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domingo, 30 de junho de 2013

Os grandes filósofos



Paul Henri Thiry d'Holbach

Autor perfil


nascido
em Edesheim, Rheinpfalz, Alemanha 
8 de dezembro de 1723

morreu
21 de janeiro de 1789

site

gênero

influências


Sobre o autor

Paul-Henri Thiry, o barão d'Holbach era um filósofo, tradutor e importante figura social do Iluminismo francês. Ele nasceu no Palatinado Renano, mas viveu e trabalhou principalmente em Paris, França. Seu livro mais famoso, O Sistema da Natureza ( Le Système de la nature ), foi publicada sob o nome de Jean-Baptiste de Mirabaud , o secretário da Academie Française que tinha morrido dez anos antes. Nos seus escritos filosóficos Holbach desenvolveu um determinista e metafísica materialista que fundamentou sua polémica contra a religião organizada e sua teoria ética e política utilitária. Como tradutor, Holbach fez contribuições significativas para o Iluminismo europeu na ciência e na religião. Traduziu obras alemãs sobre química e geologia para o francês, resumindo muitos dos avanços alemães nessas áreas em suas entradas na Enciclopédia de Diderot. Holbach também traduziu obras importantes sobre religião e filosofia política para o francês. Holbach permanece mais conhecido, no entanto, pelo seu papel na sociedade parisiense. O círculo próximo de intelectuais que Holbach recebia em sua casa e que, de várias maneiras, patrocinou, a Enciclopédia e um grande  número de obras religiosas, éticas e políticas, contribuíram para a base ideológica da Revolução Francesa. Apesar das opiniões radicais de muitos membros de seu círculo social, no entanto, a ampla lista de convidados a visitar o Holbach incluiu muitas das figuras políticas e intelectuais mais importantes da Europa. Seu salão de beleza, então, foi ao mesmo tempo um abrigo para o pensamento radical e um centro de cultura progressista. (less)

Jean Meslier

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Jean Meslier
Jean Meslier (Mazerny15 de junho de 1664 - Étrépigny17 de junho de 1729) foi um sacerdote católico francês. Sua notoriedade se deve à autoria de um ensaio filosófico promovendo o ateísmo, descoberto após sua morte. Descrita como seu "testamento" aos seus paroquianos, o texto denuncia a "falsidade e vanidade de todas as divindades e de todas as religiões do mundo"1 2 .

Referências

  1.  Piva, P. J. L. Ateísmo e comunismo: o lugar de Jean Meslier na filosofia política das Luzes. Cadernos de Ética e Filosofia Política 7, 2/2005, p. 99-107
  2.  Thinker: Jean Meslier. New Humanist Volume 122 Issue 4 July/August 2007 (em inglês

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Os Grandes Filósofos

Filósofo grego

Aristóteles

384 a.C., Estagira, Macedônia
322 a.C., Cálcis, Grécia
Da Página 3 Pedagogia & Comunicação
[creditofoto]
Busto de Aristóteles
Atualizado em 3/10/2012, às 8h43.
Nasceu em Estagira, na península macedônica da Calcídica (por isso é também chamado de o Estagirita). Era filho de Nicómaco, amigo e médico pessoal do rei Amintas 2o, pai de Filipe e avô de Alexandre, o Grande.

Aos 16 ou 17 anos, Aristóteles mudou-se para Atenas, então o centro intelectual e artístico da Grécia, e estudou na Academia de Platão até a morte do mestre, no ano 347 a.C.

Depois disso, passou algum tempo em Assos, no litoral da Ásia Menor (atual Turquia), onde casou-se com Pítias, a sobrinha do tirano local. Sendo este assassinado, o filósofo fugiu para Mitilene, na ilha de Lesbos. Foi depois convidado para a Corte da Macedónia onde, durante três anos, exerceu o cargo de tutor de Alexandre, mais tarde "o Grande".

Em 335 a.C. voltou a Atenas e fundou uma escola próxima ao templo de Apolo Lício, de onde recebeu seu nome: Liceu. O caminho coberto ("peripatos") por onde costumava caminhar enquanto ensinava deu à escola um outro nome: Peripatética. A escola se tornaria a rival e ao mesmo tempo a verdadeira herdeira da Academia platónica.

Com a morte de Alexandre, em 323 a.C., o imenso império por ele erguido esfacelou-se. Em Atenas eclodiu um movimento que visava a restaurar a independência da cidade-Estado. Mal visto pelos atenienses por sua origem macedónica, foi acusado de "ateísmo" ou "impiedade". Para não ter o mesmo fim de Sócrates, condenado ao suicídio, exilou-se voluntariamente em Cálcida, na ilha da Eubéia, onde morreu um ano depois.

