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quarta-feira, 30 de abril de 2014

Neoliberalismo
O capitalismo é movido pela tendência à generalização da forma-mercadoria, a máxima ampliação possível do âmbito da produção de mercadorias como proporção da produto da socedade como um todo. Liberalismo era a forma ideológica precípua no primeiroestágio, predominantemente extensivo, do capitalismo caracterizado por elevados ritmos de expansão da produção.
A exaustão do primeiro estágio de desenvolvimento deu lugar aoestágio de desenvolvimento intensivo. Nesse, em lugar de rápida expansão, o processo predominante é o progresso técnico, única fonte de expansão da produção, vale dizer, de acumulação capitalista. Liberalismo dá lugar à social-democracia como forma política e ideológica preponderante desse estágio, que tem como um de seus suportes a elevação dos níveis de reprodução da força de trabalho, necessário tanto para acompanhar os requisitos de qualificação da forá de trabalho impostas pela evolução das técnicas de produção, quanto para assegurar mercado de escoamento da produção. Concomitantemente amplia-se o ãmbito de intervenção do Estado na organização da produção.
O estágio intensivo entra por sua vez em crise após a exaustão do 'boom' da reconstrução pós-guerra no final da década de 1960. Na dialética da forma-mercadoria que regula o capitalismo, o crescimento paulatino da intervenção do Estado, já prenuncia um problema estrutral para o capitalismo, mas essa intervenção cresce particularmente acelerado no estágio intensivo, a ponto de colocar a própria primazia da forma-mercadoria (vale dizer, o próprio capitalismo) em xeque. O âmbito do mercado --refletido também em superprodução, recessão ou queda da taxa de lucro-- vai se retraindo inexoravelmente.
Neoliberalismo é a resposta à crise do capitalismo decorrente da expansão da intervenção do Estado, antagônica à forma mercadoria, ainda que necessária para sustentá-la. Após alguns anos de diagnóstico e de tateações (Crozier et alii, 1975), o n~ toma forma no final da década de 1970 como 'Reaganismo' e 'Thatcherismo', e consiste essencialmente em uma tentativa de recompor a primazia, e recuperar o âmbito, da produção de mercadorias. Renegando as formas social-democratas que acompanham o estágio intensivo, nega a crise estrutural e histórica do capitalismo e se volta às origens desse, do tempo do liberalismo -- daí o nome de neo-liiberalismo. 
As políticas neoliberais perseguidas ao final dos anos 70 e no começo dos 80 por parte dos governos nacionais dos países centrais constituem precisamente uma tentativa (crescentemente desesperada) de 'remercadorização’ de suas economias.
O Estado capitalista tem que tentar isso, uma vez que assegurar as condições da produção de mercadorias é sua própria razão de ser, mesmo se, assim fazendo, Ihe escapa inteiramente o fato de que a negação da negação da forma-mercadoria não pode restabelecer essa última: privatização não é o mesmo que mercadorização.
Deák (1985):227fn
 
O arsenal do neoliberalismo inclui o farto uso de neologismos que procuram destruir a perspectiva histórica dando novos nomes a velhos processos ou conferir respeito a pseudoconceitos  Surgem, assim, o pós-moderno, o desenvolvimento sustentável, os movimentos sociais urbanos, a exclusão social, os atores(sociais), as ong-s, a globalização, o planejamento estratégico..., que procuram encobrir, ao invés de revelar, a natureza do capitalismo contemporâneo.

segunda-feira, 28 de abril de 2014

A mostrar A matar.jpg

OPINIÃO



A pontaria zarolha da direita que se diz de esquerda

Publicado por Rui Silva em 24 Abril 2014
Não fosse a partilha do link por parte de um camarada e a notícia publicada pelo Sol sobre a pontaria zarolha que o PS faz ao PCP no quadro das eleições para o parlamento europeu ter-me-ia passado ao lado. A notícia não é, em bom rigor, ilustrativa de novidade alguma. O PS faz desde 1975 pontaria ao PCP e seus militantes, seja no quadro das instituições, seja fora delas. A direita - mesmo aquela que se diz de esquerda - sabe bem a quem apontar, sabe de onde vem o perigo real de uma ruptura com o sistema que alimenta, e a alimenta.

