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PC da Grécia, Aspetos da luta político-ideológica nas fileiras do movimento comunista internacional

04.02.22

Artigo da Seção de Relações Internacionais do CC do KKE sobre a recente teleconferência internacional dos Partidos Comunistas, 

no blog Pelo Socialismo, como leio o que me chega ou procuro.

Estas posições e comentários do KKE são repetitivos e acabam por provocar o tédio, porque não saem de generalizações abstratas e de teses irredutíveis em linguagem obsoleta. Isto não significa que afirmem aqui e ali enunciados verdadeiros, nalguns casos apenas válidos porque não foram ainda demonstrados. Evidentemente que repudiamos as posições políticas tomadas pelo PC de Espanha em questões em que se avalia o que é ser-se comunista e o que não é (ou desse simulacro de PC que é o dito francês). Não há dúvidas sobre o revisionismo espúrio dessas direcções partidárias anti-leninistas (e até anti marxistas) e de outras. Contudo, não é fácil classificarmos de comunista ou não comunista (ou socialista se preferirmos) determinadas posições políticas. Damos o exemplo da China maoista que fez alianças com os norte-americanos, atacou a URSS e atacou o Vietname! Não se encontram piores exemplos de nacionalismo egoísta e anti internacionalista! De resto, a Revolução Cultural chinesa era claramente uma estratégia de um ditador que não queria abandonar o poder, ainda que o regime estivesse realmente minado de burocratas (admitidos por ele, de resto). Todavia, não foi evidente esse revisionismo brutal e catastrófico para muitos partidos comunistas. Tem razão o KKE quando costuma classificar a viragem de Kruchov como uma guinada do PCUS para a direita e uma manobra pessoal; porém, branquear toda a ditadura pessoal de Estaline, ditadura que se prolongou pela polícia política interna, é uma posição que só prejudica o movimento comunista internacional. Pagamos um alto preço pelos erros e crimes sob Estaline, pagamos embora menos pelo que Mao cometeu, e é indiscutível a necessidade atual de separar o trigo do joio, explicar o que Marx e Engels entendiam e escreviam sobre o que deva ser a socialização dos meios de produção.

   Fala-se nesse texto em "gestão de centro-esquerda" que se censura. Não sabemos se se referem ao papel que o PCP desempenhou com as votações a favor de vários OE do PS sob determinadas condições. Não é difícil suspeitar que sim. Ora, é preciso que o KKE não confunda a Grécia com Portugal. Nós não experimentámos a ilusão de um SIRIZA a governar com bandeira de esquerda (maravilhoso povo desse tempo que votou em massa e fez eleger um governo que se mostrava de esquerda!) : sofremos um governo com tiques fascizantes que se chamava do PSD-Passos Coelho-CDS-Troika estrangeira! Por isso, foi absolutamente leninista o PCP oferecer uma mão ao PS para formar governo e, assim, expulsar a direita reacionária e revanchista do governo do país, e repor os direitos expropriados e outros novos benefícios. Expulsar a direita brutal, foi uma medida inesquecível! O que seria do país, dos trabalhadores e pensionistas, se a direita unida continuasse a golpear-nos!

  Portanto, nessa noite do ano de 2015, nesse OE e nos dias do OE seguinte, o PCP portou-se como se portaria um Lenine. A seguir...bem....a seguir, fica para discussões internas.