Pelo Socialismo
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Publicado em: http://inter.kke.gr/News/news2011/2011-11-11-pame
Tradução do inglês de TAM
Colocado em linha em: 2011/11/21
A primeira resposta do povo ao
novo governo
Partido Comunista da Grécia (KKE)
11/11/2011
Os líderes do social-democrata PASOK, da direitista ND e do nacionalista LAOS,
exprimindo as intenções estratégicas do capital nacional e da UE, procederam à
formação de uma nova coligação governamental que, em benefício da
plutocracia, vai tentar fazer avançar ainda mais a ofensiva contra os
trabalhadores e o povo.
A cooperação política destes três partidos, com o apoio de outros partidos
burgueses, como o DHSY, de centro-direita, o DHMAR, de centro esquerda, dos
ecologistas e outros, resultou na criação de um governo de coligação, com a
indigitação do banqueiro L. Papademus como Primeiro-ministro.
O gabinete de imprensa do CC do KKE afirmou num comentário acerca do
acordo PASOK-ND-LAOS: “ O PASOK, a ND e Karatzaferis colocaram à frente
do seu governo de coligação o banqueiro L. Papademus; este é o desejo da
plutocracia grega e da UE. O povo deve contrapor a sua própria aliança
trabalhadores-povo contra esta aliança negra para os impedir e derrubar”.
A primeira resposta ao governo antipopular foi dada pela PAME1 com grandes
comícios em Atenas e outras cidades na noite de 10 de novembro.
A manifestação de Atenas realizou-se na praça central Omonoia. Giorgos
Sifonios, presidente do sindicato na “Aço Grego” abriu o comício e transmitiu
aos manifestantes as saudações revolucionárias dos 400 grevistas da empresa,
que estão parados desde o dia 31 de outubro com sucessivas greves de 24 horas,
em luta pela reintegração de 34 colegas despedidos.
Como representante da PAME, Savvas Tsimpoglou salienta que o movimento
sindical de classe é contra a chamada coesão social. Rejeita a conciliação de
classes. Com mobilizações grevistas e manifestações abrir-se-á um novo rumo
2
em frentes de luta que se devem desenvolver para lutar pela solução dos
problemas do povo.
Seguiu-se uma boa manifestação em direção ao Parlamento.
A Secretária-geral do CC do KKE, Aleka Papariga, que participou na
manifestação, fez a seguinte declaração à Comunicação Social:
“Não podemos perder um único dia. Antes que o governo se reorganize, antes
que tome as primeiras medidas, deve sentir a oposição do povo a essas
medidas. Há problemas particulares imediatos, como por exemplo a abolição
dos pesados impostos, problemas imediatos relacionados com a fiscalidade, a
taxa “solidária”, o aumento do IVA, os conselhos escolares que não têm
dinheiro, as residências de estudantes que vão fechar amanhã porque não há
dinheiro em lado nenhum para que as universidades as possam financiar.
Por conseguinte, os problemas são imediatos e deve-se dinamizar as lutas em
toda a parte. A imediata e, obviamente, simultânea, intensificação das
reivindicações, que levem ao grande contra-ataque do povo – porque, como o
Sr. Papademus disse, tudo é fiscal. Sabem o que quer dizer “fiscal”? Quer dizer
acabar com as verbas para a educação, a saúde, tudo. Com o pretexto de não
perder salários, pensões e o 6.º pagamento, vão cortar-nos tudo ao tiraremnos
o 6.º pagamento, o 7.º pagamento e com o novo memorando”.
1 PAME: sigla, em grego, de Frente Militante de Todos os Trabalhadores, central sindical de
classe da Grécia. [NT]
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