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quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Vale a pena ler este comentador avisado



«Mas não foi só no PSD que o dia foi agitado. Da Soeiro Pereira Gomes vieram notícias inquietantes para o Governo e para a coligação parlamentar que o apoia. Na prática, o Comité Central do PCP considera que a perda de nove câmaras para os socialistas, várias delas bastiões dos comunistas desde há muito, resultam do apoio parlamentar que têm dado ao Governo.


Jerónimo de Sousa disse taxativamente: “Estamos perante um governo minoritário. Não existe nenhum acordo parlamentar”. E os portugueses a julgarem que havia, a acreditar no que tem acontecido nos últimos dois anos e nas fotos que retrataram a assinatura de uns papelinhos por parte de Jerónimo e António Costa e depois entre Costa e Catarina Martins.

Nesse sentido, deram o primeiro sinal de que vão endurecer a sua posição em relação ao PS: nas câmaras que perderam, os socialistas podem tirar o cavalinho da chuva porque não terão o apoio dos comunistas. Em Lisboa, Fernando Medina não contará com João Ferreira no governo da capital. Inês Medeiros não terá a vida facilitada em Almada (“assustada não diria, mas tenho em Almada uma tarefa grande”, diz ao DN a presidente surpresa), nem no Barreiro ou em Alcochete, os novos autarcas socialistas podem contar com o apoio dos vereadores eleitos nas listas da CDU.


As mazelas que este resultado vai ter no funcionamento da maioria parlamentar de esquerda ainda está por determinar. O líder comunista não avançou muito por este território. Mas deixou pistas. Por várias vezes, e em resposta a perguntas dos jornalistas, o secretário geral do PCP fez questão de se referir ao Executivo como "o governo minoritário do PS", sublinhou que "não existe nenhum acordo parlamentar" e mesmo quanto à posição conjunta assinada com os socialistas, garante que não há "nenhum fixismo" e que os comunistas "não estão amarrados a nenhum acordo".»

Nicolau Santos, in Expresso curto, 4 Outubro 2017

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