Oriunda de sectores da Esquerda e relativamente à vitória de Trump, circula o ponto de vista de que foi a "América Profunda" que o elegeu. Permito-me duvidar desta certeza. Uma boa parte dos votos vieram, julgo eu, da classe operária, na actualidade quase toda qualificada. Personalidades destacadas das artes votaram nele. Trump recebeu a hostilidade de poderosos sectores do grande capital. Identificar as propostas de Trump com o fascismo perece-me um erro. O contentamento manifestado pela extrema-direita europeia não deve ser tomado à letra. Na verdade, quiseram aplaudir apenas uma pequena parte dos discursos de Trump na campanha, dirigidos contra a imigração de estrangeiros. Não foi seguramente de apoio às propostas de proteccionismo na economia, de travar a deslocalização das empresas, de aumentar o emprego por meio do investimento público, diminuir os gastos do complexo militar-industrial, de dialogar com a Rússia.
Se ele vai cumprir este programa ambicioso ninguém sabe.
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