Posto isto há neste episódio triste, nesta não-notícia relativa a uma tradição "socialista" com quase 40 anos de prática quotidiana, coisas relevantes a reter:

- A primeira diz respeito à forma que assumirá até ao dia das eleições o ataque ao PCP e à CDU, e que consistirá numa simplificação das posições que com desassombro vêm assumindo face à União Europeia e ao Euro; a direita - PS incluído - dirá que o que o PCP propõe é sair da União Europeia e do euro já amanhã, à bruta e independentemente das consequências para o país, o que é naturalmente errado, mentiroso, demagógico ("O PCP foi o primeiro a defender a dissolução da União Económica e Monetária. Mas não defendemos uma saída qualquer que ela seja, porque ela depende dos interesses que a conduzam."João Ferreira em entrevista o "i", 29.03.2014). A direita aposta assim na estratégia do medo, o que de resto não é novo. Foi através do medo que impuseram ao povo e ao país um "programa de ajustamento" que se demonstrou calamitoso para a população mas altamente rendível para os bancos...

- É precisamente esta contradição (entre as consequências calamitosas do "programa de ajustamento" para as pessoas comuns por oposição à sua enorme rendibilidade para o sector financeiro em geral) que o PCP põe em evidência (quando por exemplo refere a relevante questão da componente ilegítima da dívida, definida como aquela "que resulta dos mecanismos de funcionamento do BCE, que, recusando o financiamento aos estados, permitem esse financiamento a taxas de juro inferiores a 1% a bancos que depois vão cobrar aos estados 5, 6 ou 7 por cento, como chegou a acontecer com Portugal. Isto é um processo de extorsão montado a partir do funcionamento das regras do BCE. Não é legítimo que se peça ao povo português que sustente isso."), e que a direita (PS incluído) pretende camuflar nestas eleições.

- A estratégia do PS para as eleições que se aproximam passa também por tentar esconder tanto quanto possível que, naquilo que é essencial e estruturante, tanto no plano nacional como da União Europeia, mantém uma coincidência quase absoluta de posições com PSD e CDS. Para o fazer evita o confronto directo com PSD e CDS, debate contra-natura entre gente que tão bem se tem entendido em questões como o euro, o Tratado de Lisboa ou o chamado Tratado Orçamental.

De resto nada de novo debaixo do Sol. O PS continua a acusar o PCP (mas quase nunca o BE...) de ter contribuído para a queda do governo de Sócrates, ao chumbar o chamado PEC IV mas esconde:
- Que o governo caiu porque Sócrates se demitiu; 

- Que os anteriores PEC (I, II e III) tinham sido aprovados com o apoio da direita e com a oposição do PCP, pelo que o que na versão IV lhes faltou foi o voto de PSD, que já salivava pelo famoso "pote"; 

- Que o PEC IV era um documento em larga medida coincidente com boa parte daquilo que veio a ser concretizado no acordo de PS, PSD e CDS com a "troika", nomeadamente no que se refere às privatizações, flexibilização da legislação laboral, embaratecimento dos despedimentos, redução do subsídio de desemprego, roubo nas reformas, entre outras mal-feitorias.

Não sei se o PS tem perfeita noção das suas responsabilidades nos últimos 38 anos de desgovernação em Portugal. Não sei se tem memória de todas as alianças, declaradas e não declaradas, que manteve com a direita, dentro e fora das instituições, incluindo em governos com PSD e CDS. Não sei se compreende que sem o seu voto não teriam sido possíveis as mutilações que sete revisões constitucionais introduziram na Constituição da República, desvirtuando-a consideravelmente face ao texto de 1976.

São assuntos aos quais Silva Pereira se poderia referir, temas que poderia esclarecer. Poderia até aproveitar o balanço e dar a sua opinião sobre a estapafúrdia (mas reveladora) declaração de Maio de 2011 do n.º1 da lista do PS ao Parlamento Europeu, Francisco Assis, quando dizia ao país, a propósito do acordo entre PS e PSD sobre as negociações com a "troika", (e passo a citar) "não podemos entrar em clima de euforia", acrescentando que "agora é o momento para estabelecermos um entendimento nacional". A "euforia" de Assis, para a qual nunca faltou o "entendimento nacional" entre PS, PSD e CDS, foi a desgraça do povo e do país.

