A guerra da Ucrânia, a subsequente manipulação dos povos europeus, isto é, a "opinião pública publicada", o funcionamento das "redes sociais de comunicação", as palestras de académicos e os seus congressos, as organizações internacionais putativamente baseadas em regras universais, os sucessivos apelos a valores não discutidos tais como "democracia" e "direitos humanos", vêm demonstrando é que em sociedades divididas em classes sociais e outros grupos antagónicos não é possível o diálogo racional. Os argumentos não são neutros ou transparentes para tornarem possível o consenso racional. Qualquer conversação que se inicia está condicionada por emoções, sentimentos introjectados, projeções sob a forma de indivíduos ou conceções que se odeiam ou temem, contrapostas a outras que se idolatram. Valores.Todo o diálogo é uma batalha ou uma conversa de surdos. Não é um jogo neutro submetido a regras consensuais. É um duelo que costuma acabar logo que começa.
De modo que ou nenhum dos contendores vence, ou então vence aquele que for mais forte. O grupo, a classe, o país, que detiver mais força em dado momento.
As exceções confirmam a regra. E o contrário é mero idealismo balofo ou manipulador.
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