Translate

domingo, 24 de novembro de 2024

A crise das "democracias liberais"

 

A nova eleição de Donald Trump e a crise do modelo liberal democrático

O novo mandato de Trump como Presidente dos EUA é o resultado da crise do modelo liberal democrático.

“Trump: construindo um futuro brilhante para todos. Apoiado por Elon Musk.”

Imagem: foto de Oleg Yunakov (WikimediaCommons)

Por Luis Felipe Miguel

Evito fazer projeções bombásticas, mas é difícil resistir no calor no momento: a nova eleição Donald Trump bateu, não digo o último, mas um dos últimos pregos no caixão da democracia liberal tal como ela foi edificada ao longo do século XX.

A vitória de Trump não é exatamente inesperada. O velho farsante alaranjado nunca perdeu o apoio de sua base original – operários e rednecks empobrecidos, os que se sentem cada vez mais excluídos e sem perspectivas nos Estados Unidos de hoje. E cresceu tanto junto ao dinheiro grosso quanto ao eleitorado negro e latino.

Dos bilionários antes simpáticos aos democratas, Trump ganhou o apoio declarado, a simpatia discreta ou no mínimo a neutralidade. Já entre negros e latinos há um crescente descrédito com o discurso do “neoliberalismo progressista” que é oferecido a eles pelo Partido Democrata.

De fato, o Partido Democrata parece não saber o que oferecer ao eleitorado. Em 2020, Biden obteve uma vitória apertada – em um país mergulhado no caos da primeira gestão de Trump, incluindo uma gestão da pandemia tão criminosa quanto a de Jair Bolsonaro.

Na presidência, ele pareceu julgar que a volta à “normalidade” (isto é, à velha política de sempre) era o que o povo queria. Esforçou-se por melhorar os indicadores econômicos, sem perceber que o efeito eleitoral deles já não era o mesmo.

No começo do mandato, em gesto ousado, Biden apoiou a greve dos trabalhadores da Amazon, que reivindicavam o direito de se sindicalizar. Mas o saldo não foi angariar o apoio do vasto setor de precarizados (aqueles retratados no oscarizado Nomadland) e sim angariar a antipatia dos barões da “nova economia” – reforçado pelas tímidas tentativas de regular as big techs.

Não custa lembrar que Jeff Bezos, da Amazon, determinou que o Washington Post, o jornal do qual também é dono, rompesse a tradição de apoiar candidatos democratas e se declarasse neutro na eleição deste ano.

Quando a incapacidade física e mental de Biden para concorrer à reeleição se tornou evidente demais e – após um longo e desgastante processo – ele teve que ser substituído, a opção por sua vice parecia “natural”, mas nem por isso menos equivocada.

Ela parecia ser a solução mais rápida, capaz de unir o partido. Mas, afora isso, reconhecidamente uma política pouco hábil, má oradora e desprovida de carisma, seu único trunfo era ser uma mulher com ascendência africana e indiana.

Com o apelo identitário se mostrando cada vez mais contraproducente, afastando mais eleitores do que congregava, e tendo que ser colocado em segundo plano, Harris fez uma campanha errática.

Era a mesma velha política morna, de fazer acenos em múltiplas direções para, no final das contas, manter tudo como está.

“Termine o Muro / Trump 24 Salve a América” (foto de Oleg Yunakov / WikiMedia Commons)

Do mandato de Trump, pelos sinais apresentados até agora, se pode esperar uma tentativa de orbanização do sistema político estadunidense. Isto é: seguir os passos de Viktor Orbán, na Hungria, e suprimir todos os controles a seu poder pessoal.

Esse desfecho é o resultado da crise do modelo liberal democrático.

O segredo desse arranjo repousava na capacidade da classe trabalhadora de impor limites ao funcionamento da economia capitalista. Ou seja, as democracias históricas não se definem como um conjunto de regras do jogo abstratas, como frequentemente se apresenta na ciência política, mas como o resultado de uma determinada correlação de forças.

A acomodação da democracia liberal permite, por um lado, que os dominados tenham alguma voz no processo decisório e, por outro, que os dominantes saibam calibrar as concessões necessárias para garantir a reprodução de sua própria dominação.

Um componente necessário nessa equação é, obviamente, a capacidade regulatória do Estado. Outro é sua autonomia relativa em relação aos proprietários, a fim de que possam ser adotadas medidas que os contrariam no curto prazo.

A crise que ora se vê é marcada pela erosão de praticamente todos os pilares desse arranjo. O “populismo de direita” dá respostas a ela – ilusórias, mentirosas, mas ainda assim respostas. O centro e a esquerda eleitoral não chegam nem a isso. E, sem a retomada da capacidade de pressão de uma classe trabalhadora transformada, o modelo da democracia liberal fatalmente vai degringolar para uma oligarquia escancarada, com um frágil verniz eleitoral.

Estamos falando dos Estados Unidos. Mas, como disse Horácio (e Marx gostava de citar): de te fabula narratur.

terça-feira, 19 de novembro de 2024

 

Documentos da Pfizer comprovam os seus crimes contra a humanidade

– O maior crime de todos os tempos

CienciaySaludNatural

Pfizer papers.

O livro “Os Documentos da Pfizer: Os Crimes da Pfizer Contra a Humanidade” foi publicado há poucos dias e já é um best-seller. Trata-se de um livro que três governos (Estados Unidos, Reino Unido e Austrália) tentaram suprimir. A história de como isso se concretizou é extraordinária: 3.250 médicos e cientistas altamente credenciados, sob a liderança de Amy Kelly, trabalharam durante dois anos nos 450 mil documentos internos da Pfizer que foram tornados públicos por ordem judicial após uma ação bem-sucedida do promotor Aaron Siri. No processo, estes voluntários confirmaram o maior crime contra a humanidade de todos os tempos.

Os Pfizer Papers resultaram do trabalho de um grupo de pessoas com capacidades extraordinárias, localizadas em diferentes partes do mundo, que se uniram, sem dinheiro ou qualquer recompensa profissional; pela bondade motivada pelo amor à verdadeira medicina e à verdadeira ciência, para empreender um projeto de pesquisa rigoroso, dolorosamente detalhado e complexo, que se estendeu dos anos de 2022 até o presente, e que continua até hoje.

