O episódio das "despesas de representação" que o 1º ministro recebeu de uma empresa privada quando desempenhava funções de deputado em regime de exclusividade vem demonstrar que, afinal, a imagem de "salvador da pátria" que os serviços de propaganda lhe colocaram era, de facto, apenas uma imagem fabricada. É habitual na pátria de todos nós: já o actual presidente da república fora alvo de uma operação semelhante. Por via desses mitos Oliveira Salazar ascendera ao poder absoluto.
O azar do 1º ministro foi ter sofrido este percalço num tempo em que figuras públicas são condenadas a penas pesadas pelo tribunal e um banqueiro super poderoso desfalcou empresas. Uma grossa nuvem de descrédito paira sobre o regime. A desconfiança instala-se. Inesperadamente as lutas intestinas do PS recebem um bónus. É o PS que arrecada os benefícios. Ambos os candidatos oferecem a um eleitorado descontente uma imagem de alternativa impoluta. A ver vamos.
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