O maior erro que este governo comete no confronto radical com os professores que lutam pelos seus direitos a uma carreira e à reposição de muitos anos de serviço, não é tanto o dinheiro que recusa gastar, mas a recusa de um reconhecimento social. A luta dos docentes é também uma luta pelo seu reconhecimento pelas instituições e pelas outras classes e grupos sociais. O reconhecimento tem de ser recíproco: para me auto-reconhecer necessito que o Outro me reconheça enquanto sujeito com atributos e direitos.
O ministro Centeno reduz tudo a dinheiro. Contabilista que é, executor das políticas neoliberais de Bruxelas, não admira que assim seja. O que admira é que Costa, filho de um grande intelectual, ele próprio dado à cultura, não tenha percebido o que está em jogo. Ou está prisioneiro?
Ver-se-á o resultado nas eleições legislativas de Outubro.
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