O material lido e analisado abrangeu 450 mil páginas de documentos, todos escritos em linguagem extremamente densa e técnica.

Este projeto investigativo de grande escala e incansavelmente desenvolvido (sob a liderança da Chief Operating Officer, COO do DailyClout, Amy Kelly) colocou de joelhos uma das maiores e mais corruptas instituições do mundo. Este projeto, impulsionado por 3.250 pessoas que não se conheciam e que trabalharam virtualmente e se tornaram amigos e colegas, levou uma gigantesca farmacêutica global a perder milhares de milhões de dólares em receitas. Ele frustrou os planos dos políticos mais poderosos do planeta. Ele escapou à censura das empresas de tecnologia mais poderosas do planeta.

Esta é uma história como a de Davi contra Golias

A história começou quando o promotor Aaron Siri processou com êxito a Food and Drug Administration (FDA) para forçá-los a divulgar “The Pfizer Papers”. Estes são documentos internos da Pfizer (conforme mencionado acima, 450.000 páginas) pormenorizando os ensaios clínicos que a Pfizer conduziu para sua injeção de mRNA COVID. Esses testes foram conduzidos para assegurar o prêmio máximo a uma empresa farmacêutica, a Autorização de Uso Emergencial (Emergency Use Authorization, EUA) do FDA. A FDA concedeu mais de 16 EUAs à Pfizer em dezembro de 2020.

A “pandemia” (envolvendo dados exagerados e manipulados de “infecção” e documentação tendenciosa de mortalidade) tornou-se o pretexto para a “urgência” que levou a FDA a conceder a EUA ao novo medicamento da Pfizer (e da Moderna). A EUA é essencialmente um passe livre, permitindo à Pfizer competir diretamente no mercado com um produto que não foi totalmente testado.

Os documentos da Pfizer também contêm documentação do que aconteceu na fase “pós-comercialização”, ou seja, nos três meses, de dezembro de 2020 a fevereiro de 2021, enquanto a vacina era distribuída ao público. Todos os principais porta-vozes e meios de comunicação adquiridos classificaram a injeção como “segura e eficaz”, lendo o que era um guião centralizado e usando um termo muito confuso como “risco relativo”, quando na realidade deveriam ter relatado o risco absoluto.

No vídeo:
A executiva da Pfizer, Janine Small, admite ao Parlamento da UE que a Pfizer não testou as injeções K0 B1T para prevenir a transmissão de COVID antes de disponibilizá-las ao público. Diz Small: “Tínhamos realmente que avançar na velocidade da ciência... tínhamos que fazer tudo correndo risco”. O risco é para os nossos filhos enquanto eles ganham milhões…. Por favor assine a petição para que bebês e crianças não sejam vacinados.
www.bitchute.com/video/7UcxG0aQ3xsq

Muitas pessoas que tomaram esta injeção, quando foi lançada em 2020-2021-2022 e até o presente, não perceberam que os testes normais de segurança de uma nova injeção (testes que normalmente levam de dez a doze anos) foram simplesmente contornados através dos mecanismos de "estado de emergência" e "Autorização de uso emergencial" da FDA.

Eles não entenderam que não havia nenhuma “prova” real e que a Pfizer e a FDA mantiveram silêncio sobre o que estava a acontecer com eles e seus entes queridos, depois de estes cidadãos terem arregaçado as mangas e tomado a vacina. Nunca podemos esquecer que muitas dessas pessoas que receberam a injeção foram “obrigadas” a tomá-la, enfrentando a ameaça de perder o emprego, suspender a educação ou perder os cargos militares caso recusassem. Em alguns estados dos EUA e países estrangeiros, as pessoas também enfrentaram a suspensão dos seus direitos de utilizar transportes, atravessar fronteiras, frequentar a escola ou faculdade, receber determinados procedimentos médicos ou entrar em edifícios como igrejas e sinagogas, restaurantes e ginásios, caso recusassem.

A FDA pediu ao juiz que abriu o caso Aaron Siri que suspendesse a divulgação dos documentos da Pfizer durante setenta e cinco anos. Porque é que uma agência governamental desejaria reter determinado material até a geração actual, aquela afectada pelo que estes documentos contêm, estar morta e desaparecida? Não pode haver uma resposta boa para essa pergunta.

Felizmente para a história, e felizmente para milhões de pessoas cujas vidas foram salvas por esta decisão, o juiz rejeitou o pedido da FDA e forçou a divulgação dos documentos; um lote de 55.000 páginas por mês.

Para compreender os relatórios, seria necessário ter conhecimentos de imunologia, estatística, bioestatística, patologia, oncologia, medicina esportiva, obstetrícia, neurologia, cardiologia, farmacologia, biologia celular, química e muitas outras especialidades. Além de médicos e cientistas, para entender o que realmente estava acontecendo nos documentos da Pfizer, também seriam necessárias pessoas com profundo conhecimento dos processos regulatórios do governo e da indústria farmacêutica; seriam necessárias pessoas que entendessem o processo de aprovação da FDA; seriam necessários especialistas em fraude médica e, finalmente, para entender quais crimes foram cometidos nos Documentos, seriam necessários advogados.

Sem dispor de pessoas com todas essas habilidades para ler os documentos, seria impossível analisar claramente o seu volume e complexidade.

Os organizadores Steve Bannon e Dra. Naomi Wolf, que já haviam relatado um sério sinal de perigo e efeitos colaterais que afetariam a fertilidade, foram censurados no Twitter, Facebook, YouTube e outras plataformas. Eles foram atacados em todo o mundo, subitamente, como “antivacinas” e “teóricos da conspiração”, um rótulo clássico usado pela CIA desde o seu início.

Na realidade, foram a Casa Branca, o CDC e líderes seniores de outras agências governamentais, incluindo o Departamento de Segurança Interna (Department of Homeland Security), que pressionaram ilegalmente o Twitter e o Facebook para removerem os tweets de advertência. Esta eliminação é agora objecto de uma decisão pendente do Supremo Tribunal sobre se violou ou não a Primeira Emenda.)

Naquela época, Steve Bannon convidou a Dra. Wolf para a WarRoom e ela pôde ali exprimir as suas preocupações quanto à saúde reprodutiva das mulheres após a injeção de mRNA.

