(1770-1831): O mais notável filósofo idealista da Alemanha,
sobretudo pelo método dialético que concebeu. Ideólogo da
burguesia prussiana dos princípios do século XIX, não obstante
assumir atitude progressista diante dos problemas que
examinava, fazia-se pusilânime e inconsequente perante
a monarquia feudal e prussiana. Hegel é um idealista objetivo.
Segundo ele, a razão absoluta representada na história,
a ideia absoluta é o princípio primordial e a única realidade
que “se exterioriza” de maneira imediata na natureza, para
a si própria retornar sob a forma de Espírito. A ideia em si
é o demiurgo da natureza e da história. A ideia absoluta está
na base de toda a História da humanidade. A parte valiosa da
filosofia idealista de Hegel está em seu método dialético, na
afirmação de que a ideia se desenvolve sobre a base de
contradições. Todavia, o método dialético de Hegel está
totalmente impregnado de seu sistema idealista. Marx e Engels
colocaram essa dialética “sobre os próprios pés”. Sem ocultar
o fato de que as bases fundamentais da dialética foram
assentadas pelo grande filósofo alemão, os fundadores do
socialismo científico dela apenas tomaram “seu grão racional”
despindo-a de todo o envoltório idealista. “Meu método dialético
— declara Marx — não só difere do de Hegel em seu fundamento,
como se torna seu oposto. Para Hegel, o processo do pensamento
— que ele chega a converter, sob o nome de ideia, em sujeito
independente — é um demiurgo (criador) do real, o qual não passa
de sua manifestação exterior. Para mim, ao contrário, o ideal não
é outra coisa senão o material trasladado para a cabeça humana
e nela transformado”. Assim fazendo, Marx constata a unidade do
sujeito-objeto na natureza e na sociedade humana, pondo a nu o
fundo verdadeiramente revolucionário da dialética. Obras principais:
A Fenomenologia do Espírito; A Ciência da Lógica, Enciclopédia das.
Ciências Filosóficas, As Linhas Fundamentais da Filosofia do Direito. |
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