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sábado, 26 de abril de 2014


O que é Anarquismo:

Anarquismo é um sistema político que defende a anarquia, que busca o fim do Estado e da sua autoridade.
O termo anarquismo tem origem na palavra gregaanarkhia, que significa "ausência de governo". Representa o estado da sociedade ideal em que o bem comum resultaria da coerente conjugação dos interesses de cada um. A anarquia é contra a divisão em classes e por consequência é contra toda a espécie de opressão de uns sobre os outros. Vulgarmente é entendida como a situação política em que a constituição, o direito e as leis deixam de ter razão de existir.
O anarquismo é uma teoria política que rejeita o poder estatal e acredita que a convivência entre os seres humanos é simplesmente determinada pela vontade e pela razão de cada um. É possível distinguir as correntes individualistas das correntes coletivistas no que se refere ao problema da propriedade privada.
O anarquismo recusa a reforma progressiva como meio de desenvolvimento do estado, o qual deverá ser fruto da destruição radical da ordem estatal, através da ação direta, que inclui os atentados (propaganda pela ação).
O anarquismo foi desenvolvido pelo clérigo dissidente inglês William Goldwin e pelo jovem Proudhon, e recebeu uma base filosófica da parte de Max Stirner. Encontrou os seus seguidores mais importantes entre os primeiros russos social-revolucionários (niilismo). Os seus principais representantes foram Bakunin e o príncipe Kropotkine, com Tolstoi na sua vertente religiosa. Face ao problema da propriedade dos meios de produção, há duas correntes: a individualista e coletivista.

Relativamente à sua organização, há uma corrente anarcocoletivista (bakuninista) e outra anarcocomunista (kropotkiana), que se opunha aos sindicatos de classes operárias.

Anarquismo, socialismo e comunismo

O anarquismo se diferencia do socialismo e comunismo por ser o único movimento inimigo absoluto do estado. Contudo, o anarquismo compartilha com o socialismo e comunismo muitas das suas hipóteses e objetivos. Apesar disso, o anarquismo amadureceu bastante menos que o socialismo e comunismo, e não atua unitariamente em pontos importantes.
Os três movimentos são opostos à mentalidade e economia capitalista, mas têm formas bastantes diferentes de oposição. Enquanto o socialismo e comunismo pretendem alterar o Estado, dando poder ao proletariado e tornando as propriedades coletivas, o anarquismo defende que o estado tem que ser completamente abolido, porque qualquer forma de estado mais cedo ou mais tarde se transformaria em um regime autoritário, opressor e de exclusão.
in Significados. com. br.

sexta-feira, 25 de abril de 2014

25 DE ABRIL SEMPRE!


Liberdade


Sérgio Godinho


Viemos com o peso do passado e da semente
Esperar tantos anos torna tudo mais urgente
e a sede de uma espera só se estanca na torrente
e a sede de uma espera só se estanca na torrente
Vivemos tantos anos a falar pela calada
Só se pode querer tudo quando não se teve nada
Só quer a vida cheia quem teve a vida parada
Só quer a vida cheia quem teve a vida parada
Só há liberdade a sério quando houver
A paz, o pão
habitação
saúde, educação
Só há liberdade a sério quando houver
Liberdade de mudar e decidir
quando pertencer ao povo o que o povo produzir
quando pertencer ao povo o que o povo produzir

quinta-feira, 24 de abril de 2014

A privatização é uma porta para a corrupção e a indiferença uma porta para a guerra


por Paul Craig Roberts
A ideologia libertária favorece a privatização. Contudo, na prática habitual a privatização dá resultados muito diferentes dos postulados pela ideologia libertária. Quase sempre, a privatização torna-se um caminho para que interesses com boas ligações saqueiem tanto os fundos públicos como o bem-estar geral.

A maior parte das privatizações, tais como aquelas verificadas em França e no Reino Unido durante a era neoliberal e na Grécia hoje e na Ucrânia amanhã, são saques de activos públicos por interesse privados com conexões políticas.

Outra forma de privatização é entregar funções tradicionais de governo, tais como a operação de prisões e muitas funções de abastecimento dos serviços armados, tais como alimentar as tropas, a companhias privadas com um grande aumento no custo do serviço. Basicamente, a ideologia libertária é utilizada para providenciar contratos públicos lucrativos para umas poucas pessoas favorecidas as quais então retribuem aos políticos. Isto é chamado de "livre empresa".