O site DailyClout de Wolf foi inundado com ofertas de todo o mundo, de ouvintes do WarRoom com as habilidades necessárias para decifrar os documentos da Pfizer. De repente, ela tinha pessoas excelentes em sua equipe, 3.250 especialistas num organograma que podiam trabalhar sistematicamente com esses documentos. Mas os emails ficaram confusos ou ficaram sem resposta. As pessoas faziam perguntas que não conseguiam responder. Foi complexo montar a estrutura para permitir que um número tão grande de especialistas díspares trabalhasse com o vasto material.

Então aconteceu algo que só pode ser descrito como providencial. Eles convocaram voluntários para contratar um gerente de projeto e Amy Kelly nos contatou. A Sra. Kelly é gerente de projetos Six Sigma certificada, com ampla experiência em gerenciamento de projetos de telecomunicações e tecnologia. No dia em que ela colocou a mão no caos da caixa de entrada, a poeira se acalmou. A paz e a produtividade prevaleceram. Kelly organizou sem esforço os voluntários em seis grupos de trabalho, com um supracomitê à frente de cada um, e iniciou o trabalho propriamente dito.

Nos dois anos em que Kelly e os voluntários trabalharam juntos, analisaram 2.369 documentos e ficheiros de dados, totalizando centenas de milhares de páginas e emitiram quase uma centena de relatórios. Os voluntários usaram uma linguagem que todos pudessem entender, e Kelly reviu e editou meticulosamente quase todos eles.

Os primeiros quarenta e seis relatórios apareceram em formato de autopublicação e foram disponibilizados ao público. Fizeram-no em formato impresso, não apenas digital, porque queriam que as pessoas pudessem entregá-lo aos seus médicos, aos seus entes queridos e aos seus representantes no Congresso.

A Pfizer sabia, três meses após o lançamento em dezembro de 2020, que as injeções não funcionavam

A Pfizer sabia, três meses após o lançamento, em dezembro de 2020, que as injeções não estavam funcionando para impedir o COVID-19. Usando as palavras da Pfizer, eles disseram: “falha da vacina” e “falta de eficácia”. Um dos “eventos adversos” mais comuns nos documentos da Pfizer é o “COVID-19”.

No vídeo:
Dra. Naomi Wolf sobre os documentos da Pfizer: Os próprios documentos da Pfizer revelam todas as fraudes da Covid. A Dra. Naomi Wolf publica com uma equipe de especialistas tudo sobre os próprios documentos da Pfizer. As evidências não deixam dúvidas de que as quarentenas eram uma fraude, pois sabiam que a injeção não impedia a transmissão e causava mortes.
www.bitchute.com/video/roeNC3MBCLT4

A Pfizer sabia que os materiais de injeção (nanopartículas lipídicas, uma gordura industrial, revestida com polietilenoglicol, um subproduto do petróleo; RNA mensageiro; e proteína spike) não permaneciam no músculo deltóide, como afirmavam todos os porta-vozes, mas sim se dispersavam por todo o corpo em 48 horas “como um tiro de espingarda”, como disse um dos autores, Dr. Robert Chandler. Atravessavam todas as membranas do corpo humano (incluindo a barreira hematoencefálica) e acumularam-se no fígado, nas glândulas supra-renais, no baço, no cérebro e, se for mulher, nos ovários. Dr. Chandler não viu nenhum mecanismo pelo qual esses materiais saem do corpo, então cada injeção parece acumular mais desses materiais nos órgãos.

A Pfizer contratou 2.400 funcionários em tempo integral para ajudar a processar “o grande aumento nos relatórios de eventos adversos” submetidos ao banco de dados de segurança global da empresa.

A Pfizer sabia, em abril de 2021, que as injeções estavam prejudicando corações de jovens.

Em 28 de fevereiro de 2021, apenas noventa dias após a distribuição pública da sua vacina contra a COVID, a Pfizer já sabia que a sua vacina estava associada a uma série de efeitos adversos. Longe de serem “calafrios”, “febre” ou “fadiga”, como o CDC e outras autoridades alegaram serem os efeitos secundários mais preocupantes, os efeitos secundários reais foram catastroficamente graves.

Apesar das 85.316 mortes e do 6.845.391 efeitos adversos relatados entre os EUA e a Europa após a injeção de K0 B1T até março de 2023, as inoculações contra a Covid continuaram com essas injeções experimentais de genes erroneamente denominadas vacinas.

Em maio de 2021 esse número era 5 vezes menor. Houve 15.696 mortes e 1.379.654 efeitos adversos relatados.

Só Estados Unidos e Europa 2021 2023
Mortes 15.696 85.316
Efeitos adversos 1.379.654 6.845.391

Mortes e Efeitos adversos relatados ao VAERS e à Eudravigilance. Ver Fonte ano 2023, Fonte ano 2021

Na pesquisa pós-comercialização nos próprios documentos da Pfizer, foram registradas 1.223 mortes sem precedentes após a injeção em menos de 90 dias. Com esse número de mortes, a vacina deveria ter sido retirada imediatamente do mercado em dezembro de 2020.
https://phmpt.org/wp-content/uploads/2022/04/reissue_5.3.6-postmarketing-Experience.pdf , (página 7, Tabela 1)

Esses efeitos colaterais incluem a morte (que a Pfizer lista como um “evento adverso grave”). Como vemos no gráfico acima, mais de 1.233 mortes ocorreram nos primeiros três meses de comercialização do suposto medicamento.

A injeção contra a Covid provocou centenas de efeitos graves: lesão hepática; eventos adversos neurológicos; paralisia facial; lesão renal; doenças autoimunes; frieiras (uma forma localizada de vasculite que afeta os dedos das mãos e dos pés); síndrome de disfunção de múltiplos órgãos (quando mais de um sistema orgânico falha ao mesmo tempo); ativação de infecções latentes por herpes zoster; lesões na pele e mucosas; problemas respiratórios; estrutura pulmonar danificada; insuficiência respiratória; síndrome do desconforto respiratório agudo (uma lesão pulmonar na qual o fluido vaza dos vasos sanguíneos para o tecido pulmonar, causando rigidez que dificulta a respiração e reduz a troca de oxigênio e dióxido de carbono); e SARS (ou SARS-CoV-1, que não é visto no mundo desde 2004, mas aparece nos documentos da Pfizer como efeito colateral das injeções).

