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segunda-feira, 14 de novembro de 2011

12 de Novembro

Realizaram-se ontem (sábado, 12 de Novembro) em Lisboa duas grandiosas e combativas manifestações – mais de 180 mil professores, trabalhadores da Administração Pública Central e Local, e das Forças de Segurança; mais de 10 mil militares –.

O seu significado é bem claro. Realizadas um dia após a aprovação na generalidade pela AR do brutal OE 2012 (com os votos do PSD e CDS e a abstenção do PS), constituem uma vigorosa reafirmação de que os trabalhadores e os outros grupos sociais que a actual ofensiva pretende condenar à indigência, à precariedade, ao desavergonhado roubo de salários, rendimentos e direitos não aceitam nem aceitarão tal situação.

Os sectores sociais que ontem se manifestaram constituem o primeiro alvo da implacável ofensiva comandada pela troika estrangeira e servilmente executada pelos seus serventuários nacionais. São eles quem assegura a realização prática de funções essenciais do Estado, nomeadamente no plano dos direitos sociais, da segurança e da soberania, dos direitos das populações. Não admira que constituam o alvo prioritário de uma ofensiva cujos pressupostos são, em última análise, o inteira subordinação do nosso país aos interesses do grande capital transnacional, a hipoteca da soberania e da dignidade nacional, a inteira e cobarde submissão ao comando imperial das grandes potências europeias.

A ofensiva contra os povos da Europa deu nos últimos dias um significativo passo em frente. Tal como se verificou nomeadamente na Grécia e em Itália, o capital financeiro e o eixo franco-alemão arrogam-se o direito de determinar a permanência, o derrube e a composição dos governos nacionais e de tutelar todos os aspectos das suas políticas económicas e sociais. O rolo compressor da actual ofensiva do grande capital descarta já mesmo as manipuladas formas da democracia burguesa. Uma ofensiva contra os trabalhadores e os povos não poderia deixar lugar à voz dos trabalhadores e dos povos.

Mas o que as grandiosas manifestações de 12 de Novembro em Lisboa reafirmaram é que, queiram ou não queiram a “troika” e o seu governo, queira ou não queira o grande capital e o punhado de grupos que o comandam, a voz dos trabalhadores e do povo terá a última palavra. Teve-a ontem, numa muito poderosa afirmação de combatividade, de força e de unidade. Tê-la-á no próximo dia 24 de Novembro, numa Greve Geral que se adivinha de dimensões históricas. Tê-la-á tantas vezes quantas for necessário até que esta ofensiva seja derrotada.

Os Editores de odiario.info

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