AINDA AS ELEIÇÕES PARA O PE
Todos falam da ascensão da extrema-direita nas eleições para essa instituição de fachada que é o Parlamento Europeu, nomeadamente dos 25% obtidos em França pela sra. Le Pen. No entanto, há duas coisas que devem ser precisadas:
1) Ainda que a referida senhora (ou o pai dela) sejam de extrema-direita, o programa que a Frente Nacional apresentou ao povo francês não era de extrema-direita. Muitas das suas propostas eram perfeitamente razoáveis, corajosas e até meritórias, como a saída do euro e da UE, a defesa de indústria nacional, a ruptura com a globalização, a independência frente aos ditames estado-unidenses. Teses como essas não são de extrema-direita. São, sim, progressistas. O fracasso de forças de esquerda francesas em assumirem a sua defesa é uma mancha que ficará na sua história.
2) A verdadeira ascensão da extrema-direita na Europa está a verificar-se neste momento, de uma forma brutal e criminosa, mas na Ucrânia. Ali, uma junta neo-nazista , com o apoio dos Estados Unidos e a conivência da UE, desencadeia uma sangrenta guerra genocida contra o seu próprio povo, inclusive com bombardeamentos de populações civis. Os media corporativos omitem tais informações, desinformam ou procuram branquear as acções do governo de Kiev.
400 MERCENÁRIOS DA BLACKWATER NA UCRÂNIA
A junta neo-nazi de Kiev tem agora 400 mercenários da Blackwater e Greystone a operarem no terreno, anunciam os media alemães . São eles que conduzem os massacres de populações civis no leste da Ucrânia, enquadrando a tropa regular e os paramilitares neo-nazis (Svoboda e Right Sector). A contratação de mercenários estrangeiros constitui uma escalada para uma guerra civil generalizada e uma provocação contra uma potência nuclear. O jogo do imperialismo, ao animar os seus títeres de Kiev, é insano. Registe-se o papel subalterno e servil da UE, caudatária dos EUA mesmo contra os seus próprios interesses.
"EM DEFESA DA INDEPENDÊNCIA NACIONAL"
O novo livro do Prof. João Ferreira do Amaral, "Em defesa da independência nacional", pode ser adquirido aqui .
"A nossa soberania, perdida apenas durante o domínio filipino, está outra vez em perigo. Vivemos num País que não tem a liberdade de fixar o salário mínimo nacional; ou sequer de restabelecer a linha aérea Lisboa-Bragança. São exemplos menores de um mal maior. Ao perdermos autonomia monetária e económica, abdicámos da soberania. E novas ameaças se perfilam. O passo seguinte é submeter os orçamentos de estado à aprovação de Bruxelas. E passarmos anos ao serviço dos interesses germânicos por termos uma dívida superior a 60% do PIB.
Hoje ameaça-nos uma legião de burocratas europeus. Usam outras armas, legislativas e económicas. E, comandados por uma omnipotente Alemanha, empurram o Velho Continente para um perigoso federalismo, que castigará pesadamente as nações mais fracas".
Em Defesa da Independência Nacional é o manifesto patriótico de um professor de Economia. Mostra o que nos conduziu aqui. E apresenta a solução. Permanecer na Europa é inevitável – mas não é inevitável a permanência na zona euro. Viver num mundo globalizado pode ser uma oportunidade – mas enquanto nação soberana e não como uma junta de freguesia da UE.
O SCRIPT UCRANIANO NA VENEZUELA BOLIVARIANA
Três generais da Força Aérea Venezuelana acabam de ser detidos por conspirarem um golpe de estado. Foram entregues a Tribunais Militares, nos termos da lei e da Constituição Bolivariana. Este episódio significa que o imperialismo conseguiu comprar alguns militares de alta patente. Mas significa também que a Revolução Bolivariana e suas Forças Armadas estão vigilantes, pois os conspiradores foram denunciados por outros oficiais. Na Ucrânia o imperialismo gastou (confessadamente) cinco mil milhões de dólares para desestabilizar o país e promover o golpe de estado. Quanto não terá gasto já na Venezuela? O script da desestabilização da Ucrânia está a ser seguido ao pé da letra na Venezuela Bolivariana. Contratação de mercenários, sabotagem económica, destruição de bens públicos, utilização de marginais, grupos fascistas e terrorismo. O assassinato de 35 soldados da Guarda Nacional Bolivariana, 21 deles por armas de fogo, mostra que – tal como na Ucrânia – o imperialismo já recorre a franco-atiradores (snipers). Há uma tentativa clara das agências imperialistas (CIA, NDE, etc) de levar o país à guerra civil. O espectro da intervenção militar directa do imperialismo é uma realidade. A Revolução Bolivariana terá de defender-se com mão dura se não quiser ter o mesmo destino da Ucrânia. A diferença entre a Venezuela e a Ucrânia é que a primeira tem um governo digno, patriota, revolucionário e com apoio do povo, ao passo que a Ucrânia não tinha. Por isso a Venezuela Bolivariana tem condições de vencer.
in resistir.info
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