Milhares de pessoas foram registradas com dores nas articulações do tipo artrítica, um dos efeitos colaterais mais comuns. Outros milhares com dores musculares, a segunda mais comum. Depois, doenças do sangue em escala industrial: coágulos sanguíneos, coágulos pulmonares, coágulos nas pernas; trombocitopenia trombótica, uma doença de coagulação dos vasos sanguíneos; vasculite (destruição de vasos sanguíneos devido à inflamação); taxas astronômicas de distúrbios neurológicos: demência, tremores, Parkinson, Alzheimer, epilepsia. Condições de pele terríveis. Uma infinidade florida de problemas cardíacos: miocardite, pericardite, taquicardia, arritmia, etc. Metade dos eventos adversos graves relacionados ao fígado, incluindo morte, ocorreu dentro de setenta e duas horas após a injeção. Metade dos acidentes vasculares cerebrais ocorreu dentro de quarenta e oito horas após a injeção.

Mas o que realmente emergiu dos primeiros quarenta e seis relatórios foi o facto de que, embora a COVID seja ostensivamente uma doença respiratória, os artigos não se centraram nos pulmões ou nas membranas mucosas, mas sim, de forma perturbadora e sistemática, na perturbação da reprodução do ser humano.

Os documentos que a Pfizer pretendia que não fossem publicados durante 75 anos foram analisados por uma equipa de especialistas. Dra. Naomi Wolf apresenta o livro que compila todas as informações “The Pfizer Papers”. https://www.bitchute.com/video/R7fPo8GvrVVs Este livro deve ser apresentado a qualquer autoridade competente para demonstrar que as injeções de Covid não são seguras nem eficazes e alteram a reprodução humana. https://cienciaysaludnatural.com/compendio-de-estudios-de-expertos-para-eximir-a-sus-hijos-de-las-vacunas/

Quando a injeção da Pfizer foi disponibilizada ao público, a gigante farmacêutica sabia que mataria bebés e prejudicaria significativamente a reprodução de mulheres e homens. O material dos documentos deixa claro que prejudicar a capacidade de reprodução dos humanos e causar abortos espontâneos de bebês “não é um defeito (bug), é uma característica”.

A Pfizer disse aos homens vacinados que usassem dois métodos confiáveis de controle de natalidade ou se abstivessem de sexo com mulheres em idade fértil. Em seu protocolo, a empresa definiu “exposição” à injeção como contato pele a pele, inalação e contato sexual.

A Pfizer acasalou ratas vacinadas e ratos machos “não tratados” e depois testou esses machos, fêmeas e seus descendentes quanto à “toxicidade” relacionada à vacina. Com base em apenas quarenta e quatro ratos (e nenhum ser humano), a Pfizer não declarou resultados negativos para “...desempenho de acasalamento, fertilidade ou quaisquer parâmetros ovarianos ou uterinos...ou sobrevivência, crescimento ou desenvolvimento embriofetal ou pós-natal”, o que implica que sua injeção de COVID seria segura durante a gravidez e não faria mal aos bebês.

A Pfizer sabe há anos que as nanopartículas lipídicas degradam os sistemas sexuais, e Amy Kelly descobriu que as nanopartículas lipídicas atravessam a barreira hematoencefálica e danificam as células de Sertoli, as células de Leydig e as células germinativas dos homens.

No vídeo:
A recomendação de “vacinar” gestantes contra a COVID foi baseada num estudo com 14 ratos, apresentado por cientistas do próprio laboratório da Pfizer. O Exército e a Marinha dos EUA relataram 8.000 casos de malformações congênitas em fetos. No VAERS há 5.148 abortos espontâneos notificados. Dra. Naomi Wolf.
https://www.bitchute.com/video/Yo6aQ4cuPp9N

Estas são as fábricas da masculinidade, afetando os hormônios que transformam os adolescentes em homens, com vozes profundas, ombros largos e capacidade de ter filhos. Portanto, não temos ideia se os bebés do sexo masculino nascidos de mães vacinadas se tornarão adultos reconhecidamente masculinos e férteis.

A Pfizer listou os danos menstruais que sabia estar causando a milhares de mulheres, e os danos vão desde mulheres sangrando todos os dias até ter dois períodos por mês ou nenhum período; mulheres que sangram e expelem tecidos; para mulheres na menopausa e pós-menopausa que começam a sangrar novamente. Os cientistas da Pfizer observaram calmamente e anotaram tudo, mas não contaram a ninguém.

Os bebês sofreram e morreram. Numa secção dos documentos, mais de 80 por cento das gestações subsequentes terminaram em aborto espontâneo. Em outra seção dos documentos, dois recém-nascidos morreram e a Pfizer descreveu a causa da morte como “exposição materna” à vacina.

A Pfizer sabia que os materiais injetáveis ​​entravam no leite materno das mães vacinadas e envenenavam os bebês. O leite materno de quatro mulheres ficou “azul esverdeado”. A Pfizer compilou uma tabela de bebês doentes, que adoeceram devido à amamentação de mães vacinadas, com sintomas que vão de febre a edema (inflamação da pele), urticária e vômitos. Um pobre bebê teve convulsões e foi levado ao pronto-socorro, onde morreu de falência múltipla de órgãos.

Abaixo mencionamos 36 relatórios que poderão ser encontrados neste livro. Algumas dos títulos do relatório abaixo são:

Em 28 de fevereiro de 2021, a Pfizer publicou uma “Revisão Cumulativa de Gravidez e Amamentação” mostrando que após vacinar as mães com sua injeção os Eventos adversos ocorreram em mais de 54% dos casos de “exposição materna”” à injeção e incluíram 53 relatos de aborto espontâneo (51)/aborto (1)/aborto não detectado (1) após vacinação.

– Houve casos de partos e nascimentos prematuros, além de dois óbitos de recém-nascidos.

– Alguns recém-nascidos sofreram graves problemas respiratórios ou “enjôos” após exposição através do leite materno.

Quedas “substanciais” na taxa de natalidade ocorreram em 13 países – países da Europa, bem como Grã-Bretanha, Austrália e Taiwan – nove meses após a aplicação da vacina.

Cerca de 70% dos eventos adversos relacionados à injeção da Pfizer ocorrem em mulheres.

A proteína Spike e a inflamação ainda estavam presentes no tecido cardíaco um ano após receber a injeção de mRNA anti-COVID.