Aristóteles é considerado um dos mais fecundos pensadores de todos os tempos. Suas investigações filosóficas deram origem a diversas áreas do conhecimento. Entre outras, podem-se citar a biologia, a zoologia, a física, a história natural, a poética, a psicologia, sem falar em disciplinas propriamente filosóficas como a ética, a teoria política, a estética e a metafísica.

Cada uma dessas áreas é discutida minuciosamente pelo filósofo. Suas investigações, muitas vezes de carácter exploratório, não chegavam a conclusões definitivas. De modo geral, Aristóteles fazia uma lista das hipóteses já enunciadas sobre determinado assunto e demonstrava sua inconsistência para, a seguir, buscar respostas que preservassem o melhor das hipóteses analisadas.

As obras de Aristóteles que sobreviveram ao tempo foram obtidas a partir de anotações do próprio autor para suas aulas, de textos didácticos, de anotações dos discípulos, ou ainda de uma mistura de várias fontes. De suas obras destacam-se "Organon", dedicada à lógica formal; "Ética a Nicómaco" (cujo título indica o tema; Nicómaco era também o nome de seu filho); "Poética" e "Política".
Veja errata.

sábado, 22 de junho de 2013

LEIAM ATENTAMENTE ESTE ESTUDO DO EUGÉNIO ROSA E TIREM AS VOSSA CONCLUSÕES. E SE ESTIVEREM DE ACORDO COM O SEU CONTEÚDO, ESPALHEM PELOS VOSSOS CONHECIDOS, POIS ISTO NUNCA VERÁ A LUZ DO DIA NA COMUNICAÇÃO SOCIAL!
 
 
 
 
A mentira e a ignorância estão cada vez mais presentes nos ataques às funções sociais do Estado pelos comentadores com acesso privilegiado aos media. É mais um exemplo concreto do pensamento único sem contraditório atualmente dominante nos grandes órgãos de comunicação social. Quem oiça esses comentadores habituais que muitas vezes revelam que não estudaram minimamente aquilo de que falam, poderá ficar com a ideia de que Portugal é um país diferente dos outros países da União Europeia onde o "Estado Social" é insustentável e está próximo da falência por ter garantido aos portugueses uma saúde, uma educação e uma proteção, que inclui o sistema de pensões, mais "generosos" do que a dos outros países e que, por isso, é insustentável.

Um dos arautos mais conhecidos dessa tese, não porque seja um estudioso credível mas sim porque tem tido acesso fácil aos media, é Medina Carreira com as suas diatribes periódicas contra o "Estado Social". Mas antes de confrontarmos o que dizem estes comentadores com os próprios dados oficiais, divulgados até recentemente pelo Eurostat, para que o leitor possa tirar as suas próprias conclusões, interessa desconstruir uma outra grande mentira que tem sido sistematicamente repetida em muitos órgãos de comunicação social sem contraditório o que tem determinado que ela passe, a nível de opinião pública, como verdadeira.

SERÁ VERDADE QUE PORTUGAL FOI OBRIGADO A PEDIR O EMPRÉSTIMO À "TROIKA" PORQUE NÃO TINHA DINHEIRO PARA PAGAR SALÁRIOS E PENSÕES?

Esta é mais uma das grandes mentiras repetidas sistematicamente que não tem qualquer fundamento real, como os dados do quadro 1, retirados do relatório do OE-2013 do próprio Ministério das Finanças, provam.

