Robert Owen e o socialismo utópico
Uma rápida homenagem, na pessoa de Owen, aos socialistas pré-Marx.
O chamado socialismo utópico, se é criticado exactamente em razão de seu carácter fantasioso, utópico no verdadeiro sentido do termo, por outro lado foi o ponto de partida do socialismo científico e das lutas pela emancipação da classe trabalhadora. Produziu grandes homens: Saint- Simon (1760-1825), para quem já surge, em germe, o conceito da economia como o motor das instituições políticas; Charles Fourier (1772-1837), cujo espírito subtil, segundo Engels (in Anti-Dühring), o torna um dos maiores satíricos de todos os tempos; e Robert Owen (1771-1858).
Robert Owen foi uma figura notável. Dele diz Engels, na obra citada, ser um homem cuja pureza infantil atingia o sublime, e que era, ao mesmo tempo, um inato condutor de homens, como poucos?. Owen era dos que consideravam, como elemento formador da personalidade do indivíduo, o meio que o rodeia. Colocou suas ideias em prática na sua própria fábrica (era industrial): Uma população operária, que foi crescendo até chegar a 2.500 indivíduos, recrutada entre os elementos mais heterogéneos, a maioria dos quais sem qualquer princípio moral, converteu-se, em suas mãos, numa perfeita colónia modelo, na qual não se conhecem a embriaguez, a polícia, o cárcere, os processos, os pobres nem a beneficência pública (Engels, op. cit.). Mesmo com jornada de trabalho menor, a empresa de Owen lograva sempre grandes lucros. E, para isso, diz Engels, bastou colocar os trabalhadores em condições humanas de vida.
Mas isso não é suficiente, e Owen tinha consciência disso. Não basta dar condições decentes para os empregados; urge, e é essa a meta, fazer do trabalhador seu próprio patrão. Então Owen dessa forma desenvolveu suas teorias comunistas, dedicando a elas toda sua riqueza, com suas mal-sucedidas home-colonies. Engels: Ao abraçar o comunismo, a vida de Owen transformou-se radicalmente. Enquanto se limitara a agir como filantropo, colheu riquezas, aplausos, honrarias e fama. Era o homem mais popular da Europa?. Mas, ao implementar sua utopia, continua Engels, ?ocorreu o que estava previsto. Alijado da sociedade oficial, ignorado pela imprensa, arruinado por suas malogradas experimentações comunistas na América -às quais sacrificou toda sua fortuna,- entregou-se directamente à classe trabalhadora, no seio da qual ainda agiu durante trinta anos. A utopia não logrou êxito, mas lembra Engels que todas as melhorias dos trabalhadores ingleses (regulamentação do trabalho da mulher e crianças em fábricas, união sindical etc) estão associadas ao nome de Owen.
Fica aqui a homenagem a todos aqueles que não hesitaram em por em prática suas utopias.
Robert Owen foi uma figura notável. Dele diz Engels, na obra citada, ser um homem cuja pureza infantil atingia o sublime, e que era, ao mesmo tempo, um inato condutor de homens, como poucos?. Owen era dos que consideravam, como elemento formador da personalidade do indivíduo, o meio que o rodeia. Colocou suas ideias em prática na sua própria fábrica (era industrial): Uma população operária, que foi crescendo até chegar a 2.500 indivíduos, recrutada entre os elementos mais heterogéneos, a maioria dos quais sem qualquer princípio moral, converteu-se, em suas mãos, numa perfeita colónia modelo, na qual não se conhecem a embriaguez, a polícia, o cárcere, os processos, os pobres nem a beneficência pública (Engels, op. cit.). Mesmo com jornada de trabalho menor, a empresa de Owen lograva sempre grandes lucros. E, para isso, diz Engels, bastou colocar os trabalhadores em condições humanas de vida.
Mas isso não é suficiente, e Owen tinha consciência disso. Não basta dar condições decentes para os empregados; urge, e é essa a meta, fazer do trabalhador seu próprio patrão. Então Owen dessa forma desenvolveu suas teorias comunistas, dedicando a elas toda sua riqueza, com suas mal-sucedidas home-colonies. Engels: Ao abraçar o comunismo, a vida de Owen transformou-se radicalmente. Enquanto se limitara a agir como filantropo, colheu riquezas, aplausos, honrarias e fama. Era o homem mais popular da Europa?. Mas, ao implementar sua utopia, continua Engels, ?ocorreu o que estava previsto. Alijado da sociedade oficial, ignorado pela imprensa, arruinado por suas malogradas experimentações comunistas na América -às quais sacrificou toda sua fortuna,- entregou-se directamente à classe trabalhadora, no seio da qual ainda agiu durante trinta anos. A utopia não logrou êxito, mas lembra Engels que todas as melhorias dos trabalhadores ingleses (regulamentação do trabalho da mulher e crianças em fábricas, união sindical etc) estão associadas ao nome de Owen.
Fica aqui a homenagem a todos aqueles que não hesitaram em por em prática suas utopias.
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