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domingo, 8 de abril de 2012

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Pelo Socialismo

Questões político-ideológicas com atualidade

http://www.pelosocialismo.net

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Publicado em: http://www.collectif-communiste-polex.org/bulletin/bulletin_88_art1.htm

Tradução do francês de MT

Colocado em linha em: 2012/04/02

UM COMUNICADO DO COLETIVO COMUNISTA POLEX: NÃO AO CONSENSO PRÓ-IMPERIALISTA

Já há muitos meses que o imperialismo ocidental, encabeçado pelos Estados Unidos e secundado brilhantemente por Sarkozy-Juppé e o emir do Qatar, procura derrubar o governo da Síria em proveito dos seus protegidos, seguindo o processo que foi levado à prática na Líbia (insurreição armada, intervenção estrangeira com pretexto humanitário e conquista).

Aqueles de entre nós que há muito combatem o imperialismo e que se mantêm fiéis aos ideais da paz e da igualdade entre os povos repetem que toda a intervenção externa na guerra civil da Síria é inaceitável e irresponsável.

Por isso ficámos chocados ao ver um apelo a uma manifestação em Paris a favor dos opositores sírios e contra o único governo sírio, qualificado de criminoso e intimado a dar o lugar aos seus adversários. Mas o nosso espanto deu lugar à indignação ao vermos o incrível painel unânime dos signatários: ao lado dos opositores sírios, o Partido Socialista, com toda a lógica, dado que tinha aprovado a guerra da NATO na Líbia, mas também o NPA, o Movimento da Paz, a CGT, a FSU e o PCF! Quando Obama e Juppé-Sarkozy têm em vista uma intervenção “humanitária”, não falta a este consenso pró-imperialista senão a assinatura do UMP, que os precedentes não quiseram.

Camaradas e amigos que se consideram progressistas, interroguem-se! Quando não se faz outra coisa senão repetir o que dizem os nossos adversários políticos, não será tempo de nos colocarmos várias questões?

O regime do Baath na Síria é de natureza autoritária e os seus opositores, de direita e de esquerda, suportaram-lhe o peso desde há muito.

Mas porque não dizer que é também no Médio-Oriente um sistema mais ou menos laico, protetor das diversas comunidades do país, por exemplo, das minorias cristãs, perseguidas no vizinho Iraque “libertado” pelo Ocidente, e que também se opõe ao imperialismo israelita?

Porque não dizem que as únicas “informações” repetidas à saciedade pelas televisões francesas sobre o que se passa na Síria emanam dos insurretos antigovernamentais, enquanto nunca acreditam nas impressionantes manifestações de massas que se manifestam a favor do governo de Assad?

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Porque escondem que se trata de uma insurreição armada contra o regime, e que se o exército sírio oficial bombardeia sem rebuços certos bairros urbanos, é porque eles abrigam os milicianos do “Exército Sírio Livre (ESL)”, largamente financiados e armados pelos dirigentes “petrolíferos” e integristas do Qatar e da Arábia Saudita, e protegidos pela vizinha Turquia ?

Porque não dizer que os insurretos do ESL, que se vangloriam de ter 40.000 homens armados sob as suas ordens, multiplicam contra as forças fiéis ao governo os tiroteios de rockets, de armas pesadas e os atentados mortais com explosivos?

Porque esconder que o governo de Assad não pode senão responder pelas armas aos insurretos armados? Ou então ceder o lugar, enquanto uma boa parte da população o apoia ?

Porque não dizer que o governo sírio aceitaria negociar os contornos de uma evolução do regime se os seus opositores aceitassem cessar as suas ações armadas?

Porque esconder que esta insurreição armada é sobretudo a questão dos salafistas, cuja única palavra de ordem quando os filmam é “Allah Akbar”?

Porquê, enfim, não dizer que o autoritarismo de Bachar al-Assad nunca impediu, desde há muitos anos, que as potências ocidentais o cortejassem, tal como o fizeram com Kadhafi, antes de o matarem? Porquê esconder que o único objetivo dos Estados Unidos da América e dos seus aliados da Europa e da Arábia é instalar em Damasco um governo pró-ocidental, aliado de Israel contra os Palestinianos e o Irão, e que seria dirigido pelos integristas como aqueles que foram instalados com a bênção do Ocidente na Tunísia, no Egito, em Marrocos, na Líbia e mesmo no Iraque? Porquê esconder que o imperialismo ocidental, nesta questão, se preocupa muito pouco com os direitos do homem e da mulher, e ir a correr ingenuamente em seu apoio?

Paris, 10 de fevereiro 2012

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