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sexta-feira, 3 de maio de 2024

 A questão da chamada REPARAÇÃO pelos países imperialistas aos povos de ex-colónias não deve promover sentimentos de culpa generalizados, excetuando criminosos ainda vivos ou já defuntos. Há muitos indivíduos (portugueses, franceses, italianos) que nunca pactuaram com o tráfico de escravos nos séculos passados (lembremos célebres discursos e panfletos no decurso da Grande Revolução Francesa, por exemplo), nem com o colonialismo do regime fascista português. Muitos portugueses sofreram prisão e torturas brutais não só porque gritavam nas ruas ou nas escolas "Abaixo o Fascismo!", mas porque gritavam "Independência imediata dos povos das colónias!". Convém separar as águas. Neste caso distinguir os partidos políticos neste assunto, ou personalidades ditas de relevo. Eu não sinto culpas pelo que não fiz nem fui quando atingi a maturidade, nem ninguém me pode exigir reparação. Quanto mais um termo é genérico ou abstrato, menos responsabiliza e menos explica.

  Reparação só pode significar abrir museus de memórias, realizar exposições de materiais históricos, promover a leitura de livros e BDs nas escolas sobre o tráfico de escravos organizado por portugueses que deram depois nomes a avenidas e hospitais.

   Só a verdade emancipa.

  

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