«Publicada em 1967, A Sociedade do Espectáculo é a obra filosófica
e política mais famosa de Guy Debord e uma análise impiedosa da invasão
de todos os aspectos do quotidiano pelo capitalismo moderno. O
espectáculo, segundo o autor, «uma droga para escravos» que empobrece a
verdadeira qualidade da vida, é apontado como uma imagem invertida da
sociedade desejável, na qual as relações entre as mercadorias
suplantaram os laços que unem as pessoas, conferindo-se a primazia à
identificação passiva, em detrimento da genuína actividade. O autor
afirma que «quanto mais [o espectador] aceita reconhecer-se nas imagens
dominantes da necessidade, menos compreende a sua própria existência e o
seu próprio desejo».
A Sociedade do Espectáculo oculta uma das grandes contestações
revolucionárias. «Num mundo realmente às avessas, o verdadeiro é um
momento do falso.» E o espectáculo a suprema falsificação da vida.»
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