Pelo Socialismo
Questões político-ideológicas com atualidade
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Tradução do inglês de PAT
Colocado em linha em: 2011/11/07
Partido Comunista da Grécia (KKE) – três
notas sobre o referendo e eleições
1.
A CHANTAGEM CONTRA O POVO TEM DE
TER UM EFEITO DE BUMERANGUE
2011/11/03
O anúncio do governo de que pretende efetuar um referendo está no centro dos
desenvolvimentos políticos na Grécia, com a propaganda dominante a ajudar a
plutocracia, que procura fazer com que o povo aceite a sua bancarrota e se submeta às
medidas antipopulares. Além disso, as contradições e as tensões entre os vários
sectores da plutocracia, os partidos burgueses e os governantes intensificaram-se
perante os impasses da gestão burguesa da crise capitalista.
O encontro que ontem teve lugar, à margem da Cimeira do G20, assinalou a escalada
da guerra e das chantagens. Segundo as declarações dos presidentes da França e da
Alemanha após o encontro com o Primeiro-ministro grego, foi discutida a separação
do referendo do novo contrato de empréstimo, enquanto se procurava conseguir que
o referendo assumisse a forma de "quer a Grécia permanecer ou não na eurozona".
Perante estes desenvolvimentos, o KKE tomou a seguinte posição,
através de uma declaração do Gabinete de Imprensa do CC do KKE:
"O dilema euro ou dracma é enganoso para o povo. O interesse do povo é a saída da
UE, com poder e economia populares, o que cancelará unilateralmente toda a
dívida e devolverá ao povo a riqueza que ele produz – e que os monopólios lhe
roubam com a ajuda do PASOK1, da ND2 e dos partidos burgueses – através da
socialização dos meios de produção.
2
Neste exato contexto, o KKE apela à classe operária e às camadas populares a que
digam NÃO ao referendo; a que exijam a queda do governo e eleições, nas quais
darão um duro golpe no apodrecido sistema político burguês votando no KKE.
No caso de haver referendo, o povo deverá participar de uma forma militante e
votar NÃO, o que será um forte NÃO à política da “via única da UE”, ao
memorando, ao programa de médio prazo, ao contrato de empréstimo e uma
exigência de outro caminho de desenvolvimento da sociedade grega. O interesse dos
trabalhadores que não concordam com a posição sobre a saída da UE, mas resistem
às bárbaras medidas antipopulares desta, do governo e da plutocracia, é
compartilhar esta linha de luta.
O KKE apela ao povo trabalhador para não se submeter à chantagem e lutar para
que os dilemas do PASOK, da ND e dos seus sequazes tenham um efeito de
bumerangue. É imperioso o desenvolvimento mais decisivo do movimento popular
em todos os locais de trabalho e bairros, de um movimento que vise o derrube do
poder dos monopólios".
2.
DECLARAÇÃO DO CC DO KKE: AGORA O
POVO DEVE INTERVIR MAIS
DECISIVAMENTE
2011/11/01
Todos à Praça Syntagma, sexta-feira, 4 de Novembro, às 6.00 da tarde
Aleka Papariga vai discursar
Agora o povo deve intervir mais decisivamente
O KKE chama os trabalhadores, os empregados por conta própria e os jovens da Ática
para uma concentração na Praça Syntagma, sexta-feira, 4 de Novembro, às 6.00 da
tarde. Apela a uma aliança para que o povo, ele próprio, possa intervir mais
decisivamente na evolução dos acontecimentos. Os dilemas chantagistas e
intimidatórios do governo, dos partidos da plutocracia e da UE têm de fracassar.
Agora tem de se ouvir ainda com ainda mais força:
Abaixo o governo e os partidos da plutocracia
O povo pode impedir e pôr fim aos sacrifícios selvagens que lhe foram
impostos através de novos acordos e novos memorandos para os lucros e
a proteção da UE e da eurozona
3
O povo deve fortalecer as lutas de classe e populares e utilizar as eleições para
enfraquecer o PASOK-ND, os outros partidos da plutocracia e a UE. O KKE tem de
ser fortalecido. Simultaneamente, as organizações populares nos locais de trabalho e
bairros devem agir mais decisivamente. Este é o caminho para bloquear o que estão a
trazer de pior, enquanto a crise na UE e na eurozona se agrava e as contradições
imperialistas se agudizam.
O povo deve agora ter confiança na sua causa justa e força para repelir o pior. Tem de
acabar com ilusões: os apelos ao consenso e coesão sociais, as construções ideológicas
e os dilemas que são patrocinados pelos partidos burgueses.
Uma solução a favor do povo só pode existir com um KKE forte e um povo organizado,
com a aliança popular e o contra-ataque para o poder popular, a socialização dos
monopólios, a retirada do país da UE e a anulação unilateral da dívida.
Atenas
O CC do KKE
3.
NÃO À CHANTAGEM DO POVO ATRAVÉS
DO REFERENDO – ABAIXO O GOVERNO –
ELEIÇÕES JÁ
2011/11/01
O governo fez ontem a mais aberta e descarada chantagem e intimidação ideológica
contra o povo, relativamente ao acordo para a gestão da dívida pública, através do
anúncio de um referendo. Em simultâneo, o governo do PASOK solicitou um voto de
confiança do Parlamento.
O Gabinete de Imprensa do CC do KKE fez a seguinte declaração:
“Abaixo o governo. Eleições já. Não à descarada chantagem e intimidação
ideológica contra o povo. A chantagem não terá sucesso. O anúncio do Primeiroministro
respeitante ao referendo significa que está a ser criado um vasto
mecanismo para coagir o povo, através do qual o governo e a UE vão usar todos os
meios, ameaças e provocações para subjugar a classe operária e as camadas
populares, com vista a arrancar um sim para o novo acordo.
O referendo vai ser efetuado com uma nova lei reacionária, considerando em
conjunto as posições do KKE, da ND e de outros partidos, apesar de serem
diametralmente opostas, enquanto a estratégia do governo é identificada com a
estratégia da ND, LAOS e dos outros seus lacaios. Eleições já. A classe operária e as
camadas populares têm de impô-las e recebê-las com mobilizações de massas em
4
todo o país. Com a sua atividade e o seu voto devem golpear duramente o sistema
político burguês, para abrir o caminho para o derrube da linha política antipopular,
do poder dos monopólios.”
Agora o povo deve intervir mais decisivamente
O KKE chama os trabalhadores, os empregados por conta própria e os jovens da Ática
para uma concentração na Praça Syntagma, sexta-feira, 4 de Novembro, às 6.00 da
tarde. Apela a uma aliança para que o povo, ele próprio, possa intervir mais
decisivamente na evolução dos acontecimentos.
1 PASOK: partido do governo, dito socialista. [NT]
2 ND: partido de direita, apelidado de ‘Nova Democracia’. [NT]
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