A privatização de prisões nos EUA é um exemplo do extraordinário custo e injustiça da privatização. A privatização de prisões exige taxas de encarceramento mais altas a fim de proporcionar lucratividade. Os EUA, supostamente "uma terra de liberdade", tem de longe a mais alta de encarceramento de todos os países do mundo. Os "livres" EUA têm não só a mais alta percentagem da sua população na prisão como também o mais alto número absoluto.

A "autoritária" China, com quatro vezes a população dos EUA, tem menos cidadãos na prisão.

Este artigo mostra quão bem a privatização das prisões funciona para interesses privados com boas ligações:
www.globalresearch.ca/privatization-of-the-us-prison-system/5377824

Ele mostra também a vergonha extraordinária, a corrupção e o descrédito que a privatização das prisões trouxe para os EUA.

Alguns anos atrás escrevi acerca da condenação de dois juízes que eram pagos por centros privatizados de detenção juvenil para sentenciar garotos a destinados às suas instalações.

Como disseram Alain de Lille e posteriormente Karl Marx, "Dinheiro é tudo". Na América, o dinheiro é tudo o que é importante para o sistema político e para a maior parte da população. Basicamente, a América não tem outros valores.

Outra grande fantasia libertária é a Wall Street. Na mitologia libertária a Wall Street é a mãe dos empresários e do arranque de companhias que florescem em gigantes industriais, manufactureiros e comerciais. Nos factos reais, a Wall Street é a mãe de enorme corrupção. Como mostra Nomi Prins em All The President's Bankers, isto sempre se verificou.

Ultimamente tem havido uma enchente de denunciantes da Wall Street. Muitos são relatados por Pam Martens, no seu sítio Wall Street On Parade:
wallstreetonparade.com/...

Ao contrário dos ideólogos libertários, Prins e Martens são antigos iniciados da Wall Street e sabem do que estão a falar.

Todos os mercados financeiros americanos são manipulados em benefício de uns poucos. Tivemos a revelação do trading de alta frequência a correr na frente [dos outros] ordens de compra e venda. Tivemos a revelação dos grandes bancos a manipularem a taxa de juro LIBOR e a cotação (fix) do preço do ouro em Londres. Tivemos a revelação da manipulação do Federal Reserve, através dos seus bancos dependentes, a manipularem o preço do ouro nos mercados de futuros. Tivemos a revelação em audiências no Congresso da manipulação de preços de metais e de commodities. O valor cambial do dólar é manipulado. E assim por diante. Mas nenhuma cabeça rolou. Recentemente um promotor da SEC, James Kidney, aposentou-se. Após a sua aposentação, ele proclamou que os seus casos contra grandes bancos criminosos haviam sido suprimidos pelas mais altas instâncias da SEC, as quais tinham os olhos cravados em grandes empregos junto aos bancos que estavam a proteger enquanto permaneciam ao serviço do governo.

Assim são as coisas. O governo dos Estados Unidos é tão esmagadoramente corrupto que mesmo as agências reguladoras das finanças foram corrompidas pelo dinheiro dos capitalistas privadas que elas deveriam regular.

América, a corrupta. Foi no que se tornou.

Nem mesmo Vladimir Putin entende quão totalmente corrupta e insensível para com a humanidade é Washigton.

A resposta de Putin à crise criada na Ucrânia pelo golpe de Washington em Kiev é confiar nos "parceiros ocidentais da Rússia", na ONU, no regime Obama, em John Kerry, etc, para elaborar uma solução razoável para a crise.

A esperança de Putin numa solução diplomática é irrealista. Os governos da NATO são comprados e pagos por Washington. Exemplo: a Alemanha não é um país. A Alemanha é uma mera peça do império de Washington. O governo alemão fará como Washington disser. O governo alemão representa a agenda de Washington. Os governos europeus a quem Putin está a falar não estão a ouvir.

Paul Wolfowitz, o neoconservador que como vice-secretário da Defesa presidiu a orquestração da falsa evidência utilizada pelo regime Bush para lançar guerra de Washington no Médio Oriente, declarou a minimização do poder russo como o "primeiro objectivo" da política externa e militar dos EUA.

