GEORGES POLITZER
Filósofo
e teórico marxista francês de origem húngara, nasceu em Nagyvárad,
Hungria a 3 de Maio de 1903 e foi fuzilado pelos nazis em Forte do
...Monte Valerien, nos arredores de Paris a 23 de Maio de 1942, com 39
anos.
Georges Politzer foi
militante comunista e participante da Resistência francesa. Preso em
1942 foi torturado e executado pela Gestapo por ser militante comunista
(The Great Soviet Encyclopedia).
A
sua esposa, Maï Politzer, que também fora detida, foi enviada para o
campo de concentração de Auschwitz-Birkenau, falecendo em Março de
1943. Politzer defendeu o que ele chamava de uma psicologia concreta,
onde o objeto seria o estudo da vida humana a que ele chamou "drama da
vida". Aos vinte e cinco anos 1928 publica sua crítica a A
Interpretação dos Sonhos (Traumdeutung) de Freud A psicologia concreta
deveria focar sua atenção no aspecto da vida física do indivíduo e nos
pensamentos que se dirigem à realidade e as atividades humanas (Crítica,
1998).
Segundo Maurice Apprey,
numa sua nota como tradutor da edição norte-americana de 1994, a
psicologia concreta elaborada por Politzer influencia de certa maneira o
trabalho de importantes psicanalistas franceses, como Jacques Lacan e o
do filósofo Maurice Merleau-Ponty. Tomando parte da insurreição húngara
de 1919, exila-se com 17 anos após o fracasso da República Soviética da
Hungria dirigida por Béla Kun.
Após
encontrar Sigmund Freud e Sándor Ferenczi, instala-se em Paris em 1921.
Em cinco anos, obtém todos os seus títulos académicos. Torna-se
professor de Filosofia no liceu Marcelin-Berthelot em
Saint-Maur-des-Fossés e toma parte do primeiro conselho de administração
do estabelecimento. Mobilizado em Paris em 1940, coloca-se ao lado da
direcção clandestina do Partido Comunista Francês.
Após
Julho de 1940, dirige a edição de um boletim clandestino. Após a
prisão, em Outubro de 1940, do seu camarada e amigo Paul Langevin,
físico de renome mundial, Politzer lança o primeiro número de
L’Université libre, relatando a prisão do amigo e denunciando as ações
cometidas pelos invasores. L’Université libre circula entre 1940 e 1941.
Em Fevereiro de 1942 Politzer é preso e, em Maio, é fuzilado pelos
nazis no Monte Valérien.
Apesar da
sua morte trágica e das suas posições antifascistas, Georges Politzer
só seria reconhecido como resistente a título póstumo e após uma longa
batalha jurídica que só acabaria em 1956.
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