Quadro 1- Receitas dos impostos e das contribuições, e despesas com pessoal de todas as Administrações Públicas e com prestações sociais (inclui a saúde) – Anos 2011/2013
RUBRICAS
2011
Milhões €
2012
Milhões €
2013
Milhões €
Receitas Fiscais (impostos)
40.352,3
38.583,8
41.476,5
Contribuições sociais (Segurança Social e CGA)
20.926,9
19.383,6
20.114,5
TOTAL (da Receita)
61.279,2
57.967,4
61.591,0
Despesas com Pessoal
19.425,7
16.661,4
17.285,9
Prestações sociais (inclui Segurança Social, CGA, e saúde)
37.623,9
36.851,9
37.628,9
TOTAL (da despesa)
57.049,6
53.513,3
54.914,8
SALDO (Excedente)
+ 4.229,6
+ 4.454,1
+ 6.676,2
Fonte: Relatório do Orçamento do Estado para 2013, pág. 90, Ministério das Finanças
Em 2011, as receitas dos impostos e contribuições foram superiores às despesas com Pessoal de todas as Administrações Públicas mais as despesas com pensões e outras prestações, incluindo as em espécie, que são as prestadas nomeadamente pelo SNS, em +4.229,6 milhões €; em 2012 esse excedente subiu para 4,454,1 milhões € e, para 2013, o governo previa que atingisse um excedente de +6.676,2 milhões €. Para além das receitas consideradas, as Administrações Públicas têm mais receitas. Por ex. na rubrica de "Outras receitas" foram registadas, em 2012, mais 9.606,2 milhões € segundo o Ministério das Finanças. E tudo isto num período de recessão económica em que se verifica uma forte quebra nas receitas fiscais e contribuições. Afirmar, como fazem alguns comentadores e mesmo jornalistas, que o Estado foi obrigado a pedir um empréstimo à "troika" porque não tinha dinheiro para pagar salários e pensões é ignorância ou mentir descaradamente com o objetivo de manipular a opinião pública, pois os impostos e contribuições pagas todos os anos pelos portugueses são suficientes para pagar aquelas despesas. A razão porque se pediu o empréstimo à troika foi para pagar credores leoninos, que são grandes bancos, companhias de seguros, e fundos muitos deles especulativos e predadores.

A DESPESA DO ESTADO COM AS FUNÇÕES SOCIAIS SERÁ EXCESSIVA E INSUSTENTÁVEL EM PORTUGAL COMO AFIRMAM ESTES DEFENSORES DO PODER DOMINANTE?

Esta é uma questão que tem de ser esclarecida pois também é utilizada para manipular a opinião pública. Os dados do Eurostat constantes do quadro 1, em que é apresentada a despesa total do Estado em percentagem do PIB, permite comparar a situação portuguesa com a de outros países da União Europeia.

Quadro 2- -Despesa total das Administrações Públicas em percentagem do PIB
PAÍSES
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
UE- 27 países
44,8
46,2
46,6
47,2
46,8
46,8
46,3
45,6
47,1
51,1
50,6
49,1
Zona Euro
46,2
47,2
47,5
48
47,4
47,3
46,7
46
47,1
51,2
51
49,5
PORTUGAL
41,6
43,2
43,1
44,7
45,4
46,6
45,2
44,4
44,8
49,8
51,3
49,4
Fonte: Eurostat
Em 2011, e são os dados mais recentes disponibilizados pelo Eurostat, a despesa total das Administrações Públicas em Portugal representava 49,4% do PIB português, quando a média na União Europeia situava-se entre os 49,1% e 49,5%, portanto igual. E em 2012, segundo o Relatório do Orçamento do Estado para 2013 (pág, 90) do Ministério das Finanças, a despesa pública em Portugal reduziu-se para apenas 45,6% do PIB. E neste valor estão incluídos os juros da divida que atingiram 7.038,9 milhões € em 2012 devido a juros leoninos pagos por Portugal. Se deduzirmos aquela percentagem desce para apenas 41,4%. Afirmar ou insinuar, como muitos fazem, que a despesa pública em Portugal é excessiva pois é superior à média dos países da União Europeia é uma mentira. Mas é desta forma que se procura manipular a opinião pública para levá-la a aceitar o ataque violento que está em curso em Portugal ao Estado Social, em que um dos instrumentos é ameaça de mais um corte de 4.000 milhões € na despesa pública.

EM PORTUGAL A DESPESA PÚBLICA COM A SAÚDE É INFERIOR À MEDIA DA UE

O ataque ao Serviço Nacional de Saúde tem sido também um dos grandes objetivos destes defensores do poder económico e politico com acesso privilegiado aos grandes media. O argumento é que a despesa em Portugal é excessiva e superior à média dos países da União Europeia. Os dados que o Eurostat divulgou, constantes do quadro 2, prova que isso é mentira.

