Translate

sábado, 6 de novembro de 2010

Ah, o Banco Central!

O Banco Central Europeu decidiu-se finalmente a comprar parte da dívida pública portuguesa, para, assim, travar a especulação pelos mercados financeiros. É bem curioso que não ouvi uma única voz desses ilustres comentadores economistas da tv exigirem a utilização desse poder, desse instrumento da União Europeia que é o Banco Central. Ameaçam muito é com o FMI; aliás, até pedem que intervenha (sabendo nós o que o FMI costuma fazer por esse mundo fora, desde o Chile, Argentina, passando por Portugal duas vezes). Ora, se o Banco Central possui um poder inusitado (comprar dívidas públicas) para conter a sanha dos especuladores (a todo o momento especulam contra ou sobre o euro), porque esteve tanto tempo silencioso?
E, já agora, outra interrogação: se a China ofereceu-se para comprar a dívida de Portugal, porque não se ofereceu a Alemanha, essa potência que tanto tem lucrado com as crises dos outros?
Não sei se deva dizer mas quase que me repugna ouvir os comentadores, governantes e dirigentes de alguns partidos ameaçarem o povo com o monstro dos mercados sem rosto. Fazem-nos lembrar o "papão" das histórias que amedrontavam a nossa meninice: «Se não comeres a papa, vem aí o papão!»
Com fábulas e bolos se comem os tolos. Por enquanto apenas fábulas.

Sem comentários:

Viagem à Polónia

Viagem à Polónia
Auschwitz: nele pereceram 4 milhôes de judeus. Depois dos nazis os genocídios continuaram por outras formas.

Viagem à Polónia

Viagem à Polónia
Auschwitz, Campo de extermínio. Memória do Mal Absoluto.