Moustaki, um homem bondoso e
multicultural
Na sua casa, na ilha Saint-Louis, no centro de Paris, cruzavam-se
gentes e
culturas do
mundo inteiro.
gentes e
culturas do
mundo inteiro.
Georges Moustaki, de origem grega, era um homem bondoso, zen e
fascinante.
fascinante.
Fumava marijuana e jogava pingue-pongue, adorava conversar e,
sobretudo,
sobretudo,
receber boas notícias. Morreu hojem, em Nice, aos 79 anos de idade.
Um dia, durante uma entrevista para Portugal (publicada no extinto
semanário "Sete"),
semanário "Sete"),
disse-me que uma das grandes notícias que recebera na vida foi a
da revolução portuguesa.
da revolução portuguesa.
onde uma parte é cantada em português, evoca a esperança
que nasceu no Mundo
que nasceu no Mundo
com os cravos vermelhos que então floresciam à beira do rio Tejo.
Piaf, Montand, Regianni...
Georges Moustaki era um humanista. Escreveu para Edith Piaf, de quem
foi amante,
foi amante,
a célebre letra da canção "Milord" e é o autor de "Métèque", interpretado por
ele próprio
ele próprio
e que foi um dos seus maiores êxitos.
Tinha, desde há alguns anos, uma doença grave nas cordas vocais.
Curiosamente,
Curiosamente,
ontem à noite, na cave do café-concerto Le Trois Mailletz, um dos seus
guitarristas,
guitarristas,
o brasileiro Toninho do Carmo, falava-me dele e dizia estar inquieto com
a sua saúde.
a sua saúde.
Toninho e a sua mulher, a fadista portuguesa Maria Teresa, radicada
em Paris,
em Paris,
acompanhavam-no, nos últimos anos, em quase todos os seus concertos.
Moustaki, que se instalou em Paris em 1951, vindo da Grécia, era um
"monstro" da
chamada
"monstro" da
chamada
grande música francesa. Foi amigo de Georges Brassens e escreveu
para Edith Piaf,
para Edith Piaf,
Yves Montand, Juliette Gréco, Barbara e Serge Regianni.
Mas era, sobretudo, um amigo de todos nós. Dos humanistas e dos
sonhadores do
Mundo inteiro.
sonhadores do
Mundo inteiro.
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