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Pelo Socialismo
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Tradução do francês de PAT
Colocado em linha em: 2011/11/27
Draghi, Papademos, Monti: o golpe do
Goldman Sachs sobre a Europa (édito 11/2011)
Mario Draghi é o novo patrão do Banco Central Europeu (BCE). Loukas Papademos
acaba de ser designado Primeiro-ministro grego. Mario Monti é apontado como
presidente do conselho italiano. Destes três financeiros formados nos Estados
Unidos, dois são ex-responsáveis do sulfuroso banco Goldman Sachs. É razoável
recrutar incendiários para bombeiros? Explicações.
O primeiro chama-se Mario Draghi. É diplomado em economia pelo Instituto
de Tecnologia de Massachussets (ITM). Foi encarregado das privatizações italianas,
de 1993 a 2001. Tornou-se governador do Banco de Itália em 2006. De 1993 a 2006
teve assento em diversos conselhos de administração de bancos. De 2002 a 2006 foi
vice-presidente para a Europa do Goldman Sachs, o sulfuroso banco de investimento
americano. Acaba de ser nomeado presidente do Banco Central Europeu (BCE).
O segundo chama-se Loukas Papademos. Também é diplomado pelo Instituto
de Tecnologia de Massachussets (ITM). Foi professor na Universidade americana de
Columbia antes de se tornar conselheiro económico do banco da reserva federal de
Boston. De 1944 a 2002 foi governador do Banco da Grécia – posto que ocupava
quando a Grécia se “qualificou” para entrar no euro, graças às contas falsificadas pelo
Goldman Sachs. Depois, foi vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE). Acaba
de ser nomeado, sob pressão da União Europeia e do G20, Primeiro-ministro da
Grécia, com o apoio dos dois partidos dominantes.
O terceiro chama-se Mario Monti. É diplomado pela Universidade de Yale.
Estudou o comportamento dos bancos em regime de monopólio. Depois, foi
comissário europeu durante dez anos, de 1994 a 2004. Primeiro, “no mercado
interior e nos direitos aduaneiros” (ou, mais precisamente, na sua supressão), depois
na concorrência. Membro da Trilateral e do grupo de Bilderberg – segundo a
Wikipédia – foi nomeado conselheiro internacional do Goldman Sachs em 2005.
Acaba de ser nomeado senador vitalício e a União Europeia e o G20 tentam impô-lo
como presidente do conselho italiano.
São três financeiros europeus (?), três homens da superclasse mundial,
formados nas universidades americanas e estreitamente ligados ao Goldman Sachs.
“Governo Sachs” aos comandos da Europa?
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O banco Goldman Sachs é conhecido nos Estados Unidos como “governo Sachs” tal é
a sua influência sobre o governo americano. O Secretário do Tesouro de Clinton,
Robert Rubin, que procedeu à desregulamentação financeira, veio do Goldman
Sachs. Tal como o Secretário do Tesouro de Bush, Hank Paulson, que transferiu para
os Estados as dívidas tóxicas dos bancos, durante a crise financeira. O atual
presidente do Goldman Sachs, Lloyd Blankfein, gosta de dizer que “faz o trabalho de
deus”. Com efeito, Goldman Sachs está no coração da predação financeira e
implicado em numerosos escândalos financeiros: o dos “subprimes”, o do engano dos
seus clientes (a quem recomendava a compra de produtos financeiros sobre os quais
especulava, quando em baixa), o da maquilhagem das contas gregas.
Estes são os homens do Goldman Sachs que, hoje, são colocados nos comandos. Por
que meios? E com que fins? Para fazer pagar aos povos as falcatruas dos bancos? Para
fazer com que os europeus salvem a América?
Em seis meses – salvo algum imprevisto – os franceses vão eleger um novo
presidente da República: seria prudente da sua parte exigir aos três principais
candidatos (François Hollande, Marine Le Pen e Nicolas Sarkozy) o compromisso de
não imporem como Primeiro-ministro um … ex-Goldman Sachs.
10 de novembro de 2011
(Fonte: Wikipedia)
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