Pelo Socialismo
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Publicado em 2015/06/29, em: http://inter.kke.gr/en/articles/The-referendum-on-the-5th-of-July-and-thestance-of-the-KKE/
Tradução do inglês de PAT
Colocado em linha em: 2015/07/01
O referendo de 5 de julho e a posição do KKE
Partido Comunista da Grécia (KKE)
Como é bem conhecido, o governo de “esquerda” – na essência, do partido socialdemocrata
SYRIZA e do partido nacionalista de “direita” ANEL –, numa tentativa de
gerir a completa bancarrota dos seus compromissos pré-eleitorais, anunciou um
referendo para o dia 5 de julho de 2015, colocando unicamente a questão de saber se
os cidadãos concordam ou não com o acordo que foi apresentado pela UE, FMI e
BCE, respeitante à continuação das medidas antipopulares, para uma saída da crise
capitalista, com a Grécia a permanecer no euro.
Representantes do governo de coligação apelaram ao povo para dizer “não” e
deixaram claro que este “não” no referendo será interpretado pelo governo grego
como a aprovação do seu próprio acordo, proposto à UE, FMI e BCE, que, nas suas 47
+ 8 páginas, também contém duras medidas antipopulares, com o objetivo de
aumentar a rentabilidade do capital, 0 “crescimento” capitalista e a permanência do
país no euro. Como o governo SYRIZA-ANEL admite, continuando a exaltar a UE,
“nossa casa comum europeia”, a “façanha europeia”, a proposta deles é 90% idêntica
à proposta da UE, FMI e BCE e tem muito pouco a ver com o que o SYRIZA havia
prometido antes das eleições.
O fascista Aurora Dourada, em conjunto com os partidos da coligação de governo
(SYRIZA-ANEL), tomou uma posição a favor do “não” e também apoiou abertamente
o regresso a uma moeda nacional.
Por outro lado, a oposição de direita – ND, o social-democrata PASOK, que governou
até Janeiro de 2015, assim como o POTAMI (formalmente um partido do centro e, em
essência, um partido reaccionário) – tomou uma posição a favor de um “sim” às
bárbaras medidas da Troika, que, afirmam, será interpretado como um
consentimento para “ficar na UE a todo o custo”.
Na realidade, as duas respostas conduzem a um sim à “UE” e à barbárie capitalista.
Durante a sessão do parlamento, em 27/6, a maioria governamental do SYRIZAANEL
rejeitou a proposta do KKE para que fossem antes colocadas as seguintes
questões ao julgamento do povo grego, no referendo:
2
• Não às propostas do acordo da UE-BCE-FMI e do Governo grego
• Saída da UE – Abolição dos memorandos e de todas as leis para a sua
aplicação.
Com a sua postura, o governo demonstrou que quer chantagear o povo, para aprovar
a sua proposta à troika, que é o outro lado da mesma moeda. Ou seja, está a pedir ao
povo grego para dar consentimento aos seus planos antipopulares e para os carregar
com as suas novas escolhas antipopulares, seja através de um novo acordo
alegadamente “melhorado” com as organizações imperialistas, seja através de uma
saída do euro e um retorno a uma moeda nacional, algo que o povo será de novo
chamado a pagar.
Nestas condições, o KKE apela ao povo para utilizar o referendo como uma
oportunidade para fortalecer a oposição à UE e para fortalecer a luta pela única via
realista de sair da barbárie capitalista de hoje. O conteúdo desta saída é: Rutura : saída
da UE, cancelamento unilateral da dívida, socialização dos
monopólios, poder dos trabalhadores e do povo.
O povo, através da sua actividade e da sua intervenção no referendo, deve responder
ao engano da falsa questão colocada pelo governo e rejeitar a proposta da UE-FMIBCE
e, também, a proposta do governo SYRIZA-ANEL. Ambas contêm bárbaras
medidas antipopulares, que serão adicionadas aos memorandos e às leis para a sua
aplicação dos anteriores governos ND-PASOK. Ambas servem os interesses do capital
e dos lucros capitalistas.
O KKE realça que o povo, no referendo, não deve escolher entre Cila e Caríbdis, antes
deve expressar, com todos os meios disponíveis e em todos os sentidos, a sua
oposição à UE e aos seus permanentes memorandos. Deve “neutralizar” este dilema
introduzindo na urna, como seu voto, a proposta do KKE.
• Não à proposta da UE-FMI-BCE
• Não à proposta do governo
• Saída da EU, com o povo no poder.
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