QUESTÃO 5
1. Vive-se e morre-se sob a maior pandemia de que há memória desde há muitas décadas (talvez comparável à gripe espanhola de 1918).
2. A taxa de mortalidade nos indivíduos com idades superiores a 65 anos é elevadíssima. O que vai suceder aos avós, a esta imensa classe etária carregada de experiência? Que consequências?
3. E não é de prever uma pavorosa mortalidade entre os pobres?Bairros sociais desmazelados, bairros-de-lata, favelas...
4. As pragas anteriores experimentada neste século já deviam ter ensinado alguma coisa aos governos e às sociedades. Os muitos filmes e muitos livros não ensinaram nada. Matéria suficiente para uma reflexão.
5. A urgência, os enormes meios que se tem de criar e instalar, o medo, a necessidade, tudo exige cadeias de entreajuda dos Estados, das instituições internacionais, portentosos movimentos de voluntários de que temos exemplos no passado.
6. No fim da catástrofe muita coisa vai mudar. Talvez,quem sabe?, se faça da solidariedade uma alavanca para o socialismo. Realista, maduro. Socialização de alguns dos meios de produção que mais poder actualmente acumularam sem regulação nenhuma, novos Estados Sociais mais robustecidos, efectiva participação dos cidadãos na vida pública, combate à corrupção, aos negócios sujos que fazem de um bandido um multimilionário.
7. Nós, os que com mais probabilidade vamos partir, não soubemos prevenir e preservar. Esta peste não se deve certamente a este ou aquele sistema ou formação económico-social, tais como existem na China e no Ocidente (o Ébola também teve origem entre morcegos em África), embora se tenham visto as diferenças no modo de combater. Contudo, seria uma grande oportunidade, depois do caos, para mudar alguma coisa e tudo não voltar ao mesmo.
17/03/
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