Lenine a personificação de um processo histórico e de uma ideologia de que a humanidade deveria ter vergonha.
A criminalização do ideal comunista foi tão cientificamente trabalhada pelas transnacionais da desinformação, controladas pelo grande capital, que as campanhas desencadeadas afectaram inclusivamente a consciência histórica de muitos comunistas.
A inversão da verdade tem raízes milenárias. Existiu na Pérsia Aqueménida, na Grécia, em Roma, em todas as contra-revoluções. Bismarck, após a derrota da Comuna de Paris, definia os vencidos como criminosos de direito comum. E as burguesias europeias aplaudiam.
Salem lembra que, segundo uma sondagem do Instituto Francês de Opinião Pública, somente 20% dos franceses admitem que a participação da União Soviética na guerra tinha sido decisiva para a vitória sobre o nazismo. Segundo outra sondagem, a maioria respondeu que a URSS tinha sido aliada da Alemanha durante a II Guerra Mundial.
Apenas uma insignificante minoria de europeus sabe que a Wehrmacht foi destruída pelo Exército Vermelho. Em Março de 45, dois meses antes do fim do III Reich, somente 26 divisões alemãs combatiam a Ocidente os exércitos inglês e norte-americano enquanto 170 divisões lutavam na Frente Oriental contra os soviéticos.
A famosa escritora sionista norte-americana Hannah Arendt compara o comunismo a um dragão e afirma que "os sistemas nazi e bolchevista" são "duas variantes do mesmo sistema". E vai mais longe. Comparando ambos, afirma que os estados comunistas "cometeram crimes que atingiram aproximadamente cem milhões de pessoas contra cerca de 25 milhões (sic) pelo nazismo".
Citando outros exemplos da histeria anticomunista, Jean Salem recorda que André Gluksmann – o "novo filósofo" francês, ex-maoista que hoje apoia com entusiasmo as guerras "preventivas" dos EUA – avaliou há anos as vítimas da repressão na URSS em 15 milhões de mortos. Com o rodar dos anos achou insuficiente essa estatística e agora chegou à conclusão de que o número de mortos foi de 40 milhões. Mas Soljenitsine, laureado com o Prémio Nobel, acha pouco e fala de 66 milhões de mortos.
Outro campeão do anticomunismo, o russo Michael Volensky, autor da Nomenklatura – 400 mil exemplares vendidos em França – garante que "o tributo pago pelos povos soviéticos à ditadura ascendeu a 110 milhões de vidas humanas".
Ernst Nolke um historiador alemão, venerado pela grande burguesia, sustenta que Aushwitz foi "principalmente (…) uma reacção, fruto da angústia suscitada pelas acções de extermínio cometidas pela revolução russa".
Esses anticomunistas fanáticos, epígonos das maravilhas do capitalismo, omitem que a esperança de vida na Rússia decresceu 10% numa década. O País tem hoje menos 30 milhões de habitantes do que no final do regime socialista.
A invenção de uma História que responda aos interesses do sistema de poder imperial que tem hoje o seu pólo nos EUA parece, pelo absurdo, fantasia de um romance de ficção científica. Mas, para mal da humanidade, é bem real e funciona, substituindo a História autêntica na memória de uma parcela das actuais gerações.» Miguel Urbano Rodrigues.

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