Quadro 3– Despesa do Estado com a saúde nos países da U. E. – 2011
PAÍSES
Em % do PIB
Em euros/habitante.
% em relação a Portugal
UE27
7,3%
1.843 €
168%
UE17
7,4%
2.094 €
191%
Bélgica
7,9%
2.655 €
242%
Dinamarca
8,4%
3.607 €
329%
Alemanha
7,0%
2.232 €
203%
Irlanda
7,5%
2.660 €
242%
França
8,3%
2.530 €
231%
PORTUGAL
6,8%
1.097 €
100%
Fonte: Eurostat
Como mostram os dados do Eurostat, tanto em percentagem do PIB como euros por habitante, aquilo que o Estado gasta em Portugal com a saúde dos portugueses é significativamente inferior não só ao que se verifica nos países mais desenvolvidos da União Europeia, mas também em relação à média comunitária. Em 2011, a despesa pública com a saúde em Portugal correspondeu apenas a 6,8% do PIB quando a média na União Europeia variava entre 7,3% e 7,4% do PIB. E em euros por habitante, a diferença era ainda muito maior. Em 2011, em Portugal o gasto público com a saúde por habitante era apenas de 1.097€, quando a média nos países da União Europeia variava entre 1.843€ (+68% do que em Portugal) e 2.094€ (+91%). E nos países desenvolvidos a despesa por habitante era muito superior à portuguesa (Bélgica:+142%; Dinamarca:+229%; Alemanha:+103%; Irlanda:+142%; França : +131%), embora a diferença de ganhos em saúde entre Portugal e esses países seja reduzida. Em 2012, com cortes nas transferências para o SNS e para os hospitais públicos aquele valor ainda desceu mais.

A DESPESA COM A PROTEÇÃO SOCIAL EM PORTUGAL É INFERIOR TAMBÉM À MÉDIA DA UE

Uma outra mentira é a de que a despesa com proteção social em Portugal, que inclui as pensões, é superior às dos outros países. O quadro 4, com dados do Eurostat, mostra que não é verdade.

Quadro 4 – Despesa com a proteção social em Portugal e na União Europeia – 2011
PAÍSES
Em % do PIB
Em euros/habitante
Valor per-capita % em relação a Portugal
UE27
19,6%
4.932 €
169%
UE17
20,2%
5.716 €
196%
Bélgica
19,5%
6.577 €
226%
Dinamarca
25,2%
10.892 €
374%
Alemanha
19,6%
6.215 €
214%
Irlanda
17,3%
6.117 €
210%
França
23,9%
7.306 €
251%
PORTUGAL
18,1%
2.910 €
100%
Fonte: Eusrostat
Como mostram os dados do Eurostat, quer se considere em percentagem do PIB, quer em euros por habitante, a despesa pública com a proteção social em Portugal, que inclui as pensões, é inferior quer à dos países mais desenvolvidos europeus quer à média dos países da União Europeia. Em 2011, a despesa pública com a proteção social em Portugal correspondia apenas a 18,1% do PIB quando a média na União Europeia variava entre 19,6% e 20,2% do PIB. E em euros por habitante, a diferença era ainda muito maior. Em Portugal o gasto público com a proteção social por habitante era apenas de 2.910€, quando a média nos países da União Europeia variava entre 4.932€ (+69% do que em Portugal) e 5.716€ (+96%). E nos países desenvolvidos a despesa por habitante era muito superior à portuguesa (Bélgica:+126%; Dinamarca:+274%; Alemanha:+114%; Irlanda:+110%; França: +151%). Fazer cortes significativos nas prestações com a justificação de que as despesas em Portugal são excessivas quando se comparam com outros países da União Europeia é mais uma mentira para enganar a opinião pública.

EM PERCENTAGEM DA DESPESA TOTAL DO ESTADO, A DESPESA COM AS FUNÇÕES SOCIAIS EM PORTUGAL É TAMBÉM INFERIOR À MEDIA DOS PAÍSES DA UE

Por ignorância ou com o objetivo de enganar a opinião pública, Medina Carreira fala de um limite mítico acima do qual o Estado e as funções sociais seriam insustentáveis, e que em Portugal esse limite foi largamente ultrapassado. Observem-se os dados do Eurostat constantes do quadro 5 que mostram que esse limite mítico é também uma mistificação e mentira.

