Sou de poucas falas
Quando o falar tem nada
Só falo quando o falar
Tem muito.
De boas contas sou
Os meus amigos que o digam
Pago-lhes sempre o que pedem
Recebo sempre o que mereço.
Comigo ou há confiança
Ou confiança nenhuma.
Sou homem de famílias
Vale mais dizer: de famílias
Porque poucas não foram
Aquelas que servi
Ou me serviram.
Escrevo direito
Por linhas tortas
Onde há rato
Temos gato.
Ando de mãos limpas
Uma mão limpa a outra.
Subi tanto
Que outro tanto me falta subir.
Sou homem de grandes apetites.
Ainda me falta um degrau:
Fazerem-me comendador.
3 comentários:
Bom poema, meu caro, bom poema.
Feliz fim de semana.
Nozes de bom miolo!
excelente.
abraços
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