LEMBRA-TE
(Remember)
Relembra-te de mim, quando eu entrar
No país do Além, na solidão;
Quando não possas dar-me a tua mão
Nem eu fingir que vou, querendo ficar.
Relembra-te de mim, quando já não
Possas nosso futuro arquitectar.
Lembra-me, só; para te aconselhar -
Tu compreendes - será tarde então.
Porém, se me esqueceres por um momento
e me lembrares depois, não te censures:
Se a noite e a corrupção deixar algures
Sombra do pensamento que me viste,
É bem melhor que rias desatento,
Do que me lembres muito e sejas triste.
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