Nos ensaios clínicos da Pfizer, houve mais mortes entre os vacinados do que entre os participantes que receberam placebo. No entanto, a Pfizer apresentou dados imprecisos mostrando mais mortes no grupo placebo ao FDA quando solicitou autorização de uso emergencial.

Bebês e crianças menores de doze anos de idade receberam a injeção da Pfizer sete meses antes de uma aprovação da injeção pediátrica, resultando em:

  • Acidente vascular cerebral, AVC.
  • Paralisia facial.
  • Lesão ou insuficiência renal.

Houve um aumento de mais de 3,7 vezes no número de mortes devido a eventos cardiovasculares em indivíduos vacinados em ensaios clínicos em comparação com indivíduos que receberam placebo.

A injeção que a Pfizer distribuiu ao público era diferente da formulação utilizada na maioria dos participantes dos ensaios clínicos, e o público não foi informado disso.

As análises histopatológicas (coloração de tecidos para mostrar estados de doença) mostram evidências claras de patologia autoimune induzida por injeção em múltiplos órgãos; erosão dos vasos sanguíneos, cardíacos e linfáticos causada pela proteína Spike; amiloides em múltiplos tecidos; cânceres incomuns e agressivos; e formações atípicas de “coágulos”.

Após a vacinação, os pacientes mais jovens começaram a desenvolver cancros; os tumores eram maiores e cresciam de forma mais agressiva e rápida do que os cancros antes da inoculação em massa das populações; A ocorrência cotemporal (aparecimento de mais de um câncer ao mesmo tempo) de cânceres tornou-se mais comum, uma situação que era tipicamente muito incomum antes do lançamento das injeções de mRNA. O crescimento de tumores benignos acelerou.

Em 12 de março de 2021, os investigadores da Pfizer vacinaram quase todo o grupo placebo (não vacinado) (coorte) do ensaio, embora a Pfizer se tivesse comprometido anteriormente a seguir tanto as coortes vacinadas como as coortes vacinadas com placebo durante dois anos. Imediatamente após receber a Autorização de Uso de Emergência, a Pfizer pressionou a FDA para permitir a vacinação da coorte não vacinada por razões “humanitárias”. A vacinação do grupo placebo acabou com a possibilidade de realização de estudos de segurança a longo prazo.

Os casos de autoimunidade notificados ao Sistema de Notificação de Eventos Adversos de Vacinas (VAERS) aumentaram 24 vezes entre 2020 e 2021, e as mortes anuais relacionadas à autoimunidade aumentaram 37 vezes no mesmo período.

No pedido de autorização de uso emergencial e no envio de dados da Pfizer de outubro de 2021 para crianças de cinco a onze anos, os pesquisadores da Pfizer especularam por escrito que os danos subclínicos se manifestariam nos pacientes a longo prazo, o que implica que doses contínuas com danos subclínicos acabariam por se manifestar como danos clínicos.

Em estudos de teste, a injeção de mRNA COVID-19 da Moderna prejudicou a reprodução dos mamíferos, resultando em 22% menos gravidezes, malformações esqueléticas e problemas de lactação.

Nos primeiros três meses de implementação da injeção de mRNA da COVID-19 da Pfizer, ocorreram centenas de casos de possível aumento de doenças associadas à injeção (VAED). Os porta-vozes da saúde pública minimizaram a sua gravidade, chamando-os de “casos inovadores de COVID-19”.

A Pfizer escondeu oito mortes de vacinados ocorridas durante o ensaio clínico para que os seus resultados parecessem favoráveis​à obtenção de EUA para maiores de 16 anos.

As forças mais poderosas do mundo, incluindo a Casa Branca, a própria equipe do presidente dos Estados Unidos; Dra. Rochelle Walensky do CDC; Diretor da FDA, Dr. Dr. Twitter e Facebook; media tradicional, incluindo o New York Times, BBC, The Guardian e NPR; OfCom, a agência reguladora de mídia britânica; Organizações profissionais como o Colégio Americano de Obstetras e Ginecologistas, a Agência Europeia de Medicamentos, o equivalente europeu da FDA, e a Therapeutic Goods Administration, o equivalente australiano da FDA, todos procuraram suprimir esta informação.

No entanto, apesar da mais poderosa campanha de censura e retaliação lançada na história da humanidade (tornada mais poderosa do que as campanhas anteriores pelos efeitos amplificadores das redes sociais e da IA), as descobertas destes voluntários, em última análise, não foram suprimidas e sobreviveram em meios de comunicação alternativos, como o CienciaySaludNatural.com e Medicos por la Verdad, Childrenshealthdefense.org/defender, o site DailyClout.io e outros; para ser compartilhado de boca em boca, salvando milhões de vidas.

Qual o papel que esta informação desempenhou na detenção do maior crime alguma vez cometido contra a humanidade?

O pior ainda está para vir. As deficiências aumentaram em um milhão por mês nos Estados Unidos, de acordo com o ex-gerente de fundos de hedge da BlackRock, Edward Dowd. O excesso de mortes aumentou acentuadamente nos Estados Unidos e na Europa Ocidental.

As taxas de natalidade despencaram, de acordo com o matemático Igor Chudov (e o pesquisador voluntário do WarRoom/DailyClout, Dr. Robert Chandler), entre 13 e 20 por cento desde 2021, de acordo com bases de dados do governo. Atletas estão a morrer. Os cânceres turbo estão a aumentar. Os médicos convencionais podem ficar “desnorteados”, esta informação não chega até eles porque os meios de comunicação são cúmplices dos Laboratórios. O grupo Vanguard-BlackRock é dono dos laboratórios e também de todos os meios de comunicação, Google, Youtube, FB, são os principais contratantes do Pentágono, este último, através do Departamento de Defesa dos EUA, foi coordenado durante toda a falsa pandemia.

Nosso esforço incansável para levar essa informação ao mundo, de forma impecável, finalmente deu frutos. A aceitação de doses de reforço é agora de 4%. Muito poucas pessoas “reforçaram” os seus filhos. A maioria das universidades dos Estados Unidos retirou seus “mandatos” de vacinação. O lucro líquido da Pfizer caiu no primeiro trimestre de 2024 para níveis anteriores a 2016.

