Hipátia de Alexandria – Matemática e filósofa
Hipátia de Alexandria – Gravura de Elbert Hubbard, 1908
«Havia
em Alexandria uma mulher chamada Hipácia (ou Hipátia), filha do filósofo
Teón, que fez tantas realizações em literatura e ciência que
ultrapassou todos os filósofos da época. Tendo progredido na escola de
Platão e Plotino, ela explicava os princípios da filosofia a quem a
ouvisse, e muitos vinham de longe receber os ensinamentos», diz Sócrates, o Escolástico, na História Eclesiástica (século V).
Não
há certezas quanto à sua data de nascimento (entre 350 e 370 d.C.) nem
da sua morte (entre 415 e 416), mas sabe-se que foi vítima do conflito entre religião e ciência em que a cidade de Alexandria estava mergulhada nos séculos IV e V da era cristã.
Influenciados
por Cirilo, patriarca de Alexandria, cujos seguidores espalharam o
boato de que a filósofa se dedicava à bruxaria, fanáticos cristãos
capturaram Hipátia, arrastaram-na para uma igreja, despiram-na e
apedrejaram-na até à morte.
O corpo foi depois esquartejado e queimado. Cirilo não foi
responsabilizado pelo crime e veio a ser canonizado como São Cirilo de
Alexandria.
Pagã
num tempo dominado por tensões religiosas, Hipátia. uma das primeiras
mulheres a estudar e ensinar matemática, astronomia e filosofia e a
única que dirigiu o Museu de Alexandria, permanece como um símbolo da
libertação das mulheres.
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