O discurso da chanceler Ângela Merckel vituperando o parlamento português por haver chumbado o PEC IV é uma afronta à soberania de um país, um abuso intolerável, uma intromissão que denuncia a prepotência do regime do grande capital que governa a Alemanha e impõe as regras em Bruxelas. Tão intolerável quanto nós sabemos como esse regime, a Alemanha em particular, tem beneficiado com a estagnação das economias dos países devedores. Em rigor não devemos dinheiro à Alemanha, mas aos mercados financeiros. Sócrates desloca-se a Bruxelas para engraxar as botas dos imperadores.
Entretanto, os media portugueses (replicando os media estrangeiros) já preparam o caminho para a necessidade da convergência (que sempre existiu, de resto) entre os partidos da Direita (onde incluo o PS). Influenciam já despudoradamente o eleitorado. A manobra é esta: Bruxelas exige isso, portanto obedeçamos. E lá vai o povinho eleger quem eles querem.
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