A BBC teve de informar que os ferimentos por injeção são reais, assim como o New York Times. A AstraZeneca, uma vacina contra a COVID configurada de forma um pouco diferente na Europa, foi retirada do mercado em maio de 2024, na sequência de processos judiciais relacionados com trombocitopenia trombótica (um efeito secundário que a nossa voluntária de investigação, Dra. Carol Taccetta, havia relatado à FDA por carta em 2022), e a Agência Europeia de Medicamentos retirou nomeadamente a sua EUA para a AstraZeneca. Três dias após a publicação deste relatório, mostrando que a FDA e o CDC receberam a “Revisão Cumulativa de Gravidez e Amamentação” de oito páginas, confirmando que a Dra. Walensky sabia sobre a letalidade da vacina quando deu sua entrevista coletiva dizendo às mulheres grávidas para tomarem a vacina, a Dra. Walensky renunciou.

Devemos partilhar a verdade, porque a verdade salva vidas!

Agradecemos aos voluntários, 3.250 de todo o mundo que se uniram no amor à verdade e aos seus semelhantes. Agradecemos aos nossos duzentos advogados, que nos ajudaram a acessar os emails FOIA do CDC e nos ajudaram a entender os crimes que víamos nas páginas seguintes.

Muitas pessoas nobres sofreram ostracismo, perda de emprego, marginalização e outras dificuldades como resultado do seu compromisso com a verdadeira ciência, a verdadeira medicina e a tarefa de difundir a verdade para salvar os seus semelhantes e as gerações ainda por nascer.

A batalha continua. Ninguém que cometeu este crime massivo contra a humanidade está preso, ou sequer a enfrentar acusações civis ou criminais.

Encomendar The Pfizer Papers.

21/Outubro/2024

Ver também:
  • Uma revisão sistemática dos achados das autópsias em mortes após a vacinação COVID-19, artigo com revisão por pares publicado na Science, Public Health Policy and the Law em 17/Nov/2024
  • O original encontra-se em cienciaysaludnatural.com/los-documentos-de-pfizer-demuestran-los-crimenes-de-pfizer-contra-la-humanidad/

    Esta resenha encontra-se em resistir.info

    quarta-feira, 13 de novembro de 2024

    Um excelente síntese do que já sabíamos ou não, de uma perfeita clareza, ou uma análise dos fios da teia com que nos tramaram

     

    O que explica o anti-intelectualismo de esquerda?

    Cerâmica pertencente ao acervo do Museu do Louvre, retratando Ajax e Cassandra, produzida entre 440 e 430 a.C.

    Ajax e Cassandra, c. 440 – 430 a.C.
    Foto: Codrus Painter – Musée du Louvre (WikiCommons).

    Por Douglas Barros

    Uma das tragédias mais importantes de nosso tempo consiste na impaciência e na incapacidade propiciada pelo domínio da imagem, cuja causa repousa na realidade hiperconectada de nossos dias. A imagem, que passou a ter centralidade na vida de todo mundo, fez com que a reflexão laboriosa da palavra escrita fosse substituída pela instantaneidade dos vídeos.

    Vivemos sob o império de um tipo de comunicação receptiva que busca emoções identificatórias que não despertem esforços por parte do receptor. Toda contradição, dificuldade ou negatividade ao receptor tem que ser tolhida para satisfazê-lo e orientar sua demanda de consumo. Com efeito, se na era da televisão a imagem já reinava soberana sobre a palavra, com a internet a imagem terá dimensões totalitárias, acentuando a repulsa pela meditação abstrata e a impaciência diante da palavra escrita, que será substituída pela comunicação publicitária.

    Essa comunicação se baseia na ideia de que para ser clara é preciso antes saber da necessidade do receptor, contradizê-lo ou negá-lo provoca ruídos desnecessários, então é preciso se comunicar através da informação que se recebe dele. Eis como os toques no aplicativo e algoritmização da vida social organizam uma comunicação dirigida, que precisa ser eficaz através do trabalho com a informação do usuário. Assim, com o mundo da comunicação pela imagem — obtida pelo engajamento do próprio usuário — a argumentação lógica se torna um peso e precisa ser substituída por ritos catárticos de identificação, nos quais ele se veja representado na imagem de um produto — imagem que pode ser qualquer coisa; um livro, um coletivo, um partido, um político etc… Eis como a sociedade do espetáculo se apresenta: a imagem passa a ser a mediadora de toda vida social, adquirindo o status de realidade última e de prova real da verdade.1

    Na totalitarização da imagem, organizada por uma escala planetária de conectividade virtual, a reflexão demorada e a crítica passam a ser vistas com desconfiança generalizada. O intelectual passa a ser visto como mais um dos técnicos. Se a capacidade crítica sempre se relacionou à possibilidade de tomar distância da realidade para analisá-la; se a reflexão sempre teve a ver com uma parada e o silêncio; o convite pseudocrítico para a comunicação clara que imponha respostas prontas para problemas “concretos” é mais uma faceta ideológica das transformações operadas pela gestão de crise do capitalismo pós-fordista, que atua sob o mandamento da eficácia e da satisfação. Comunique-se com eficácia para produzir satisfação no público alvo.

    Eis, o ponto.

    Nos últimos dias tenho sido constantemente atacado com o mesmo pressuposto: a dificuldade com que expresso a crítica que faço na relação entre identidade e identitarismo (como se ambos os conceitos estivessem disponíveis em vitrines). Os que me acusam dizem que sou prolixo, pedante e que deveria rebaixar meu discurso à língua do povo (sabe-se lá o que querem com isso dizer). Eu poderia me fazer de rogado e simplesmente ignorar essa crítica pífia, dúbia, desonesta e falaciosa, se não fosse ela própria mais um sinal da vida social sob neoliberalismo. Mas, insisto, isso é só mais uma das facetas desse modo de gestão.

    Uma esquerda rendida ao espetáculo

    Em nenhum momento da história humana a atenção subjetiva foi tão disputada, tendo se tornado, ela própria, uma mercadoria. A reboque está a aceleração da vida social, aquilo que Hartmut Rosa chamará de tardo-modernidade,2 que causou uma deficiência na possibilidade de concentração (o chamado déficit de atenção), gerando um verdadeiro e lucrativo mercado da saúde mental. Em dez anos, a importação e a produção de metilfenidato — mais conhecido como Ritalina — cresceram 373% no país. A maior disponibilidade do medicamento no mercado nacional impulsionou um aumento de 775% no consumo da droga, usada no tratamento do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH).