Quadro 5- Percentagem que as despesas com as funções sociais representam em relação às despesas totais do Estado em Portugal e nos países da União Europeia, 2011
PAÍSES
Saúde
Educação
Proteção Social
TOTAL
UE27
14,9%
10,9%
39,9%
65,7%
UE17
14,9%
10,1%
40,7%
65,7%
Bélgica
14,8%
11,6%
36,6%
63,0%
Dinamarca
14,5%
13,5%
43,8%
71,8%
Alemanha
15,5%
9,4%
43,3%
68,2%
Irlanda
15,6%
10,9%
35,9%
62,4%
França
14,7%
10,8%
42,6%
68,1%
PORTUGAL
13,8%
12,9%
36,7%
63,4%
Fonte : Eurostat
Como revelam os dados do Eurostat, em 2011, 63,4% da despesa do Estado em Portugal era com as funções sociais do Estado, quando a média nos países da União Europeia era de 65,7%. No entanto, na Dinamarca atingia 71,8%, na Alemanha 68,1%, e na França 68,1%, portanto superior e, alguns deles, muito superior. Afirmar como alguns fazem que as funções sociais do Estado apenas são sustentáveis se o Estado gastar com elas muito menos de 60% da sua despesa total revela ou ignorância ou a intenção deliberada de enganar a opinião pública, Será que a Alemanha, a Dinamarca, a França, são Estados inviáveis?

Por outro lado, a legitimidade do próprio Estado assenta fundamentalmente nas suas funções sociais já que elas, através dos seus efeitos redistributivos, reduz as desigualdades e melhora de uma forma significativa as condições de vida da esmagadora maioria da população. Querer reduzir significativamente a despesa com as funções sociais terá como consequência inevitável a redução da legitimidade do próprio Estado aos olhos da população, e transformará a sociedade numa selva em que só quem tem muito dinheiro terá acesso aos principais bens necessários à vida e a uma vida humana com dignidade.

O que é insustentável e inaceitável é que se esteja a aplicar em Portugal uma politica fortemente recessiva em plena recessão económica, que está a destruir a economia e a sociedade portuguesa de uma forma irreparável, provocando a falência de milhares de empresas e fazendo disparar o desemprego, o que está a causar uma quebra significativa nas receitas dos Estado e da Segurança Social pondo em perigo a sustentabilidade de todas as funções sociais do Estado e do próprio Estado. Mas disto aqueles comentadores com acesso privilegiado aos média não falam nem querem falar. Os cortes sobre cortes na despesa pública não resolvem este problema, apenas agrava ainda mais a recessão económica, agravando ainda mais todos estes problemas. Como dizia Keynes só os imbecis é que não entendem isto.
06/Abril/2013

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terça-feira, 18 de junho de 2013