"Nosso primeiro objectivo é impedir a re-emergência de um novo rival, tanto no território da antiga União Soviética como alhures, que apresente uma ameaça da ordem daquela apresentada pela antiga União Soviética. Isto é uma consideração dominante subjacentes à nova estratégia de defesa regional e exige que nos esforcemos para impedir qualquer poder hostil domine uma região cujos recursos, sob controle consolidado, seriam suficientes para gerar poder global".

O que Wolfowitz quer dizer com "poder hostil" é qualquer poder independente da hegemonia de Washington.

Washington derrubou o governo eleito da Ucrânia a fim de orquestrar uma crise que distrairia a Rússia das aventuras washingtonianas na Síria e no Irão e a fim de demonizar a Rússia como um invasor a reconstruir um império que é um perigo para a Europa. Washington utilizará esta demonização a fim de romper os crescentes relacionamentos económicos entre a Rússia e a Europa. O objectivo das sanções não é punir a Rússia, mas sim romper relacionamentos económicos.

A estratégia de Washington é audaciosa e implica risco de guerra. Se no Ocidente os media fossem independentes, o plano de Washington falharia. Mas o Ocidente tem um Ministério da Propaganda ao invés de media. O New York Times encontrou mesmo um substituto para Judith Miller. Como pode ter esquecido ou nunca sabido, Judith Miller era a repórter do New York Times que recheou o jornal com mentiras neoconservadoras do regime Bush acerca de armas iraquianas de destruição em massa. Ao invés de examinar e denunciar as afirmações falsas do regime Bush, o New York Times reforçou a argumentação do regime em favor da guerra ao utilizar a credibilidade do jornal para promover a agenda de guerra neoconservadora.

O novo Judith Miller é David M. Herszenhorn, tendo como cúmplices Andrew Roth, Noah Sneider, and Andrew Higgins. Herszenhorn descarta a totalidade dos relatos dos media russos quanto aos acontecimentos na Ucrânia como "uma extraordinária campanha de propaganda" destinada a ocultar da população russa o facto de que toda a crise ucraniana é culpa do governo russo. "E assim começou mais um dia de arrogância e hipérbole, de desinformação, exageros, teorias conspiratórias, retórica acalorada e, ocasionalmente, absolutas mentiras acerca da crise política na Ucrânia que provêm dos mais altos escalões do Kremlin e repercutem na televisão russa controlada pelo estado, hora após hora, dia após dia, semana após semana".
www.nytimes.com/...

Nunca havia lido uma peça de propaganda tão descarada como esta de Herszenhorn. Ele baseia sua reportagem em duas "autoridades": Lilia Shevtsova do Carnegie Moscow Center, financiado pelos EUA, e Mark Galeotti, professor da Universidade de Nova York.

Segundo Herszenhorn, os protestos generalizados no Leste da Ucrânia são totalmente por culpa dos manifestantes que estão a encenar um show para finalidades de propaganda. Os protestos não são uma resposta às palavras e feitos do governo fantoche que Washington instalou em Kiev. Herszenhorn descarta relatos de extrema russofobia neonazi como "afirmações sinistras" e encara o governo não eleito imposto por Washington em Kiev como legal. Contudo, Herszenhorn encara governos constituídos em resultado de referendos como sendo ilegais a menos que aprovados por Washington.

Se acreditar em Herszenhorn, terá de descartar todas as reportagens como mentiras e propaganda, como estas abaixo: 
  • rt.com/news/eu-no-russian-interference-ukraine-844/ 
  • news.antiwar.com/... 
  • news.antiwar.com/... 
  • news.antiwar.com/... 
  • rt.com/news/ukrainian-tanks-kramatorsk-civilians-840/ 
  • rt.com/news/putin-ukraine-military-operation-740/ 
  • www.globalresearch.ca/... 
  • rt.com/news/ukraine-troops-withdraw-slavyansk-940/

    O Mundo Ocidental e o Mundo da Matrix protegido pelo Ministério da Propaganda. As populações ocidentais são subtraídas à realidade. Elas vivem num mundo de propaganda e desinformação. A situação real é muito pior do que a realidade do "Big Brother" descrita por George Orwell no seu livro, 1984. 

