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sexta-feira, 6 de março de 2015

Pelo Socialismo Questões político-ideológicas com atualidade http://www.pelosocialismo.net _____________________________________________ Publicado em : http://inter.kke.gr/en/articles/Mass-rally-of-the-KKE-against-the-new-anti-people-agreement/ Tradução do inglês de TAM Colocado em linha em: 2015/03/06 
Comício do KKE contra o novo acordo antipopular Partido Comunista da Grécia (KKE)

 Milhares de pessoas participaram na manifestação do KKE, na noite do dia 27 de fevereiro, junto ao Parlamento, contra o novo acordo antipopular do governo SYRIZA-ANEL com a UE, o BCE e o FMI. O grande comício tinha como palavras de ordem centrais: «Nenhuma tolerância com o novo acordo entre o governo e a UE para o prolongamento do memorando; abolição imediata dos memorandos e das leis que os aplicam; recuperação das perdas; rotura com a União Europeia, com o capital e o seu poder.» No seu discurso na manifestação, o secretário-geral do KKE, Dimitris Koutsoumpas, entre outras afirmações, fez referência ao facto de o governo, um mês depois das eleições, ainda não ter trazido ao Parlamento um projeto de lei para a abolição dos memorandos e das leis que os aplicam, tal como uma parte muito significativa do povo grego acreditou que faria; mas, ao invés, regressou a um novo acordo com a UE, o BCE e o FMI. Isto é, na forma e no conteúdo, uma extensão dos memorandos existentes e dos compromissos com os credores, ou seja, a continuação da linha política antipopular dos governos anteriores. O Secretário-geral do CC do KKE declarou que, findos os quatro meses da prorrogação do prazo, haverá um novo programa de entendimento, isto é, um novo memorando, seja qual for o nome que venha a ter, para os próximos anos. D. Koutsoumpas fez um apelo ao governo para que informe imediatamente o Parlamento sobre o acordo da extensão do prazo para quatro meses e agende um debate para a sua votação, que o KKE exige que seja nominal. Acrescentou: «O governo chamou peixe à carne, designa-o como acordo para o prolongamento do empréstimo e não como memorando. Porém, todos nós sabemos que o acordo de empréstimo e o memorando são inseparáveis. Não passou muito tempo desde que o senhor Tsipras dizia a mesma coisa na oposição. O memorando também tem leis para ser aplicado. Novas leis antipopulares serão agendadas para que o governo possa passar na avaliação e receber a prestação em junho. E este governo, com a sua linha política, não só não tenciona devolver ao povo tudo o que perdeu com os memorandos, como não tenciona dar-lhe as migalhas que prometeu. Diz agora que vai dar estas migalhas gradualmente, ao longo do tempo, se e quando as condições, 2 os objetivos fiscais e, com certeza, os credores, o permitirem. A troika foi baptizada de “as três instituições”, como se não estivéssemos a falar sobre a mesma Comissão Europeia, o mesmo BCE e o mesmo FMI. Todas estas medidas tomadas pelo capital e os seus governos continuam em vigor e são reforçadas. São medidas tomadas em conjunto com a UE nas condições da crise económica e fazem recair as suas consequências sobre os trabalhadores reforçando a rentabilidade capitalista. E toda esta conversa sobre uma negociação “firme” é um grande embuste publicitário.» O Secretário-geral do CC do KKE fez referência ao projeto de lei agendado pelo KKE para abolir os memorandos e as medidas antipopulares, e também à necessidade de organizar a luta por medidas que aliviem os trabalhadores e as camadas populares, pela recuperação dos direitos e rendimentos, pela rotura com os monopólios e a saída da UE. Também sublinhou que: «A soberania do povo está indissoluvelmente ligada à rotura com a UE e à saída deste bloco. Está indissoluvelmente ligada à necessidade urgente de nós, o povo trabalhador, controlarmos a riqueza, as forças produtivas e os meios de produção que existem no nosso país. Isto significa que o povo deve tomar as rédeas do poder e ser dono do seu próprio destino».

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