Pelo Socialismo
Questões político-ideológicas com atualidade
http://www.pelosocialismo.net
_____________________________________________
Enviado por mail
Tradução do inglês de LG
Colocado em linha em: 2013/06/17
A posição do Líbano no contexto dos
desenvolvimentos regionais e como lidar com a
atual fase do plano do “Novo Médio Oriente”
Dr. Marie Nassif-Debs *
O Líbano, com todos os seus estratos sociais e regiões, está a viver uma etapa crucial e
até mesmo perigosa da sua história, que poderá levar a mudanças radicais no contexto
da aceleração de desenvolvimentos regionais, especialmente no que diz respeito à Síria e
à Palestina, juntamente com desenvolvimentos que estão a afetar o Iraque, a Turquia e a
questão curda, como resultado do início da implementação do acordo de cessação das
hostilidades curdas, como um prelúdio para a libertação do líder curdo do PKK,
Abdullah Ocalan. Entretanto, os projetos de formar governo estão novamente a recuar,
apesar das afirmações que reforçaram, recentemente, que uma solução estaria à vista
como resultado de sucessivas visitas à Arábia Saudita e outros países. Esperar pelo
resultado do que se está a passar na arena da Síria e para além dela, começando com a
abertura da frente al-Qussair e o que foi dito sobre a abertura da frente dos Golã,
levando ao resultado das cimeiras Putin-Netanyahu e Putin-Obama, os partidos da
classe dominante estão a reposicionar-se internamente através de processos de
discriminação, sob a proteção da lei eleitoral, com o objetivo de adiar as eleições
parlamentares para voltarem a baralhar as cartas e reorganizar as fileiras, enquanto
esperam pelos resultados da porta aberta às forças bélicas na Síria e, também, pelo que
será decidido em Washington e Moscovo nos próximos meses.
Daqui podemos aceder aos desenvolvimentos da situação libanesa, que assistiu a uma
séria escalada em Tripoli e no norte de Bekaa. Nestas duas regiões, vizinhas das
fronteiras sírias, as forças sectárias envolvidas na crise da Síria, tentam alterar a
correlação de forças no Líbano a seu favor, antes da Conferência de Genebra e dos
Estados Unidos tomarem decisões nas reuniões com os russos, ao longo dos próximos
meses.
Como analisamos esta fase, que descrevemos como decisiva e perigosa?
Será possível responder-lhe com vista a afastar as forças sectárias ou a
guerra civil que paira no horizonte?
2
Para poder analisar a próxima fase, precisamos de recuar ao quadro pintado pelo plano
imperial (EUA) para a área, após quase todos os regimes árabes terem entrado em
negociações com a entidade israelita, aquando da Conferência de Madrid, em 1991.
Apesar do facto do regime libanês não integrar diretamente essas negociações e apesar
do facto da libertação do território ser um resultado de um ato de resistência e sem
assinar qualquer acordo com o inimigo, dentro das linhas dos acordos de Camp David,
ou Oslo, ou Wadi Araba, este regime, dado que a sua estrutura se baseia num equilíbrio
sectário que foi redesenhado pelo Acordo de Taif, entrou pela porta grande no jogo do
Médio Oriente, através da divisão da sua classe dominante em dois campos polarizados,
manchados com as cores sectárias dos crescentes1 Sunita e Xiita, e filiando-se assim nos
dois eixos regionais existentes e nos equilíbrios internacionais que os governam. As
vitórias da resistência nacional contra o inimigo sionista tornaram-se frágeis e não
afetaram a situação social ao ponto de fazer emergir a necessária transformação social.
Pelo contrário, como resultado das repercussões da crise síria e das possibilidades de
desenvolvimento da causa palestiniana, devido a algumas respostas árabes ao plano
sionista adotado pela administração Obama, sob o tema “Israel é o estado dos judeus no
mundo”, o Líbano está hoje a assistir a uma deterioração assustadora da paz civil, que se
reflete em envolver-se diretamente em vários assuntos sírios, sob vários pretextos,
incluindo apoio às aspirações democráticas do povo sírio, ou o lançamento de frentes de
resistência contra o inimigo sionista, ou confrontando a maré dos Tafkiri [extremistas
islâmicos] … etc.
Neste contexto, deparamo-nos com três assuntos básicos:
Primeiro – O plano do Emir do Qatar e do presidente da presente sessão da
Liga Árabe
O Qatar anunciou este plano sob um nome sonoro de “paz” baseado na possibilidade de
entrar em trocas de território entre a entidade israelita e a Autoridade Palestiniana. Se o
pretexto neste argumento recua à determinação das fronteiras do Estado da Palestina,
isto é, as fronteiras anteriores a Junho de 1967, incluindo Jerusalém Leste, então a
verdadeira tradução deste plano é a aprovação da “Transferência”, isto é, a transferência
dos Palestinianos das suas terras, para que os imperialistas sionistas completem a sua
ocupação, como um prelúdio do desenho de novas fronteiras para o seu Estado. Isto
