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quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

O golpe

1


Pelo Socialismo

Questões político-ideológicas com atualidade

http://www.pelosocialismo.net

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Publicado em: http://www.polemia.com/article.php?id=4297

Tradução do francês de PAT

Colocado em linha em: 2011/11/27

Draghi, Papademos, Monti: o golpe do


Goldman Sachs sobre a Europa (édito 11/2011)

Mario Draghi é o novo patrão do Banco Central Europeu (BCE). Loukas Papademos

acaba de ser designado Primeiro-ministro grego. Mario Monti é apontado como

presidente do conselho italiano. Destes três financeiros formados nos Estados

Unidos, dois são ex-responsáveis do sulfuroso banco Goldman Sachs. É razoável

recrutar incendiários para bombeiros? Explicações.

O primeiro chama-se Mario Draghi. É diplomado em economia pelo Instituto

de Tecnologia de Massachussets (ITM). Foi encarregado das privatizações italianas,

de 1993 a 2001. Tornou-se governador do Banco de Itália em 2006. De 1993 a 2006

teve assento em diversos conselhos de administração de bancos. De 2002 a 2006 foi

vice-presidente para a Europa do Goldman Sachs, o sulfuroso banco de investimento

americano. Acaba de ser nomeado presidente do Banco Central Europeu (BCE).

O segundo chama-se Loukas Papademos. Também é diplomado pelo Instituto

de Tecnologia de Massachussets (ITM). Foi professor na Universidade americana de

Columbia antes de se tornar conselheiro económico do banco da reserva federal de

Boston. De 1944 a 2002 foi governador do Banco da Grécia – posto que ocupava

quando a Grécia se “qualificou” para entrar no euro, graças às contas falsificadas pelo

Goldman Sachs. Depois, foi vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE). Acaba

de ser nomeado, sob pressão da União Europeia e do G20, Primeiro-ministro da

Grécia, com o apoio dos dois partidos dominantes.

O terceiro chama-se Mario Monti. É diplomado pela Universidade de Yale.

Estudou o comportamento dos bancos em regime de monopólio. Depois, foi

comissário europeu durante dez anos, de 1994 a 2004. Primeiro, “no mercado

interior e nos direitos aduaneiros” (ou, mais precisamente, na sua supressão), depois

na concorrência. Membro da Trilateral e do grupo de Bilderberg – segundo a

Wikipédia – foi nomeado conselheiro internacional do Goldman Sachs em 2005.

Acaba de ser nomeado senador vitalício e a União Europeia e o G20 tentam impô-lo

como presidente do conselho italiano.

São três financeiros europeus (?), três homens da superclasse mundial,

formados nas universidades americanas e estreitamente ligados ao Goldman Sachs.

“Governo Sachs” aos comandos da Europa?

2

O banco Goldman Sachs é conhecido nos Estados Unidos como “governo Sachs” tal é

a sua influência sobre o governo americano. O Secretário do Tesouro de Clinton,

Robert Rubin, que procedeu à desregulamentação financeira, veio do Goldman

Sachs. Tal como o Secretário do Tesouro de Bush, Hank Paulson, que transferiu para

os Estados as dívidas tóxicas dos bancos, durante a crise financeira. O atual

presidente do Goldman Sachs, Lloyd Blankfein, gosta de dizer que “faz o trabalho de

deus”. Com efeito, Goldman Sachs está no coração da predação financeira e

implicado em numerosos escândalos financeiros: o dos “subprimes”, o do engano dos

seus clientes (a quem recomendava a compra de produtos financeiros sobre os quais

especulava, quando em baixa), o da maquilhagem das contas gregas.

Estes são os homens do Goldman Sachs que, hoje, são colocados nos comandos. Por

que meios? E com que fins? Para fazer pagar aos povos as falcatruas dos bancos? Para

fazer com que os europeus salvem a América?

Em seis meses – salvo algum imprevisto – os franceses vão eleger um novo

presidente da República: seria prudente da sua parte exigir aos três principais

candidatos (François Hollande, Marine Le Pen e Nicolas Sarkozy) o compromisso de

não imporem como Primeiro-ministro um … ex-Goldman Sachs.

10 de novembro de 2011

(Fonte: Wikipedia)

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