ÓSCAR LOPES
ÓSCAR
LOPES - Professor catedrático da Faculdade de Letras da Universidade do
Porto, figura maior da cultura portuguesa, destacado militante
comunista, nasceu em Leça da Palmeira a 2 de Outubro de 1917 e faleceu
em 22 de Março de 2013, com 95 anos. Óscar Lopes era
filho do folclorista Armando Lopes[2] e da violoncelista Irene Freitas.
Sua irmã Maria Mécia de Freitas Lopes (Leça) foi esposa de Jorge de Sena e organizadora do espólio literário deste.
Óscar
Lopes, licenciou-se em Filologia Clássica, na Faculdade de Letras da
Universidade de Lisboa, e em Ciências Histórico-Filosóficas, na
Faculdade
de Letras da Universidade de Coimbra.
Apreciador da música, cursou igualmente o Conservatório de Música do Porto.
A
atividade docente Foi professor efetivo do Liceu Nacional de Vila Real e
dos liceus Alexandre Herculano e Rodrigues de Freitas, do Porto entre
1941 e 1974, onde orientou o grupo de estudantes que formava o corpo
redator do jornal académico O Mensageiro [3] iniciado em 1952.
Em
1975 ingressou, como professor catedrático, na Faculdade de Letras da
Universidade do Porto[4], onde se jubilou.Na Universidade do Porto
desempenhou,
entre outros cargos, o de vice-reitor da Universidade (1974-1975) e o
de director da Faculdade de Letras (1974-1976)[5].
A
intervenção cívica Óscar Lopes pertenceu ao Movimento de Unidade
Nacional Antifascista (MUNAF), ao Movimento de Unidade Democrática
(MUD), ao
Movimento Nacional Democrático (MND), à Comissão Democrática Eleitoral
(CDE) e à Comissão Nacional de Socorro aos Presos Políticos[6][7].
Militante do Partido Comunista Português desde 1945, Óscar Lopes fez
parte do seu Comité Central entre 1976 e 1996.
Devido à sua atividade como opositor político ao regime do Estado Novo
foi detido pela polícia política em 1955 no processo dos Partidários da
Paz e, em diversas situações, impedido de sair do país para participar
em reuniões científicas no estrangeiro[5][1][8].Foi
candidato à Assembleia Nacional nas listas da oposição ao regime do
Estado Novo em 1973[9].
Membro
ativo da Sociedade Portuguesa de Escritores, encerrada pelo Estado
Novo, Óscar Lopes fez parte da comissão promotora da constituição da
Associação
Portuguesa de Escritores, de que foi presidente[10].Foi um dos
criadores da Universidade Popular do Porto, em 1979[11]
O
crítico literário e historiador da literatura[editar | editar
código-fonte]Crítico literário, Óscar Lopes publicou uma vasta
colaboração em diversos
jornais e revistas, onde se destacam a Seara Nova, a Vértice, o Mundo
Literário[12] (1946-1948), a Colóquio/Letras[13] e o suplemento
literário de O Comércio do Porto[14].
A
História da Literatura Portuguesa, escrita em colaboração com António
José Saraiva[15], e publicada pela primeira vez em 1955, é há muitos
anos
uma referência para o ensino desta disciplina.O linguista A sua
Gramática Simbólica do Português, editada em 1971 e reeditada em 1972,
abriu os caminhos da moderna linguística portuguesa.
Em
1976, já professor da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, deu
o impulso fundador ao Centro de Linguística da Universidade do
Porto[16].
Nesta faculdade lecionou exclusivamente disciplinas da área da
linguística, tendo a primeira sido a de Linguística Matemática
Computacional[17].
Algumas
obras Óscar Lopes foi autor de dezenas de obras no domínio da literatura e da linguística
Linguística
Gramática Simbólica do Português. Lisboa: Instituto Gulbenkian de Ciência, 1972, 2.ª ed., corrigida[18].
Entre a Palavra e o Discurso: Estudos de Linguística (1977-1993).
Coordenação da edição de OLIVEIRA, Fátima; BRITO, Ana Maria. Porto,
Campo das Letras, 2005. ISBN 978-972-610-917-4[19]. Literatura
e crítica literária
História da Literatura Portuguesa (com António José Saraiva)[20].
Album de Família: Ensaios sobre Autores Portugueses do Século XIX.Lisboa: Caminho, 1984.
Os Sinais e os Sentidos: Literatura Portuguesa do Século XX. Lisboa, Editorial Caminho, 1986.
Entre Fialho e Nemésio: Estudos de Literatura Portuguesa Contemporânea. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1987:
1.º vol.: Geração de 1890; Geração da República2.º
vol.: ModernismoA Busca de Sentido: Questões de Literatura Portuguesa. Lisboa: Caminho, 1994. ISBN 972-21-0986-3[21]
5 Motivos de Meditação: Luís de Camões, Eça de Queirós, Raul Brandão,
Aquilino Ribeiro, Fernando Pessoa. Porto: Campo das Letras, 1999. ISBN
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