incluiria a possibilidade de implementação de uma nova limpeza religiosa através da
aquisição de territórios palestinianos que assim permaneceram após a Nakba, em 1948.
O que significa isto, na prática, para os refugiados palestinianos? Significa que é
impensável falar sobre o direito de regresso incluído na Resolução 194 da ONU. Ou, mais
claramente, que as populações refugiadas no Líbano e na Jordânia estão para ficar ou
podem mesmo aumentar devido às implicações da crise Síria e os palestinianos que
estão a viver no campo de refugiados de Yarmouk, em Damasco, e outros campos, serem
1 Bandeiras turcas – [NT]
3
forçados a fugir para o Líbano, depois dos seus centros de acolhimento se tornarem
locais infiltrados por alguns dos participantes do “Exército Livre da Síria” e
especialmente alguns das forças de combate Salafistas [extremistas islâmicos].
Podemos então deduzir que o novo plano do Qatar não é mais do que o retrógrado
reescrever do Acordo de Oslo com toda a sua interpretação, que inclui esforços para
forçar palestinianos a permanecer em alguns dos países Árabes onde se encontram. Isto,
para o Líbano, tem uma dupla dimensão. Leva a uma instabilidade interna libanesa,
como resultado de lutas sectárias que estão destinadas a intensificarem-se. Tal seria um
alívio para a entidade israelita e dá-lhe mesmo a oportunidade de intervir uma vez mais
nos assuntos internos libaneses, como é o caso de cada vez que este conflito se agrava.
Segundo – Tentativas de avançar para dividir a Síria
A este respeito, o papel Turco tem-se tornado cada vez mais claro, apoiado pelos EUA e
combinado com o apoio financeiro dos Estados do Golfo Árabe. Os bombardeamentos
criminosos que tiveram lugar em Rihaniya e o que tem sucedido recentemente nas
imediações da área estratégica de Al-Qussair, que liga a área rural de Damasco com a
região de Homs e a costa síria, indicam que novas tentativas se desenham para demarcar
fronteiras dentro do território sírio, antes que comece a cimeira EUA-Rússia, de forma a
tornar estas fronteiras como um começo para este ou aquele grupo expandirem o seu
controlo através da continuação das batalhas, mais tarde, se os dois poderes
internacionais não chegarem a acordo quanto a uma solução.
A divisão da Síria, a ocorrer, lançará a penúltima fase do plano do “Novo Médio
Oriente”, cuja fase de demarcação de fronteiras dos Crescentes Sunita e Xiita, isto é, as
duas regiões de influência americana e russa, com Israel a recuperar algum do papel que
perdeu depois da guerra no Iraque, como um resultado da intervenção imperialista
direta na guerra.
Terceiro – O completar da divisão do Iraque e as suas implicações na região
do Golfo
O novo fator curdo, isto é, o acordo entre o governo Erdogan e o PKK para o termo da
luta e para os resistentes do PKK se mudarem para a região iraquiana curda, que se
fortaleceu após ter sido aprovado por Masoud Barzani, constitui um sério primeiro passo
para alterar a autorregulação nesta região para um núcleo do Estado curdo, que foi
estabelecido no início dos anos 90 do século vinte. Isto significa escancarar a porta ao
sucesso da fragmentação do Iraque, de acordo com um esquema pré planeado,
juntamente com a expansão da região de influência política e económica turca, durante o
desenvolvimento dos acordos existentes sobre o petróleo iraquiano. E também durante a
pressão sobre o Iraque (e até sobre a Síria), no que diz respeito à redistribuição das
reservas de água, dado o impacto na agricultura ativa turca e na monopolização de
stocks de alimentos, dada a sua importância estratégica, como é indicado por numerosos
estudos.
4
Como deve a Esquerda árabe enfrentar este plano?
À luz dos acontecimentos, podemos discernir a importância primordial do plano
imperialista-sionista e o facto de alguns árabes terem colaborado com eles, incluindo
aqueles a quem o plano acabou por tirar de cena, como é o caso do caminho sinuoso para
o regime Sírio, que não aprendeu com as oportunidades perdidas.
Isto requer que unamos o combate, que apenas pode ter êxito com duas condições
cumulativas:
A primeira reside na união de todas as forças da resistência, sejam árabes ou de fora do
mundo árabe, contra o plano de fragmentação do Médio Oriente e de o tornar numa área
de conflitos sectários e étnicos.
A segunda reside no desenvolvimento do Encontro da Esquerda Árabe como um quadro
de trabalho coletivo, bem como na expansão da sua atividade, de forma a promover um
encontro da Esquerda na região do Médio Oriente. Os comunistas deverão constituir o
seu núcleo duro e sólido, a fim de implementar um programa que una os objetivos de
combater o plano imperialista com todos os seus alvos, assim como as necessidades de
mudança social para a construção de uma sociedade socialista.
Beirute, maio de 2013
* Vice-Secretária-geral do Partido Comunista Libanês – [NT]

