Translate

segunda-feira, 18 de maio de 2009

PROPOSIÇÕES

I.
Desde, sobretudo, a queda do muro de Berlim, assistimos a dois fenómenos concomitantes: ao livre desenvolvimento do Capital, isto é, às suas manifestações mais despóticas, exploradoras e violentas, por um lado e, por outro, à «desinfestação» universal, sistemática e programada da Teoria Crítica, quer-se dizer, dos marxismos. Marx e seus seguidores, mesmo os mais tímidos ou moderados, foram irradiados, silenciados, remetidos para a pré-história, para um passado que o presente superou, venceu.
Duas consequências: no lugar da Teoria Crítica, isto é, de ciências sociais críticas, alojou-se a ideologia, a negatividade do particular sem a dialéctica com o universal, o ensino e a investigação subordinadas aos interesses imediatos da Empresa, os estudos do Mercado, ou seja, ao livre jogo da «mão oculta» dos mercados; entretanto, et pour cause, o capitalismo parecia florescer com aquele belo aspecto das papoilas que fornecem o ópio.
II.
A ideologia conservadora, obscurantista, manipuladora, fundamentalista, lançou gasolina (literalmente:petróleo) na fogueira do fundamentalismo reactivo (que os capitalistas haviam alimentado contra a URSS).
III.
A acumulação desenfreada capitalista ameaça rebentar como uma bolha gigantesca, potenciando ao limite a sua pulsão destrutiva. Qual a filosofia, qual a teoria crítica, que faz falta? Aquela que tem vindo a resistir, malgré tout, ou uma nova, ou renovada, que conquiste as massas para uma alternativa esperançosa? Tal projecto de uma Filosofia Do Futuro ainda pertence à Filosofia?

Sem comentários:

Viagem à Polónia

Viagem à Polónia
Auschwitz: nele pereceram 4 milhôes de judeus. Depois dos nazis os genocídios continuaram por outras formas.

Viagem à Polónia

Viagem à Polónia
Auschwitz, Campo de extermínio. Memória do Mal Absoluto.