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domingo, 7 de setembro de 2014

A valsa

Era uma vez uma família muito rica de um país muito pobre. Quando toda a gente ou ia fazer a guerra ou emigrava, essa distinta família sobre a guerra achava que era muito boa e da emigração só conhecia o turismo de luxo. Até que um dia deu-se uma reviravolta muito grande e a família decidiu dar à sola, como sói dizer-se. Emigrou para onde guardava o dinheiro. Aí fez mais dinheiro e, quando pôde regressar, recebeu ainda mais dinheiro. Como era mui rica e mui distinta, fez muitos amigos. Dos amigos, fez muitos governantes. Os governantes fizeram mutos negócios com a família distinta. Cada vez ficaram mais amigos uns dos outros. Casavam uns com os outros, caçavam javalis nas coutadas de extintas cooperativas de camponeses, jogavam golfe no Algarve. Faziam inimigos, conspiravam e liquidavam-nos. Ou seja, mudavam os governos, trocando de amigos. Na próxima rodada voltavam a fazer as pazes com os inimigos de ontem. No fundo, eram boa gente. Distinta sobretudo. Gostavam todos da mesma música e dançavam a mesma valsa.
Moral da história: Para que alguns dancem o tempo todo, é preciso que outros trabalhem e votem neles.

Nozes Pires

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