    Eis aí uma pandemia da qual quase ninguém fala a respeito, e que parte hegemônica da esquerda simplesmente ignora. Um tipo de problema que poderia facilmente ser vinculado ao capital e à vida infernal que ele nos dá hoje. Sim, porque tudo isso tem a ver com a dinâmica de uma vida social depauperada e cada vez mais acelerada. Uma contínua aceleração do tempo social que tornou o espaço social um local indiferente ao indivíduo. Tornou-o um mero detalhe, um pano de fundo que sustenta a virtualidade das relações garantidas cada vez mais por dispositivos eletrônicos.

    Se antes da pandemia os espaços careciam de laços cada vez mais, depois dela, com a avalanche das mudanças na relação do trabalho, que se tornou virtual, passamos a entender o deslocamento como um empecilho para aquilo que realmente queríamos fazer. “Ter que ir” e “ter que visitar” se tornaram tarefas “torturantes” uma vez que basta ligar a câmera do notebook. Espaços de intensa sociabilidade pública se tornaram fantasmagóricos e o isolamento se tornou mais do que comum: se tornou uma espécie de demanda.

    Mesmo os locais que na modernidade clássica sustentavam o sentido de ação e orientavam as expectativas de milhares de pessoas, como universidades e escolas, indústrias e lojas, hospitais e hotéis, aparecem agora como lugares sem experiências, restando cada vez mais homogeneizados. Ter que lidar com o outro se tornou trabalhoso, frustrante, além de algo não satisfatório, já que muitas vezes o outro nega a nossa demanda egóica.

    Paul Virilio, que foi de fato uma Cassandra, sabia que o excesso de informação seria fundamental para desestimular nossa observação e sensibilidade. A comunicação como algo límpido e direto, sem a necessidade da reflexão por parte do receptor, para ele, causaria uma infantilização na cognição em nome da satisfação: o receptor-consumidor tem sempre que estar satisfeito com o que recebe. Isso implica que a informação deva ser algo que ele espere e já saiba. Eis a infantilização da capacidade reflexiva ordenada pela ideia de que esse receptor é um consumidor e precisa imediatamente identificar a informação que recebe. Mas há outra volta no parafuso aí: não se trata só de informar, de comunicar, mas de criar a atenção consumista naquilo que é comunicado. Portanto, nada deve negá-lo.

    E, assim, qualquer estrutura desafiadora de raciocínios detidos e de conceitos elaborados será vista como excesso de “elitismo deslocado da vida real”. (Não é exatamente do que me acusam?) Para parte da esquerda, com um discurso pseudo-radical e muito tacanho, o que importa é se tornar inteligível às “massas” imaginárias, que na realidade são consumidores em potencial de uma nova ideia que precisa estar “clara”. E, portanto, a forma suplanta o conteúdo de maneira integral: são as emoções, e a capacidade de despertá-las, que passam a organizar a finalidade do trabalho “intelectual”. Um fosso e um pesadelo.

    O tempo morto da conexão

    O tempo conectado é um tempo sem experiência, um tempo morto abrigado num arsenal de dispositivos on-line que canalizam a atenção através de imagens e engajam o indivíduo de maneira inconsciente a rolar com o dedo para a próxima cena. Vídeos de 30 a 60 segundos no TikTok e os cortes no Reels do Instagram tornaram antiquado o exercício do olhar contemplativo e da vida imaginativa. A captura do olhar, o automatismo que dirige esse olhar, mudou de maneira dramática nossa vivência temporal redefinindo uma sensibilidade cada vez mais insensível à experiência com a alteridade.3

    Se já não temos uma vida profissional, mas especializações; se já não temos espaço para reflexão ante os locais que habitamos, mas uma observação orientada por algoritmos de afinidades eletivas, pode-se afirmar que a aceleração tecnológica nos levou aos grilhões da hiperconectividade, que sempre demanda nosso engajamento ativo capturando diuturnamente nossa atenção. E, assim, com a passagem à era da especialização, a ideia de “formação” se reduz à noção de estar apto à vida a partir de uma educação moldada às necessidades do estudante enquanto consumidor que precisa estar satisfeito.

    Diante disso se perdem as contradições, as dificuldades e os desafios inerentes ao processo de formação. Aliás, aprender se correlaciona, nessa dinâmica narcisista, à satisfação: algo que de saída precisa excluir a dificuldade e o esforço do aprendizado. Aprender tem que ser divertido, e o professor deve se tornar um animador de palco: fazer palhaçadas que provisoriamente façam o usuário esquecer da sua dose de satisfação. Num importante artigo no Opera Mundi, Cian Barbosa demonstra como “a digitalização nos impõe o reflexo de uma versão reduzida de nós mesmos”. Quando a mediação dos conteúdos que visitamos passa pelas plataformas digitais, que automatizam nossas escolhas pela informação que fornecemos, nossa própria cognição, encerra Cian, permanece ensimesmada. Ou seja, há um processo da identificação de nossas demandas, organizadas por algoritmos, que nos dá o que se supõe que buscamos, enquanto aquilo que as nega e as contradiz sai do horizonte.

    A economia da atenção, portanto, reduz a cognição à fruição do tempo de tela. O resultado, sem dúvida, é a diminuição reflexiva para lidarmos com problemas complexos. Mesmo filmes se tornam insuportáveis por terem mais de uma hora de duração, livros são cada vez mais vistos como produtos museológicos e, desse modo, qualquer raciocínio mais denso é visto como uma ofensa. Algumas pessoas demonstram-se radicalmente afrontadas com qualquer trabalho do conceito, a ponto de xingar quem o faz.

    Debord cantou a bola

    Se há um crítico que permanece atual para entender nossa complexidade, ele é, sem dúvida, Guy Debord. Para o autor, o espetáculo não constituía apenas o conteúdo das mídias ou aquilo que se expõe na tela do cinema; suas garras são mais profundas porque se enraízam na estrutura da própria sociedade de classes. O espetáculo toma conta, por meio das imagens, da vida social A contemplação das imagens torna passivo seu espectador, retira dele a capacidade de determinar os acontecimentos ou de refletir sobre eles. Isso é possibilitado não pela forma das imagens em si, mas por aquilo que as estrutura e as organiza, ou seja, os modos de produção e reprodução da vida social.

