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segunda-feira, 9 de maio de 2016

GEORGES POLITZER
Foto de Carlos Fonseca.GEORGES POLITZER
Filósofo e teórico marxista francês de origem húngara, nasceu em Nagyvárad, Hungria a 3 de Maio de 1903 e foi fuzilado pelos nazis em Forte do ...Monte Valerien, nos arredores de Paris a 23 de Maio de 1942, com 39 anos.
Georges Politzer foi militante comunista e participante da Resistência francesa.   Preso em 1942 foi torturado e executado pela Gestapo por ser militante comunista (The Great Soviet Encyclopedia).
A sua esposa, Maï Politzer, que também fora detida, foi enviada para o campo de concentração de Auschwitz-Birkenau, falecendo em Março de 1943.  Politzer defendeu o que ele chamava de uma psicologia concreta, onde o objeto seria o estudo da vida humana a que ele chamou "drama da vida".  Aos vinte e cinco anos 1928 publica sua crítica a A Interpretação dos Sonhos (Traumdeutung) de Freud A psicologia concreta deveria focar sua atenção no aspecto da vida física do indivíduo e nos pensamentos que se dirigem à realidade e as atividades humanas (Crítica, 1998).
Segundo Maurice Apprey, numa sua nota como tradutor da edição norte-americana de 1994, a psicologia concreta elaborada por Politzer influencia de certa maneira o trabalho de importantes psicanalistas franceses, como Jacques Lacan e o do filósofo Maurice Merleau-Ponty. Tomando parte da insurreição húngara de 1919, exila-se com 17 anos após o fracasso da República Soviética da Hungria dirigida por Béla Kun.
Após encontrar Sigmund Freud e Sándor Ferenczi, instala-se em Paris em 1921.  Em cinco anos, obtém todos os seus títulos académicos.  Torna-se professor de Filosofia no liceu Marcelin-Berthelot em Saint-Maur-des-Fossés e toma parte do primeiro conselho de administração do estabelecimento. Mobilizado em Paris em 1940, coloca-se ao lado da direcção clandestina do Partido Comunista Francês.
Após Julho de 1940, dirige a edição de um boletim clandestino.  Após a prisão, em Outubro de 1940, do seu camarada e amigo Paul Langevin, físico de renome mundial, Politzer lança o primeiro número de L’Université libre, relatando a prisão do amigo e denunciando as ações cometidas pelos invasores. L’Université libre circula entre 1940 e 1941. Em Fevereiro de 1942 Politzer é preso e, em Maio, é fuzilado pelos nazis no Monte Valérien.
Apesar da sua morte trágica e das suas posições antifascistas, Georges Politzer só seria reconhecido como resistente a título póstumo e após uma longa batalha jurídica que só acabaria em 1956.

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