Deste modo, conhecendo algumas das teses formuladas pelos filósofos indianos e chineses, muitos séculos antes da nossa era, constatamos a antiguidade do materialismo em filosofia e a sua profunda e duradoura influência, tanto nessas vastas regiões do globo como no Médio Oriente Antigo e, sobretudo, na Grécia Antiga. Quanto à influência de umas regiões e escolas sobre outras – entre a China e a índia, e entre estas regiões e as colónias gregas da Ásia Menor (onde viveu Heraclito, por exemplo), não há ainda certezas absolutas, mas é de crer que os intercâmbios mercantis no continente asiático hajam naturalmente transportado não apenas mercadorias mas também ideias e ideologias. Muito antes dos exércitos de Alexandre Magno as haverem trazido para Alexandria.
Certo é que não existiu exclusivamente a crença (dita universal) na existência de deuses e de forças sobrenaturais: escolas materialistas, desde tempos remotos, opuseram-se à religião e ao misticismo idealista. Embora de modos ingénuos defendiam que a primazia cabe à matéria e não ao espírito, e este é o problema fundamental da filosofia.
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