O povo não existe.
Se existisse, explodia nas ruas.
Portanto, é uma ficção inútil.
Não existem pobres nem ricos:
se existissem pobres, faleciam com a austeridade;
se existissem ricos, eram eles a pagar o déficit; como não são, não existem.
Não existem representantes do povo,
pois que o povo não existe.
Não governam, porque governar é distribuir a justiça;
visto que ela não existe,
também não há governo.
Por consequência não vale a pena temermos o futuro,
já que ele também não existe.
No entanto uma dúvida me atormenta:
se isto digo é porque em mim algo existe.
À cautela vou pensando que, se calhar,
existimos todos,
e tudo não passa de um sonho mau.
Ah, que o sol traga a madrugada,
para eu marchar nas ruas com o meu povo!
Mostraremos aos crápulas
que é a nossa força unida
que faz nascer um país!
1 comentário:
Mas o povo, se existe, continua sereno!
por quanto tempo, é o que não sabemos.
Um abraço
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