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domingo, 18 de maio de 2014

Um dos chefes da SIC estás convertido num fervoroso neoliberal. Com direito exclusivo a tempo de antena, vai debitando sentenças num estilo frenético que as tornam - aparentemente - mais credíveis e sumamente originais

Gomes Ferreira quer salários baixos num país que já tem dos salários mais baixos da Europa do Euro. "Estado Social"? Puff! só despesa...Sugerimos-lhe a experiência do desemprego, da emigração, do trabalho precário sem direitos, dos salários em atraso, etc.

"O subdiretor de Informação da SIC esclareceu, em conversa com o Notícias ao Minuto, que conforme foram crescendo as economias nos países desenvolvidos, foram sendo criados esquemas de proteção social, numa primeira instância dedicados à criação de riqueza mas que, nos últimos quinze a vinte anos, deixaram de corresponder a esse propósito.
“É uma economia de ficção que parece que é muito dinâmica mas que é baseada sobretudo na geração de riqueza de outros setores tradicionais, que por sua vez estão em combate direto com outras zonas do globo e estão a perder. Continuam a perder”, sustenta Gomes Ferreira.
E se a opção for fechar a economia?
Qual é a solução para este impasse? A resposta parece simples: “Ou essas zonas do globo, esses blocos económicos (Europa, EUA e países da OCDE), se fecham em relação aos outros para manter certo nível de rendimentos e de preços e, por consequência, de prestações sociais, ou então abrem-se e têm que desvalorizar ou as moedas ou os fatores de produção, entre os quais os salários”.
E se a opção for fechar a economia? “Sempre na história da vida da humanidade os países e as zonas do globo que se fecharam, estagnaram e depois definharam. O melhor é procurar um equilíbrio no meio disto tudo”, esclarece o jornalista, e concretiza: "Ou desvalorizamos o próprio custo de trabalho ou fechamo-nos".
“Os governos não podem gastar tanto para não dar sinais errados à economia”
Para Gomes Ferreira, a solução estará em encontrar um equilíbrio entre a desvalorização dos custos de trabalho (em conjunto com alterações às legislações) e o investimento em inovação e competitividade.
“Por um lado tem que haver uma relativa diminuição de direitos laborais, relativa não exageremos, por outro os empregadores tem que apostar muito mais na inovação e em processos tecnológicos que permitam aumentar a produtividade. A gestão das empresas e das organizações tem que se modernizar e modificar no sentido da agilidade e no sentido da eficácia, e os governos não podem gastar tanto para não dar sinais errados à economia”.
O jornalista termina afirmando que “no meio é que está a virtude” e que em questões de grande magnitude como a macroeconomia a solução passa sempre “por se reduzir a três ou quatro coisas de bom senso e de realismo”.

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