    Em imaginar que escreveu tudo isso nos anos 1960…

    O exercício do espetáculo não se respalda em oferecer formas de ver o mundo, mas se traduz na própria visão de mundo administrada pela economia. É resultado do modo de produção existente no capitalismo, que não só constitui, como reforça o modelo da vida dominante. Sua força consiste em efetivar a dominação do horizonte social geral, dominando a totalidade da realidade a ponto de fazer parecer que a finalidade da vida é o próprio espetáculo. Assim, a imagem de si e do mundo precisa passar pelas formas de captura direcionada pelos dispositivos conectados. Acreditamos inconscientemente naquilo que a imagem de alguém expressa, e eis que somos capturados fazendo o mesmo: nos produzindo enquanto mercadorias vendáveis.

    A manutenção das relações de submissão ao capital se dá pelo espetáculo. Ele precisa garantir que o processo de exploração ocorra por um engajamento ativo dos sujeitos. Então, toda a política se vê enquadrada cada vez mais nas tendências econômicas e nas manipulações do mercado, tornando-se não apenas uma simulação aberta organizada pela democracia liberal e seu mercado eleitoral como ainda uma forma de gestão técnica.

    Por isso, o espetáculo transforma o mundo em aparência e representação. O império de sua ação se dá na positividade de seus conteúdos, que são aceitos passivamente. Na era da conectividade global, em que o tempo se torna um tempo real da conexão, o espetáculo guia a saída do ter para o parecer; não importa mais apenas o ter, mas o parecer ter. Ter a imagem de revolucionário é muito mais satisfatório do que ser um revolucionário de fato. As imagens tornam-se seres reais, motivações eficientes que traduzem um comportamento apaziguado e hipnótico. O imperativo de se fazer ver é um mandamento para direita e esquerda.

    O imperativo de ver e produzir o que deve ser visto tornou-se a dinâmica da sociabilização. E então “não há mais uma necessidade de dominação coercitiva direta porque ela já está articulada na própria estrutura do processo de produção que governa o tempo”. São os engajados nesse processo que vão implorar por sua reprodução. A dominação imposta transforma-se no desejo de ser dominado, e qualquer um que questionar mais profundamente essa adesão será posto como inimigo. Com a imagem totalitária, a palavra escrita torna-se quase um acinte. Ai daqueles que dela fazem uso! E, assim, o tempo pseudocíclico do capitalismo tardio — aquele que oferece um eterno presente para a reposição do mesmo — se entranhou à experiência individual ordinária; ele cria o dia e a noite, o trabalho e o descanso, as férias e o lazer etc. Mas com uma diferença fundamental: impõe o engajamento ativo dos sujeitos, a despeito do espectro político. Trata-se sempre disso: um simulacro vulgarizado do ativismo reduzido à eleição. Trata-se sempre de pseudo-acontecimentos políticos mediados pela equipe de publicidade. Aqui, grande parte da esquerda, que ainda acredita existir campo para a ação no interior dos aparatos do Estado, é capturada, e mais: organiza ela própria a repressão e o policiamento.

    Notas
    1 Douglas Rodrigues Barros, Guy Debord: antimanual de leitura (São Paulo, sobinfluencia, 2022), p. 52.
    2 ROSA, H. Alienação e aceleração: por uma teoria crítica da temporalidade tardo-moderna. Tradução de Fábio Roberto Lucas. Petrópolis, RJ: Vozes, 2022.
    3 VIRILIO, P. A estética da desaparição. Rio de Janeiro: Contraponto, 2015.

    domingo, 10 de novembro de 2024

    O marxismo não é uma filosofia moral; porém, se junto com o interesse material não vier o "bom e desejável", édifícil conquistar a adesão de democratas para o socialismo, indivíduo a indivíduo ou as massas sociais desgostosas com o que o capitalismo lhes tem oferecido.

     « (...)

    Uma luta pelo socialismo ou mesmo pela social-democracia exige que as pessoas assumam riscos enormes e façam sacrifícios enormes, porque terão de enfrentar a classe capitalista. Não vejo nenhuma maneira pela qual a defesa moral possa ser o mecanismo para levar a maioria das pessoas a tal projeto político. Você precisa ser capaz de mostrar às pessoas que elas têm um interesse real no resultado — um interesse material, não apenas um chamado moral — e também mostrar-lhes que é realista, que não é apenas uma espécie de missão suicida.

    É notável para mim que os defensores dessa visão — CohenG.A. Cohen, é um deles, mas há outros — nunca tentam confrontar sistematicamente essa questão. Na verdade, há duas questões, dependendo de quem é o alvo da sua defesa moral.

    Uma questão é: se é um chamado moral geral, por que os setores mais poderosos da sociedade e seus servidores na mídia, nas universidades e na política seriam convencidos pela sua defesa moral quando têm um interesse direto em manter a ordem social? A outra é: se você não vai até eles, por que os trabalhadores pobres viriam até você por um chamado moral, a menos que você possa deixar claro para eles o que têm a ganhar com isso?

    Para mim, é mais realista dizer que se um quadro materialista para a política não for mais sustentável, o socialismo não é sustentável como movimento. Prefiro ser honesto e admitir isso do que viver com esse sonho irrealizável de que a defesa moral nos levará lá. Em um sentido muito real, foi contra isso que Marx e [Friedrich] Engels argumentaram durante suas vidas: esses vários tipos de utopismo que diziam: se você apenas pedir às pessoas para serem boas, pode chegar ao socialismo.

    Portanto, se Cohen estiver certo ao afirmar que uma versão materialista da política não é mais sustentável, a conclusão dele simplesmente não faz sentido. A conclusão que deveríamos tirar é que políticas do tipo ao qual nos comprometemos agora são impossíveis. Essas conversas morais são fantasias com as quais os intelectuais se entretêm; eu não sei como elas têm qualquer impacto no mundo.(...)»

     Vivek Chibber, entrevistado, in Jacobina,15/10/2024

    domingo, 3 de novembro de 2024

    Viagem à Polónia

    Viagem à Polónia
    Auschwitz: nele pereceram 4 milhôes de judeus. Depois dos nazis os genocídios continuaram por outras formas.

    Viagem à Polónia

    Viagem à Polónia
    Auschwitz, Campo de extermínio. Memória do Mal Absoluto.