Desconfio dos altruístas: parecem-me egoístas disfarçados.
Desconfio dos egoístas: parecem-me manipuladores.
A paixão amorosa obedece a um discurso retórico comum, senão até universal; é repetitivo e emerge do desejo e do receio. O que surpreende e a sua sinceridade.
Acredito na compaixão como um sentimento comum e natural. Sentimos compaixão porque não nos queremos encontrar em idêntica situação. Sentimos uma compaixão ainda mais sincera quando não queremos que esse ser se encontre nessa situação.
Tanto o egoísmo como o altruísmo radicam na natureza humana- naturalmente social- em parte inscrita na espécie, noutra parte socialmente aprendida, recebendo e dando forma a um padrão singular de cada indivíduo: uns são mais naturalmente altruístas do que outros. Tenho como certo que o desenvolvimento tanto de um como do outro comportamento depende da estimulação social. A gratificação que recebemos com um ou com o outro comportamento é que decide em última instância. Se a comunidade não castiga o egoísmo, antes pelo contrário, seremos impunemente egoístas.
A decisão de uma vida em comum manifesta uma grande evolução da Espécie, e novo progresso se verificou quando o interesse económico ou exclusivamente reprodutivo já não predominam. Uma boa parte desta evolução deve-se às ideias modernas do «amor romântico». A taxa dos divórcios acompanha esta evolução.
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terça-feira, 24 de março de 2009
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