    A ideologia conhecida como neoconservadorismo, a qual tem controlado os governos dos EUA desde o segundo mandato de Clinton, atiçou o mundo num caminho de guerra e destruição. Ao invés de levantar perguntas acerca deste caminho, os media ocidentais apressam nesse caminho. Leia o que médicos relataram, resultado da crença dos neoconservadores do regime Obama de que a guerra nuclear pode ser vencida:
    original.antiwar.com/lawrence-wittner/2014/04/14/your-doctors-are-worried/

    O governo chinês apelou à "desamericanização" do mundo. Os parlamentares russos entendem que fazer parte do sistema de pagamentos dólar é um subsídio russo ao imperialismo americano. O legislador russo Mikhail Degtyaryov disse ao Izvestia que "O dólar é diabólico. É um papel verde sujo tingido com o sangue de centenas de milhares de cidadãos civis do Japão, Sérvia, Afeganistão, Iraque, Síria, Líbia, Coreia e Vietname":
    rt.com/politics/russian-dollar-abandon-parliament-085/

    Contudo, porta-vozes da indústria russa, possivelmente na folha de pagamento de Washington mas mais provavelmente apenas pessoas despistadas, disseram que a Rússia estava obrigada por contratos para com o sistema dólar e que talvez em 10 ou 15 anos a Rússia pudesse adoptar uma abordagem mais inteligente. Isso é assumir que a Rússia ainda seria capaz de actuar nos seus próprios interesses depois de sofrer mais 10 ou 15 anos do imperialismo financeiro dos EUA.

    Todo país que deseje ter uma existência independente sem ter de viver sob o polegar de Washington deveria imediatamente afastar-se do sistema de pagamento dólar, o qual é uma forma de os EUA controlarem outros países. Este é o único objectivo a que serve o sistema dólar.

    Muitos países são afligidos por economistas treinados nos EUA na tradição liberal.

    Sua educação estado-unidense é uma forma de lavagem cerebral que assegura que os seus conselhos tornem seus governos impotentes contra o imperialismo de Washington.

    Apesar das ameaças óbvias que Washington apresenta, muitos não reconhecem as ameaças por causa da pose de Washington como "a maior democracia". Contudo, académicos à procura da democracia não conseguem encontrá-la nos EUA. A evidência é de que os EUA são uma oligarquia, não uma democracia:
    www.globalresearch.ca/the-u-s-is-not-a-democracy-it-is-an-oligarchy/5377765

    Uma oligarquia é um país que é dirigido por interesses privados. Estes interesses privados – Wall Street, o complexo militar/segurança, petróleo e gás natural e agronegócio – procura a dominação, um objectivo bem servido pela ideologia neoconservadora da hegemonia estado-unidense.

    Os Oligarcas Americanos ganham mesmo quando perdem. Finalmente, a infame prisão de torturas de Washington, Abu Ghraib, foi encerrada. Mas não por Washington. A cidade iraquiana caiu na semana para a "derrotada" al-Qaeda. Lembre-se, nós vencemos a guerra no Iraque. US3 milhões de milhões desperdiçados, mas esse não é modo como o complexo militar/segurança vê as coisas. A guerra foi uma grande vitória para os lucros.
    news.antiwar.com/...

    Quanto tempo mais americanos estúpidos sucumbirão à fraude da bandeira a tremular?

    Os republicanos utilizaram as guerras a fim de criar enormes défices orçamentais e dívida nacional que agora estão a ser utilizadas para desmantelar a rede de segurança social, incluindo a Segurança Social e o Medicare. Há conversas de privatizar a Segurança Social e o Medicare. Mais lucros para Oligarcas em oferenda. A credulidade da população americana é realmente sem igual.

    A credulidade do público americano condenará o mundo à extinção.
    17/Abril/2014

    [NR] E em Portugal também.

    O original encontra-se em www.globalresearch.ca/... 
  • segunda-feira, 21 de abril de 2014

    O general Pedro Pezarat Correia considera que uma nova intervenção militar em Portugal faria recordar o 28 de Maio de 1926, e nunca o 25 de Abril, e rejeita a recuperação do Movimento das Forças Armadas (MFA).

