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sábado, 3 de outubro de 2009

Lutar vale sempre a pena

Realizámos hoje um debate sobre cultura local, políticas de cultura, cidades criativas. As presenças não destoavam, mas eram não eram muitas, o que é lamentável. Estavam artistas, mas faltaram bastantes, e intelectuais também, e operários. Faltaram a um debate intensamente participado, inteligente, sereno, plural, profundo e realista. Ganharam os que estiveram, perderam os que não foram. Molestava-os ter sido a CDU a organizá-lo? Porém, esteve quem não é aderente e não lhes caíram os parentes na lama...Alguns operários não vão porque julgam que não sabem nada, alguns intelectuais não foram porque julgam que já sabem tudo. Amén.

2 comentários:

Joaquim Moedas Duarte disse...

Percebo o teu ponto de vista. Sei o que é trabalhar para um objectivo e depois ficar desiludido com a fraca adesão. Tantas vezes que acontece...

Mas o caso das iniciativas partidárias tem outra leitura, parece-me.
Os partidos deixaram-se cair - TODOS! - numa "cultura clubística" que afasta os não adeptos. Deixaram de cultivar, há muito tempo, uma "cultura de diálogo" em que seja possível falar e ouvir.
Se ouvem é para refutar. Se falam, é para convencer, quando não para desmascarar, denunciar, agredir.

Quem não está dentro do clube, sente-se deslocado e, até, intimidado.
Passei pelo Choupal, por volta das 13 h. de ontem e só lá vi meia dúzia de rapazes... Pelos vistos no Encontro também estava pouca gente.

Tive pena de não ir, até porque o assunto me interessava e sabia que lá iam estar alguns amigos. Mas não me senti nada motivado. Pelos motivos expostos. E mais um: considero que a CDU/PCP fez uma análise errada e deturpada dos resultados eleitorais de 27 de Setembro. O comunicado do Comité Central é elucidativo da estreiteza dessa análise: só os votos da CDU têm significado, os outros - a esmagadora maioria! - parece não contarem. Por exemplo, ignoram ostensivamente o significado do crescimento de uma força política à sua esquerda, de que não tiram qualquer conclusão séria e respeitadora da vontade de quem votou BE.
Já vês: posivelmente há mais gente a pensar como eu e que, por isso mesmo, não se dispôs a participar no Encontro...

Mas não deixarei de ler os textos, que considero pertinentes e que me ajudam a reflectir.

Nozes Pires disse...

Não sei que te responder sobre algumas críticas e dúvidas oportunas que teceste. Contudo, o Encontro não estava enfeudado a orientações nenhumas que te contrariassem. Pouca gente, é certo, mas uma discussão muito aberta com gente sabedora e diferenciada.O almoço, pelo contrário, era dos jovens da JCP. Na Fseta do Avante! eram muitos milhares os jovens que eu vi a aplaudirem o discurso do Jerónimo de Sousa. Estamos no Oeste...e já bastantes coisas mudaram para melhor desde há uns anos para cá.
Para mim o problema político principal do país, desde sempre, é a falta de unidade da esquerda. Hei-de morrer sem conhecer a solução.

Viagem à Polónia

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Auschwitz: nele pereceram 4 milhôes de judeus. Depois dos nazis os genocídios continuaram por outras formas.

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Auschwitz, Campo de extermínio. Memória do Mal Absoluto.