sábado, 15 de junho de 2013

PLATÃO



Por Ana Lucia Santana
Platão  foi um dos principais filósofos gregos da Antiguidade. Ele nasceu em Atenas, por volta de 427/28, foi seguidor de Sócrates e mestre de Aristóteles. O nome pelo qual ficou conhecido era possivelmente um apelido, aparentemente ele se chamava Arístocles.

Platão
Este filósofo se encontrava no limiar de uma época, entre os valores antigos e um novo mundo que emergia, o que lhe propiciou uma riqueza de idéias sem igual. Ele tinha o poder de abordar os temas mais diversos, mais com a força da paixão e da criatividade artística do que com a lucidez da razão. Sua obra é um dos maiores legados da Humanidade, abrangendo debates sobre ética, política, metafísica e teoria do conhecimento.
Ao contrário de Sócrates, que vinha de uma origem humilde, Platão era integrante de umafamília rica, de antiga e nobre linhagem. Ele conheceu seu ilustre mestre aos vinte anos. Sócrates era bem mais velho, pelo menos quarenta anos separavam ambos, mas eles puderam desfrutar de oito anos de aprendizado conjunto. Platão teve acesso também, por meio de seu professor, aos ideais pré-socráticos. Com a morte de seu preceptor, o filósofo isolou-se, com outros adeptos das idéias socráticas, em Mégara, ao lado deEuclides.
Depois de viajar pela Magna Grécia e pela Sicília, Platão regressou a Atenas e fundou a Academia, que em breve se tornou conhecida e freqüentada por um grande número de jovens que vinha à procura de uma educação melhor. Até intelectuais consagrados acorriam a esta instituição para debater suas idéias. Depois de várias tentativas de difundir seus conceitos políticos em Siracusa, na Sicília, Platão se instala definitivamente em sua terra natal, na liderança da Academia, até sua morte, em 347 a.C.
Dos filósofos da Antiguidade, Platão é o primeiro de quem se conhece a obra integral. Mas muitos de seus diálogos não são autênticos, embora supostamente assinados por ele. Seu estilo literário é o diálogo, uma espécie de ponte entre a oralidade fragmentária de Sócrates e a estética didática de Aristóteles. Nos escritos de Platão mesclam-se elementos mito-poéticos com fatores essencialmente racionais. Este filósofo não se guia pelo rigor científico, nem por uma metodologia formal.
Em Platão a filosofia ganha contornos e objetivos morais, apresentando assim soluções para os dilemas existenciais. Esta práxis, porém, assume no intelecto a forma especulativa, ou seja, para se atingir a meta principal do pensamento filosófico, é preciso obter o aprendizado científico. O âmbito da filosofia, para Platão, se amplia, se estende a tudo que existe. Segundo o filósofo, o homem vivencia duas espécies de realidade – a inteligível e a sensível. A primeira se refere à vida concreta, duradoura, não submetida a mudanças. A outra está ligada ao universo das percepções, de tudo que toca os sentidos, um real que sofre mutações e que reproduz neste plano efêmero as realidades permanentes da esfera inteligível. Este conceito é concebido como Teoria das Idéias ou Teoria das Formas.
Segundo Platão, o espírito humano se encontra temporariamente aprisionado no corpo material, no que ele considera a ‘caverna’ onde o ser se isola da verdadeira realidade, vivendo nas sombras, à espera de um dia entrar em contato concreto com a luz externa. Assim, a matéria é adversária da alma, os sentidos se contrapõem à mente, a paixão se opõe à razão. Para ele, tudo nasce, se desenvolve e morre. O Homem deve, porém, transcender este estado, tornar-se livre do corpo e então ser capaz de admirar a esfera inteligível, seu objetivo maior. O ser é irresistivelmente atraído de volta para este universo original através do que Platão chama de amor nostálgico, o famoso eros platônico.
Platão desenvolveu conceitos os mais diversos, transitando da metafísica para a política, destas para a teoria do conhecimento, abrangendo as principais esferas dos interesses humanos. Sua obra é estudada hoje em profundidade, apresentado uma atualidade inimaginável, quando se tem em vista que ela foi produzida há milênios, antes da vinda de Cristo. Seu pensamento influencia ainda em nossos dias teorias políticas, psicológicas – como a junguiana -, filosóficas, espirituais, sociológicas, entre outros segmentos do conhecimento humano.

in InfoEscola

terça-feira, 11 de junho de 2013

Um pensamento de SENECA, político, poeta, filósofo, de Roma.

Alegria

A Sabedoria e a Alegria
Vou ensinar-te agora o modo de entenderes que não és ainda um sábio. O sábio autêntico vive em plena alegria, contente, tranquilo, imperturbável; vive em pé de igualdade com os deuses. Analisa-te então a ti próprio: se nunca te sentes triste, se nenhuma esperança te aflige o ânimo na expectativa do futuro, se dia e noite a tua alma se mantém igual a si mesma, isto é, plena de elevação e contente de si própria, então conseguiste atingir o máximo bem possível ao homem! Mas se, em toda a parte e sob todas as formas, não buscas senão o prazer, fica sabendo que tão longe estás da sabedoria como da alegria verdadeira. Pretendes obter a alegria, mas falharás o alvo se pensas vir a alcançá-la por meio das riquezas ou das honras, pois isso será o mesmo que tentar encontrar a alegria no meio da angústia; riquezas e honras, que buscas como se fossem fontes de satisfação e prazer, são apenas motivos para futuras dores.
Séneca

Viagem à Polónia

Viagem à Polónia
Auschwitz: nele pereceram 4 milhôes de judeus. Depois dos nazis os genocídios continuaram por outras formas.

Viagem à Polónia

Viagem à Polónia
Auschwitz, Campo de extermínio. Memória do Mal Absoluto.