    “Qualquer intervenção militar hoje na vida política portuguesa teria muito mais a ver com um 28 de Maio do que com um 25 de Abril”, disse o general na reforma em entrevista à Lusa, a propósito do 40.º aniversário da Revolução dos Cravos.
    Pezarat Correia, 81 anos, com vasto currículo militar e académico, foi membro do Conselho da Revolução, sendo professor convidado jubilado na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e autor de diversos estudos e reflexões sobre a evolução do país desde o 25 de Abril.
    “O 28 de Maio também foi feito contra um regime democrático. Que funcionava mal, é verdade, mas era democrático. Portanto, hoje, intervenções militares na política não”, salientou o autor de “Questionar Abril”, publicado em 1994, e no qual equaciona os grandes desafios de uma sociedade em mudança.
    Pezarat Correia rejeitou a pertinência de um “novo” ou “renascido” MFA, argumentando que “não tem lógica nenhuma”.
    “Há é que recuperar o 25 de Abril, que é diferente”, afirmou.
    Para Pezarat Correia, o “anseio positivo” sobre a necessidade de “um novo 25 de Abril” constitui um apelo para uma “nova intervenção” dos militares na vida política, que considera um erro.
    “Alguns dos militares que fizeram o 28 de Maio também estavam cheios de boas intenções em que Portugal pudesse regenerar a sua democracia. Só que a regeneração da sua democracia deu no Estado Novo, que cá esteve 48 anos”, afirmou, antes de recordar que as Forças Armadas “de hoje” também estão diferentes.
    “Não têm nada a ver com as Forças Armadas do 25 de Abril. Hoje é um exército profissional, reduzido, hoje a população na sua generalidade não passa pelas Forças Armadas, já não é o exército do povo, é o exército de uma determinada elite armada”, salientou.
    “E estes exércitos de elites armadas não fazem revoluções populares, ou com conteúdo social. Fazem quando muito golpes de Estado”, disse o militar, sempre conotado com os setores da oposição ao regime do Estado Novo e que em junho de 1973 participou na denúncia do “Congresso dos Combatentes”.
    Apesar de ser muito crítico do atual Governo e do Presidente da República – que considerou terem uma ação “extremamente” negativa -, Pezarat Correia lembrou, no entanto, que foram eleitos em sufrágio democrático e que o povo mantém o poder de inverter a situação pelo voto, sem ser necessário “estar a corrigir” o regime.
    “Estão no poder porque o povo português os escolheu. Foi o voto dos portugueses que os colocou lá. Portanto, os portugueses continuam a dispor de instrumentos, que é o voto, para os poder apear”, afirmou à Lusa na biblioteca da sede da Associação 25 de Abril, em Lisboa, da qual foi o primeiro presidente da Assembleia Geral.
    Ao contrário de diversas teses sobre a evolução da situação política no país, Pezarat Correia continua a defender que o “processo revolucionário” em Portugal não foi interrompido pelo golpe do 25 de Novembro de 1975, mas prolongou-se até à aprovação da Constituição de 1976, que tem “conteúdo revolucionário”.
    Pezarat Correia reconheceu que o setor do MFA envolvido no 25 de Novembro “acabou por ser ultrapassado por uma dinâmica contrarrevolucionária”, apesar de a dinâmica revolucionária não ter sido “completamente abafada”.
    Para o subscritor, em pleno PREC (Processo Revolucionário em Curso), do “Documento do Nove”, as “principais transformações revolucionárias” do 25 de Abril estão incluídas na Constituição aprovada em 1976.
    “Portanto, a revolução prolongou-se até à aprovação da Constituição”, frisou.
    A “inversão” do processo revolucionário, referiu, situa-se no período constitucional, “em que, frequentemente e com muita determinação”, o poder governou contra a Constituição.

