Vinte anos depois o seu corpo está intacto.
Não é o cadáver de uma santa,
mas o corpo vivo de uma mulher pecadora.
(Ó, que gostosa pecadora!)
Mais pequei eu
nela
como um herege, um iconoclasta,
pequei não sei quantas vezes,
sem mágoa e sem arrependimento.
(Ó, a fogueira do seu cabelo!)
o céu é testemunha
muda.
Vinte anos depois e pecaria outra vez
sem remorso, sem ciúme, sem medo.
Ajoelharia a seus pés como um crente
O céu abrir-se-ia num largo sorriso de compaixão
porque sabe que somos assim
feitos de terra, água e fogo.
Sem remissão.
1 comentário:
Intimidades, perfeitas, sem sombra de pecado.
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