Aristóteles (em grego antigo: Ἀριστοτέλης, transl. Aristotélēs; Estagira, 384 a.C. — Atenas, 322 a.C.) foi um filósofo grego, aluno de Platão e professor de Alexandre, o
Grande. Seus escritos abrangem diversos assuntos, como a física, a metafísica, as leis da poesia e do drama, a música, a lógica, a retórica, o governo, a ética, a biologia e a zoologia. Juntamente com Platão e Sócrates (professor de Platão), Aristóteles é
visto como um dos fundadores da filosofia ocidental. Em 343 a.C. torna-se tutor de Alexandre da
Macedónia, na época com 13 anos de idade, que será o mais célebre
conquistador do mundo antigo. Em 335
a.C. Alexandre assume o trono e Aristóteles volta para Atenas, onde funda o Liceu (lyceum) em 335 a.C
Seu ponto de vista sobre as ciências físicas influenciou
profundamente o cenário intelectual medieval, e esteve presente até o Renascimento - embora
eventualmente tenha vindo a ser substituído pela física newtoniana. Nas ciências
biológicas, a precisão de algumas de suas observações foi confirmada apenas no
século XIX. Suas obras
contêm o primeiro estudo formal conhecido da lógica, que foi incorporado
posteriormente à lógica formal. Na metafísica, o aristotelismo teve uma
influência profunda no pensamento filosófico e teológico nas tradições judaico-islâmicas
durante a Idade Média,
e continua a influenciar a teologia cristã, especialmente a ortodoxa oriental, e a
tradição escolástica da Igreja Católica. Seu estudo da ética,
embora sempre tenha continuado a ser influente, conquistou um interesse renovado
com o advento moderno da ética da virtude. Todos os aspectos da filosofia
de Aristóteles continuam a ser objeto de um ativo estudo acadêmico nos dias de
hoje. Embora tenha escrito diversos tratados e diálogos num estilo elegante (Cícero descreveu seu estilo literário
como "um rio de ouro"),[1]
acredita-se que a maior parte de sua obra tenha sido perdida, e apenas um terço
de seus trabalhos tenham sobrevivido.[2]
Apesar do alcance abrangente que as obras de Aristóteles gozaram
tradicionalmente, os acadêmicos modernos questionam a autenticidade de uma parte
considerável do corpus aristotélico.[3]
Foi chamado por Augusto Comte de "o príncipe eterno dos
verdadeiros filósofos",[4] por
Platão de "O Leitor" (pela avidez com que lia e por se ter cercado dos livros
dos poetas, filósofos e
homens da ciência contemporâneos
e anteriores) e, pelos pensadores árabes, de o "preceptor da inteligência humana".
Também era conhecido como O Estagirita, por sua terra natal, Estagira.
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