Pelo Socialismo
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Publicado em 2015/06/09, em: http://www.wftucentral.org/intervention-by-wftu-general-secretary-georgemavrikos-to-the-plenary-session-of-the-104th-ilc/
Tradução do inglês de PAT
Colocado em linha em: 2015/06/22
Intervenção do Secretário-geral da Federação Sindical Mundial
(FSM), George Mavrikos, no Plenário da 104.ª Conferência da OIT
09 de junho de 2015
Há uma semana, a Federação Sindical Mundial realizou em Bruxelas, no Parlamento
Europeu, uma importante Conferência Sindical Internacional sobre as consequências
para os trabalhadores e o movimento sindical das políticas de embargos, bloqueios e
discriminação impostas pela UE, o NATO, os EUA e os seus aliados.
Os participantes na conferência provaram à evidência que estas políticas dos
imperialistas contra os povos e países sempre tiveram os trabalhadores, a juventude,
as mulheres e os reformados como as suas vítimas finais, privando milhões de
trabalhadores da esperança de poderem construir o seu futuro com trabalho digno.
Ficou também provado que os embargos, os bloqueios e a discriminação não têm
nada a ver com a democracia e a liberdade. Estas palavras são usadas como uma
desculpa. Usam-nas com hipocrisia. Na realidade, estamos a falar da concorrência
que enforma o sistema capitalista, com rivalidades e contradições dentro do sistema
imperialista, pelo controlo dos mercados, pela definição de novas fronteiras entre os
países, por novas condutas de energia, pelos lucros das corporações transnacionais e
dos monopólios.
• Assim, em resultado das intervenções imperialistas no Iraque, Líbia e Síria,
milhares de mulheres e crianças morrem no Mar Mediterrâneo. Para todas aquelas
pessoas, o trabalho digno continua a ser uma mera declaração.
• Em resultado do contínuo e duradouro bloqueio contra Cuba, os povos do mundo
inteiro estão privados das grandes conquistas da Revolução Cubana em medicina.
• Em resultado dos bloqueios e da política de Israel contra os palestinos, estes ainda
não têm a sua própria pátria, com Jerusalém Oriental como capital.
• Em resultado das sanções contra a Rússia, os agricultores pobres da Grécia,
Bulgária, Sérvia, Roménia e de outros países não podem vender os seus produtos,
enquanto os trabalhadores russos estão a perder os seus empregos.
• Em resultado da discriminação contra o Irão e a Venezuela, os povos de outros
países são privadas de petróleo barato.
Outra coisa que comprova a hipocrisia dos imperialistas é o facto de a Colômbia,
Israel e os EUA não constarem da lista da OIT de países cujos governos são acusados.
Nestes países, os governos violam direitos humanos básicos, pois são assassinados
sindicalistas, há discriminação, mesmo no que se refere a quem vai viajar em
autocarros de transporte público, e polícias que matam afro-americanos, disparando
sem qualquer razão, são absolvidos.
A Federação Sindical Mundial, que celebra este ano o seu 70.º aniversário,
continuará a intervir em todos os fóruns internacionais, perseverantemente, com
base nos seus princípios, no seu internacionalismo e nos valores da solidariedade
internacional. Continuará de pé, ao lado do povo de Venezuela e dos esforços do
governo do presidente Nicolas Maduro Moros, até à derrota final dos esforços
imperialistas.
Apoiará o direito do povo sírio a decidir democraticamente, por ele próprio, sobre o
seu presente e o seu futuro, sem a intervenção externa de milhares de mercenários
estrangeiros dos cinco continentes.
Vamos continuar a exigir a punição dos responsáveis pela morte de 48 pessoas
inocentes em Odessa, na Ucrânia, quando neofascistas incendiaram o edifício dos
Sindicatos.
Vamos continuar a expressar a nossa solidariedade, na prática, com os sindicalistas
presos nas prisões de Assunção, no Paraguai. Exigimos a libertação imediata do líder
sindical colombiano, Huber Ballesteros, que ainda está nas prisões colombianas.
Estamos prontos a cooperar, coordenar e apoiar os povos e sindicatos que são vítimas
de bloqueios. Temos de lutar em conjunto para parar os bloqueios e embargos, que
visam saquear os recursos naturais e económicos.
Temos de denunciar os jogos geoestratégicos que geram guerras injustas e milhões de
refugiados.
Temos de promover persistentemente a posição do movimento sindical de classe, de
que os recursos naturais devem pertencer aos povos, ser propriedade social e ter uma
função social, para a melhoria das condições de vida dos povos simples.
Só através das lutas de todos nós seremos capazes de construir um futuro com
trabalho digno para todos.
A FSM permanece, há 70 anos, fiel a estes princípios e é com base neles que hoje tem
um mais atualizado e rico conteúdo e apela a todos os sindicatos militantes para
lutarmos em conjunto.
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