    “Não é só agora que a Constituição está a ser violada”, sublinhou, acrescentando que “a Constituição começou a ser violada muito cedo, praticamente logo a seguir, com o primeiro governo constitucional”.

    sábado, 19 de abril de 2014

    Introdução às teorias políticas

    Neoliberalismo

    O neoliberalismo surgiu a seguir à Segunda Guerra Mundial, tendo tido por base um texto da autoria d Friedrich Hayek (O Caminho da Servidão, 1944). Neste documento, o autor critica a ausência de liberdade dos cidadãos quando existe um Estado providencial e de "bem-estar", que aniquilava também concorrência e os seus aspetos positivos no desenvolvimento económico e social. Hayek demonstra mesmo a sua crença na desigualdade como um valor a ser preservado, no que ia contra a corrente geral do pensamento político da época. O texto de Hayek, todavia, mergulhou num certo esquecimento durante quase três décadas. Além de Hayek, também Ludwig von Mises e Milton Friedman contribuíram para a base filosófica e económica do neo-liberalismo.
    Assim, nos anos 70, a grave crise económica que se abateu sobre o mundo a partir de 1973, com origem no sistema económico "capitalista", que então se defrontava com baixas taxas de crescimento e elevadas taxas de inflação. Esta crise do sistema capitalista ofereceu-se como o tempo ideal para o renascimento das ideias de F. Hayek. Assim, ganha corpo o ideário do neoliberalismo, que tem como ponto forte diminuição do Estado (o "Estado mínimo"), promotor de liberdades individuais através da manutenção da lei e da ordem, fomentando a liberdade e competitividade de mercados. A justiça social é algo que está na natureza dos próprios mercados e não deve ser promovida ou regulada pelo intervencionismo de Estado. mercado renova-se e reorganiza-se por si mesmo sempre que necessário, evitando o Estado. Há, no neoliberalismo, um individualismo radical, em detrimento dos valores de solidariedade social promovidos pelo Estado. O indivíduo tem neste sistema mais importância que o Estado, pois considera-se que quanto menor for a participação do Estado na economia, maior é o poder do indivíduo e mais rápido é o progresso desenvolvimento da sociedade e logo dos cidadãos. Para o neoliberalismo, de facto, a desigualdade social é encarada como natural e própria à liberdade humana, sendo aquela mesmo considerada justa, porque desejada: amenizá-las é que gera injustiça, sugerem os teóricos do neoliberalismo. 
    Não deixa de haver a defesa de um Estado forte, mas na sua capacidade de controlar os capitais e em esvaziar o poder dos sindicatos, mas também um Estado poupado no que concerne a gastos sociais e intervenções ou orientações de carácter económico. O estado  deverá intervir onde a iniciativa privada não demonstre interesse ou capacidade de investimento, como os setores da saúde ligados às classes mais empobrecidas da sociedade, assistência social a deficientes, idosos, desamparados ou excluídos, prisões,etc. Interferência mínima do estado, não intervenção, mas nunca em cenários de política social, o que só deverá fazer eventual ou esporadicamente, quando não setorialmente. 
    O Estado elimina assim a sua função económica e social, intervém apenas enquanto promotor de privatizações, na glorificação do mercado, no estímulo à máxima abertura ao exterior, no fomento das exportações e na atração de investimento estrangeiro, sempre regulado pelo mercado mundial. Este é verdadeiro motor do desenvolvimento económico e social no mundo.  ainda, como se depreende, uma supremacia do setor privado sobre o público. Na essência, o Neoliberalismo valoriza as forças de mercado,fomenta a sociedade de consumo e estimula a competição económica à escala global. 
    O neoliberalismo está profusamente ligado ao fenómeno da globalização, através das imposições económicas e financeiras dos países ricos aos países mais endividados, para ajustamento do comércio externo, supressão de desiquilíbrios financeiros, embora tudo isto acabe por gerar dependência económica dos países mais pobres face aos mais desenvolvidos e assimetrias no mundo que poderão nunca ser superadas. Os modelos de desenvolvimento humano não são, portanto, compatíveis com África e a América Latina ou a Ásia, pois agudizou ainda mais o subdesenvolvimento e a penúria destas regiões, sendo apelidado por isso, muitas vezes, de "neo-colonialismo".
    Os governos "mais" neoliberais da História podem ser considerados os de Margaret Thatcher (Reino Unido),Ronald Reagan (EUA) ou, segundo alguns analistas, o de Augusto Pinochet (Chile), o que faz conotar neoliberalismo com regimes conservadores ou de carácter ditatorial.

    in Infopédia


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    Auschwitz: nele pereceram 4 milhôes de judeus. Depois dos nazis os genocídios continuaram por outras formas.

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    Auschwitz, Campo de extermínio. Memória do Mal Absoluto.