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sábado, 24 de março de 2018

ÓSCAR LOPES
Foto de Carlos Fonseca.ÓSCAR LOPES - Professor catedrático da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, figura maior da cultura portuguesa, destacado militante comunista, nasceu em Leça da Palmeira a 2 de Outubro de 1917 e faleceu em 22 de Março de 2013, com 95 anos. Óscar Lopes era filho do folclorista Armando Lopes[2] e da violoncelista Irene Freitas. Sua irmã Maria Mécia de Freitas Lopes (Leça) foi esposa de Jorge de Sena e organizadora do espólio literário deste.                                                                                                 Óscar Lopes, licenciou-se em Filologia Clássica, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, e em Ciências Histórico-Filosóficas, na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.  Apreciador da música, cursou igualmente o Conservatório de Música do Porto.                                     A atividade docente Foi professor efetivo do Liceu Nacional de Vila Real e dos liceus Alexandre Herculano e Rodrigues de Freitas, do Porto entre 1941 e 1974, onde orientou o grupo de estudantes que formava o corpo redator do jornal académico O Mensageiro [3] iniciado em 1952. Em 1975 ingressou, como professor catedrático, na Faculdade de Letras da Universidade do Porto[4], onde se jubilou.Na Universidade do Porto desempenhou, entre outros cargos, o de vice-reitor da Universidade (1974-1975) e o de director da Faculdade de Letras (1974-1976)[5].        A intervenção cívica  Óscar Lopes pertenceu ao Movimento de Unidade Nacional Antifascista (MUNAF), ao Movimento de Unidade Democrática (MUD), ao Movimento Nacional Democrático (MND), à Comissão Democrática Eleitoral (CDE) e à Comissão Nacional de Socorro aos Presos Políticos[6][7].  Militante do Partido Comunista Português desde 1945, Óscar Lopes fez parte do seu Comité Central entre 1976 e 1996.  Devido à sua atividade como opositor político ao regime do Estado Novo foi detido pela polícia política em 1955 no processo dos Partidários da Paz e, em diversas situações, impedido de sair do país para participar em reuniões científicas no estrangeiro[5][1][8].Foi candidato à Assembleia Nacional nas listas da oposição ao regime do Estado Novo em 1973[9].                                                                                                                Membro ativo da Sociedade Portuguesa de Escritores, encerrada pelo Estado Novo, Óscar Lopes fez parte da comissão promotora da constituição da Associação Portuguesa de Escritores, de que foi presidente[10].Foi um dos criadores da Universidade Popular do Porto, em 1979[11]   O crítico literário e historiador da literatura[editar | editar código-fonte]Crítico literário, Óscar Lopes publicou uma vasta colaboração em diversos jornais e revistas, onde se destacam a Seara Nova, a Vértice, o Mundo Literário[12] (1946-1948), a Colóquio/Letras[13] e o suplemento literário de O Comércio do Porto[14].  A História da Literatura Portuguesa, escrita em colaboração com António José Saraiva[15], e publicada pela primeira vez em 1955, é há muitos anos uma referência para o ensino desta disciplina.O linguista  A sua Gramática Simbólica do Português, editada em 1971 e reeditada em 1972, abriu os caminhos da moderna linguística portuguesa.  Em 1976, já professor da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, deu o impulso fundador ao Centro de Linguística da Universidade do Porto[16]. Nesta faculdade lecionou exclusivamente disciplinas da área da linguística, tendo a primeira sido a de Linguística Matemática Computacional[17].                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                           Algumas obras Óscar Lopes foi autor de dezenas de obras no domínio da literatura e da linguística                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                        Linguística
Gramática Simbólica do Português. Lisboa: Instituto Gulbenkian de Ciência, 1972, 2.ª ed., corrigida[18].
Entre a Palavra e o Discurso: Estudos de Linguística (1977-1993). Coordenação da edição de OLIVEIRA, Fátima; BRITO, Ana Maria. Porto, Campo das Letras, 2005. ISBN 978-972-610-917-4[19].
                                                                                                                                                                                                                                                                                                         Literatura e crítica literária
História da Literatura Portuguesa (com António José Saraiva)[20].
Album de Família: Ensaios sobre Autores Portugueses do Século XIX.Lisboa: Caminho, 1984.
Os Sinais e os Sentidos: Literatura Portuguesa do Século XX. Lisboa, Editorial Caminho, 1986.
Entre Fialho e Nemésio: Estudos de Literatura Portuguesa Contemporânea. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1987:
1.º vol.: Geração de 1890; Geração da
República2.º vol.: ModernismoA Busca de Sentido: Questões de Literatura Portuguesa. Lisboa: Caminho, 1994. ISBN 972-21-0986-3[21]
5 Motivos de Meditação: Luís de Camões, Eça de Queirós, Raul Brandão, Aquilino Ribeiro, Fernando Pessoa. Porto: Campo das Letras, 1999. ISBN

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